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CNC: Boletim Conjuntural do Mercado de Café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/05/2013

6 MIN DE LEITURA

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O comportamento dos preços internacionais do café apresentou tendências opostas nas duas quinzenas de maio. Nas primeiras semanas do mês, as cotações das variedades arábica e robusta permaneceram firmes nas bolsas de Nova York (ICE Futures US) e de Londres (Euronext Liffe), respectivamente. Porém, com a divulgação de informações referentes aos volumes das safras 2013/14 no Brasil, Colômbia e Vietnã, além de notícias sobre as economias norte-americana e chinesa que desestimulam o investimento em commodities, houve significativa desvalorização nos preços do produto.

O contrato C da ICE US, com vencimento em julho de 2013, atingiu a máxima de US$ 1,48 por libra-peso na segunda semana de maio, sustentada por notícias de queda de temperatura nas origens brasileiras. Desde então, perdeu o suporte, encerrando o mês, até o dia 28, em US$ 1,2645 por libra-peso. No acumulado mensal, a perda foi de 865 pontos. Os estoques certificados da bolsa apresentaram tendência de elevação, mas sem significativa alteração em relação aos meses anteriores, permanecendo na faixa dos 2,7 milhões de sacas.

No final da primeira quinzena de maio, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a segunda estimativa da safra 2013/14 de café do Brasil. De acordo com a estatal, deverão ser colhidas 48,59 milhões de sacas de 60 kg, sendo 36,41 milhões de arábica e 12,18 milhões de robusta. Embora os dados indiquem retração de 4,4% em relação à temporada passada, será a maior produção de ciclo de baixa bienalidade já observada no País. Agentes de mercado receberam essa informação com viés baixista, principalmente porque especulam que os volumes reais são superiores aos números oficiais do governo brasileiro, fato que o Conselho Nacional do Café discorda veementemente, haja vista que a Conab é o órgão mais bem preparado para realização dos levantamentos de safra no Brasil e que os números apresentados se situaram dentro da realidade de nossas lavouras cafeeiras.

Também na primeira quinzena de maio, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) divulgou um relatório sobre a produção de café na Colômbia, no qual aponta crescimento de 8,3% na oferta da safra 2012/13, prevista em 8,3 milhões de sacas. Para a temporada 2013/14, o órgão americano prevê um aumento de mais 700 mil sacas, devendo totalizar 9 milhões de sacas. A expansão da oferta colombiana se deve à renovação dos cafezais com variedades resistentes à ferrugem a partir de 2010, além de condições favoráveis ao desenvolvimento dos grãos, após quatro anos de adversidades climáticas causadas por fenômenos como o La Niña.

Essas notícias tem alimentado as expectativas quanto a um possível excedente na oferta mundial de café, que minimizaria os impactos das perdas causadas pelo fungo roya na América Central. Com isso, os fundos têm aumentado suas posições líquidas vendidas, dificultando a recuperação dos preços nos curto e médio prazos.

No intuito de reverter essa tendência, o governo brasileiro anunciará, no dia 4 de junho, junto à divulgação do Plano Safra 2013/14, a liberação de R$ 3,18 bilhões para as linhas de Custeio/Colheita, Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e Estocagem do Funcafé, o que fará com que um volume de 10 milhões de sacas deixe de entrar no mercado de imediato, fato fundamental nesse período de intensificação dos trabalhos de colheita, quando, normalmente, as cotações do produto sofrem ainda mais pressão.

Além disso, o setor produtor e o governo federal vem analisando a possibilidade da implementação de um programa de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) que envolverá um volume de 8 milhões de sacas e os Leilões de Opções Públicas para um montante de mais 2 milhões de sacas. Acreditamos que essas ações possibilitarão o melhor ordenamento da safra 2013/14 do Brasil, a qual será colhida entre três e quatro meses, porém poderá ser comercializada ao longo de 12 meses.

