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CNC: Boletim Conjuntural do Mercado de Café - Janeiro de 2014

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 05/02/2014

5 MIN DE LEITURA

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As cotações futuras do café arábica iniciaram 2014 com tendência de alta, perderam sustentação a partir da segunda quinzena de janeiro, mas voltaram a se recuperar no final do mês devido ao clima quente e seco no Brasil. O mercado começou o ano sob o impacto da divulgação de estimativas divergentes para a próxima safra brasileira por diversas instituições, governamentais e privadas, conforme ilustrado no gráfico abaixo. Embora haja significativo intervalo de variação entre os números projetados, a maioria das instituições, entre elas traders e exportadoras, reduziu seus números para a safra 2014/15 do País, em função dos menores investimentos nas lavouras e da adoção de podas drásticas para redução de custos, dados os baixos preços praticados em 2013.

Diante da diversidade de informações e estatísticas, e sob expectativas de menores volumes a serem colhidos no Brasil, os fundos continuaram sua tendência de redução das posições vendidas, já comentada no boletim anterior. Porém, não se observou aumento significativo das posições compradas, o que ajuda a explicar a dificuldade de sustentação das cotações entre as segunda e terceira semanas do mês.





Nos últimos dias de janeiro, registrou-se alta significativa do contrato C, devido à persistência da estiagem nas origens brasileiras, que pode comprometer ainda mais o rendimento da safra 2014/15. Segundo a Somar Meteorologia, o mês passado teve as temperaturas mais altas e o menor nível de precipitações dos últimos vinte anos no Brasil. Outros fatores que influenciaram a variação dos preços futuros foram: (i) o aumento do volume comercializado nos primeiros dias do ano, em função da melhora das cotações; (ii) o aumento da arbitragem entre os terminais de Londres e Nova York, embora ainda em níveis apertados; e (iii) a desvalorização do real, que gera expectativas de maiores volumes exportados pelo Brasil.

Principalmente por causa do quadro climático, no acumulado do mês o vencimento março do contrato C da ICE Futures US ganhou 1.450 pontos, encerrando janeiro a US$ 1,252 por libra-peso (maior cotação desde agosto de 2013). A média mensal foi de US$ 1,1774 por libra-peso, valor 22% inferior ao do mesmo período do ano passado. Os estoques certificados de café da Bolsa de Nova York apresentaram redução de 51 mil sacas, situando-se em 2,67 milhões de sacas. Nota-se variação pouco significativa em relação ao volume registrado em janeiro de 2013, de 2,62 milhões de sacas.


 

Os futuros do café robusta sustentaram a valorização em janeiro, mesmo sendo tradicionalmente um mês de aumento do volume comercializado no Vietnã devido aos preparativos para o Ano Novo Lunar. Os produtores vietnamitas, capitalizados pelos altos preços praticados nas últimas temporadas, venderam o mínimo possível à espera de melhores cotações, resultando em fluxo de comercialização inferior à média dos últimos cinco anos. Esse fato, aliado à expectativa de uma menor safra na Indonésia e à continuidade da redução dos estoques certificados da Bolsa de Londres, ajudou a sustentação dos preços.

O volume estocado monitorado pela NYSE Liffe no final do janeiro atingiu 464 mil sacas, equivalendo a apenas 26% do total de sacas de café registradas em janeiro de 2013. As cotações do contrato 409 com vencimento em março de 2014 apresentaram alta acumulada de US$ 169, encerrando o primeiro mês do ano a US$ 1.811 por tonelada.



 
Refletindo a tendência da Bolsa de Nova York e também o aquecimento da demanda interna pela variedade conilon, no mercado doméstico brasileiro os preços do café acumularam ganhos. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram o mês com valorização de, respectivamente, 5,8% e 7,7%, tendo sido cotados a R$ 303,32/sc e R$ 234,48/sc no dia 31/01/2014.

A cotação do dólar no Brasil sofreu significativa alta em janeiro, refletindo a tendência internacional de desvalorização das moedas dos países emergentes. Expectativas quanto ao resultado da reunião do Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês), ocorrida em 28 e 29 do mês passado, também influenciaram bastante o comportamento da divisa. A autoridade monetária norte-americana anunciou mais um corte de US$ 10 bilhões nas compras mensais de ativos, a partir de fevereiro, para US$ 65 bilhões, reduzindo ainda mais a oferta de dólares do mercado. No acumulado de janeiro, houve alta de 2,4%, com o dólar valendo R$ 2,4124.

Por fim, no tocante à política cafeeira, houve a publicação de duas Resoluções do Banco Central do Brasil. Em 9 de janeiro, a Resolução BACEN nº 4.301 ampliou o escopo da Resolução 4.289/2013. O novo normativo manteve a autorização para a renegociação das parcelas vencidas e vincendas no período de 1º de julho de 2013 a 30 de junho de 2014 dos débitos dos cafeicultores, agora incluindo também as operações de crédito rural contratadas até 10 de janeiro de 2014, vinculadas às lavouras de café arábica, referentes a custeio, investimento e comercialização. O prazo para os cafeicultores manifestarem seu interesse em renegociar seus financiamentos encerrou-se no último dia 31.

A Resolução 4.306, de 30 de janeiro de 2014, trouxe as seguintes alterações nas normas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé): (i) incluiu a aquisição antecipada de insumos, por cafeicultores e suas cooperativas, entre os itens financiáveis com crédito de custeio ao amparo dos recursos do Funcafé; (ii) ampliou o período de contratação da linha de financiamento para a recuperação de cafezais danificados, antes limitado de “março a outubro”, para o ano todo – janeiro a dezembro; (iii) ampliou o teto da linha Financiamento para Aquisição de Café (FAC) de R$ 50 milhões para R$ 100 milhões; (iv) ampliou o período de contratação do FAC, antes de “abril a dezembro” para todo o ano de 2014; e (v) ampliou o período de contratação do financiamento de capital de giro para indústrias de torrefação e de café solúvel, antes limitado até o mês novembro, para todo o ano de 2014.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também informou que os recursos para o financiamento da colheita do café (R$ 300 milhões) já estão à disposição dos agentes financeiros contratados pelo Funcafé. Quando esses recursos chegarem às agências bancárias, os cafeicultores poderão tomar empréstimos para despesas de pré-colheita, colheita e processamento do café da safra 2014, com prazo para pagamento até 30/12/2014. Caso o cafeicultor decida transformar em linha de Estocagem, o prazo final da operação passará para até 30/10/2015.

As informações são do CNC, adaptadas pelo CafePoint 

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