A pior crise causada por causa da ferrugem do café na América Central deixaria El Salvador com uma colheita mais baixa dos últimos 33 anos em 2013/14, de acordo com a Organização Internacional de Café (OIC).

Em seu relatório mais recente, a OIC enumerou as consequências dessa enfermidade, não somente afetando a colheita de 2012/13, mas também, ameaçando ser mais devastadora no próximo exercício, que começará em outubro desse ano.

Citando dados do Programa Cooperativo Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Modernização da Cafeicultura (Promecafé), a OIC destaca que, incialmente, foram calculadas perdas de 420.000 sacas de 60 quilos “e os dados preliminares sugerem que a colheita de 2013/14 poderia ser a mais baixa registrada em 33 anos”.

Além disso, quase 74% da superfície cultivada com café foi afetada com esse fungo, que ataca as folhas dos cafezais e provoca desfolhação, de forma que, no ciclo seguinte, a planta se dedicará a recuperar suas folhas perdidas, em detrimento do fruto.

Os dados da Promecafé informam que El Salvador conta com 152.187 hectares cultivados com café, dos quais 112.293 compõem a área afetada (73,7%). Ainda que não tenham dados sobre a força de trabalho da cafeicultura, estima-se que se perderiam 90.000 empregos por esse foco da doença. Finalmente, seriam 420.133 sacas que restariam à colheita de 2012/13. Esses estão valorizados em US$ 82 milhões.

O relatório da OIC detalha que, segundo os cálculos da Promecafé, no total, a América Central, incluindo República Dominicana e Jamaica, reportariam perdas de 2,3 milhões de sacas de café, no valor de US$ 548,2 milhões.

O documento indica que 53% da superfície total da produção de café foi afetada pela ferrugem. Dos 1.054.299 hectares da região, 555.837 estão afetados pelo fungo.

“A epidemia está tendo um profundo custo social entre os produtores de café e se calcula que serão 441.000 as perdas diretas de emprego nos países da Promecafé”.

A reportagem é do https://elmundo.com.sv, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.