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Café da Guatemala tem grande potencial e deve buscar diversificação

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/03/2014

4 MIN DE LEITURA

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Além de estar presente em 64% dos municípios, segundo estimativas da Associação Nacional de Café (Anacafé), o setor cafeeiro se consolida como o mais empregador. Atualmente, são contabilizados 125 mil produtores.

De acordo com os dados do Banco da Guatemala (Banguat), até dezembro de 2013, o grão totalizou US$ 714,522 milhões em vendas ao exterior. Ocupa o terceiro posto na geração de receitas por exportação e cerca de 98% da produção é exportada.

“O potencial do café guatemalteco é sua qualidade. Para cumprir com os paladares exigentes a nível mundial, deve-se ter o controle de todos os pontos da cadeia de café”, disse o presidente do Comitê de Cafés Diferenciados da Associação Guatemalteca de Exportadores (Agexport), Roberto Díaz.

De acordo com as estatísticas da associação, em 2013, o comitê concentra 150 mil quintais (sacas de 46 quilos) de café que são comercializados como especiais. No país, promovem-se 3,5 milhões de quintais (2,7 milhões de sacas de 60 quilos).

O presidente da Anacafé, Nils Leporowski, menciona que a estratégia de mercado data de 1996, com a marca Guatemalan Coffees, um plano de competitividade onde se regionalizou o grão de acordo com a qualidade de cada setor produtor. Ele disse que, com essa estratégia, o propósito é chegar aos tomadores de decisão. “A Guatemala é um país bendito para o cultivo de café, pelas condições do solo, do clima e dos padrões de chuva. Isso permite que cada região produza cafés especiais e muito diferentes”.

Entre as oito regiões cafeeiras, enumerou: Acatenango, Antigua Guatemala, Atitlán, Cobán, Fraijanes, Huehuetenango, Nuevo Oriente e San Marcos. Essa regionalização representa o potencial cafeeiro do país, com maiores oportunidades nos mercados mundiais, além da denominação de origem do café de Acatenango e Antigua.

O coordenador da fazenda La Azotea, Óscar Ramos, considera que, para melhorar a competitividade do café guatemalteco, o país deve implementar linhas rápidas de comercialização, eficiência na assessoria em embarques e melhorar o preço dos envios. “Para impulsionar a exportação do grão, o país deve contar com escolas de café da Anacafé, descentralizadas em sedes regionais. Isso permitiria melhores práticas, desde o cultivo até a capacitação para as certificações exigidas”. Ramos disse também que o apoio à comercialização não deve se concentrar em poucas regiões e que todas devem se promovidas da mesma maneira.

Leporowski considera que a Guatemala se consolida como uma butique de café, onde Austrália e Coreia são mercados potenciais para colocar o grão nacional de alta qualidade.

Paulina López, representante da cadeia de padarias e cafeterias San Martín, detalha que diversificou seus produtos mediante a venda de café de altitude. “Compramos o melhor café de exportação das fazendas no país e o colocamos ao alcance do clientes. Misturam-se diferentes tipos de torra com tecnologia italiana e alemã. Além disso, o café é tão fresco como o pão; é torrado diariamente para que ressaltem suas melhores características”, disse López.

O vice-presidente do Comitê de Cafés Diferenciados da Agexport, Víctor Monterroso, disse que, para diversificar o negócio do grão, os artesanatos apresentam um grande potencial, bem como a confeitaria, os cosméticos, os licores e a cozinha. “O agroturismo também permitiria impulsionar o setor cafeeiro do país com os tours de café”.

A Anacafé busca tornar mais competitivo o café guatemalteco, mediante um sistema de busca na internet chamado Coffee Search System, disse Leporowski, e disse que por meio de um aplicativo do iPad, vendem os cafés nacionais com os tomadores de decisão do mundo. “Deve-se agregar valor ao café nacional para que o consumidor entenda mais do processo, da cultura e da qualidade do café do país”, disse ele.

A criação de uma escola de café permitiu a capacitação de baristas no preparo do café, ainda que na diversificação não tenha se aventurado, admitiu ele.

Modelos de sucesso

Depois de 25 anos de trajetória, o Café Britt tem cultivado, torrado e exportado o melhor café gourmet da Costa Rica, México e Peru, mantendo práticas comerciais frutíferas. O êxito do modelo do Britt é atribuído às boas linhas de comercialização e sua presença em aeroportos, com abertura aos mercados exteriores”, disse Ramos.

O presidente da Anacafé enfatiza que o Britt foi um esforço individual na Costa Rica, enquanto o Juan Valdez, na Colômbia, foi uma dinâmica institucional.

“A estratégia do café regionalizado tem sido verdadeiramente exitosa com a marca Guatemalan Coffees, que permitiu colocar o produto nacional como primeira opção de café de qualidade”, reiterou Leporowski.

Ramos disse que entre os principais desafios que existem podem-se mencionar o controle da ferrugem sem químicos, conseguir melhores preços para o transporte e ajuda do Governo para alcançar novos mercados.

Díaz concorda que se requer maior apoio do Estado para a produção, comercialização e mercado de produtos. “A marca Guatemalan Coffees já existe, mas requer maior impulso”.

Os especialistas concordam que a capacitação e a tecnificação são dois pontos importantes para impulsionar o setor cafeeiro. “O café é o gerador de desenvolvimento para o país. A criação de novos produtos impactaria a economia nacional”, disse Díaz.

A reportagem é do https://www.prensalibre.com, adaptada pelo CaféPoint
 

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