As cotações da variedade robusta na bolsa de Londres também se depreciaram no mês, em US$ 85 por tonelada até o dia 29. Após atingir a máxima de US$ 2.054/t em 15 de maio, o contrato 409 com vencimento em julho de 2013 encerrou o mês no patamar de US$ 1.922. A melhora das condições climáticas no Vietnã e na Indonésia diminuíram os temores de retração na oferta de robusta. Os estoques da Liffe apresentaram leve aumento, mas continuam na faixa de 2,1 milhões de sacas.

No final do mês, o USDA divulgou seu relatório anual sobre a produção de café vietnamita, em que prevê redução de sua oferta no mercado internacional para a próxima temporada. O relatório estima a produção de 25 milhões de sacas na safra 2012/13, com quebra de 4% em relação à temporada anterior. Precipitações durante o período da florada foram o principal motivo da menor oferta. Já para a próxima safra, que se iniciará em outubro, o USDA prevê que a produção será afetada pela severa estiagem que atingiu as principais regiões cafeeiras, resultando em 22,9 milhões de sacas (quebra de 8% em relação ao ciclo atual).

Na temporada 2013/14, ainda conforme o órgão norte-americano, as exportações do principal produtor de robusta deverão cair 10,5%, atingindo 21,3 milhões de sacas, ao passo que o consumo doméstico continuará aquecido (2 milhões de sacas, com alta de 10%). O USDA alerta para a expansão de área cultivada e para a renovação de plantios, em função dos preços remuneradores da variedade. Dados oficiais do Governo do Vietnã apontam para incremento de 45 mil hectares na área ocupada pela cafeicultura de 2011 para 2012, atingindo 616 mil hectares. Porém, o USDA avalia que a área cultivada atual provavelmente exceda as estimativas oficiais.

As expectativas quanto ao desempenho de variáveis macroeconômicas internacionais afetaram a propensão a investir em commodities no mês de maio, entre elas sinais de fraqueza da indústria chinesa e as especulações de redução dos estímulos à economia norte-americana pelo Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês), que já levou a um prematuro movimento de valorização da moeda americana. Caso as estatísticas confirmem os sinais de recuperação econômica e o FED abandone o programa de recompra de títulos, o dólar tende a se fortalecer, desestimulando os investimentos em commodities e pressionando as cotações das bolsas.

No mercado doméstico de café, observou-se um estreitamento do diferencial de preços entre as variedades arábica e robusta. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o arábica encerrou o dia 29 em R$ 281,97/saca, acumulando queda de aproximadamente 6,8% no mês. Essa desvalorização coloca os cafeicultores em situação crítica na entrada da colheita, que já se inicia nas principais regiões produtoras. A comercialização segue lenta, em função dos preços aviltados. Já os preços do conilon permanecem firmes, apresentando leve alta de 0,9% no acumulado mês. A baixa oferta por parte dos produtores, que aguardam preços mais remuneradores estimula essa tendência, que refletiu no menor diferencial de preço entre as duas variedades, o qual chegou à mínima de R$ 30,81/saca em 28 de maio.

As exportações brasileiras de café deverão apresentar pequena queda em maio, em relação ao mês anterior. Estatísticas do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostram que, no acumulado até o dia 28, a emissão de certificados de origem estava 9,25% inferior ao mesmo período de abril, totalizando 2,172 milhões de sacas. Com os baixos preços vigentes no mercado internacional, a receita também deverá apresentar significativa queda no mês.

No tocante à política cafeeira, em maio foi publicada a Portaria No 309, de 17/05/2013, através da qual o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou oficialmente os valores do preço mínimo para as variedades arábica e conilon que vigorarão na safra 2013/14, conforme exposto no quadro abaixo. Tratam-se de valores aquém de nossos custos de produção, mas que, por outro lado, permitem pensarmos na implantação de instrumentos de mercado para que possamos mitigar a perda de renda do setor e devolver a competitividade ao produtor brasileiro de café.

As informações são do CNC. 

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