ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Chuvas recentes não revertem perdas, afirma CNC

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/06/2014

5 MIN DE LEITURA

1
0
Em relatório, assinado pelo presidente Executivo do CNC, Silas Brasileiro, a instituição reitera sua posição com relação a safra cafeeira deste ano. O tema é frisado para responder as recentes especulações a respeito da safra e, o CNC enfatiza que as chuvas recentes não têm potencial para reverter as perdas deste ano. Abaixo, a íntegra do Balanço Semanal CNC, de 02 a 06 de junho, que também destaca assuntos do Mercado e aprovação do Senado Federal sobre o PLV 11/2014 (MP 636/2013), que altera o art. 8º da Lei 11.775/2008 no que diz respeito aos débitos oriundos de operações de crédito rural do Prodecer II, Securitização, Pesa e Funcafé-Dação inscritos em Dívida Ativa da União (DAU).

BALANÇO SEMANAL — 02 a 06/06/2014
Agronômica e fisiologicamente, chuvas recentes não têm potencial para reverter perdas causadas pelo veranico na safra 2014 de café do Brasil.

SAFRA 2014
Em meio às especulações que retornaram, nesta semana, a respeito do tamanho da safra 2014 de café no Brasil, o CNC reitera que a colheita não deverá sair do intervalo apurado pela Fundação Procafé, de 40,1 milhões a 43,3 milhões de sacas de 60 kg. Isso porque as chuvas recentes sobre o parque cafeeiro nacional, além de terem ocorrido em baixo volume, não têm potencial, considerando os aspectos agronômicos e fisiológicos, para propiciar a recuperação da produção deste ano, haja vista que os grãos já passaram por sua fase de granação, ou seja, já desenvolveram o que tinham que desenvolver.

O máximo que essas precipitações poderiam ocasionar seria uma recuperação das plantas para a safra 2015, no entanto, o volume de água foi muito baixo e, portanto, insatisfatório para suprir o solo e os pés de café para passarem pelo período seco. Sequer o crescimento dos ramos seria possível com a retomada das chuvas, pois essa fase fisiológica também já passou em janeiro e fevereiro.

Dessa forma, reiteramos que as precipitações recentes, com baixo volume, em nada alterarão as previsões de perdas para a atual temporada de café no Brasil. Prova disso é o contato que temos feito com nossas cooperativas, as quais nos informam que os primeiros grãos colhidos têm apresentado rendimento menor, aspectos mal granados, miúdos e peneira baixa. É válido frisar, ainda, que a retomada das chuvas, no presente momento, pode trazer novo problema relacionado à qualidade, pois derrubaria os grãos dos pés e interferiria na secagem da produção.

Por fim, salientamos que, apesar das adversidades climáticas que impactarão negativamente nas colheitas de 2014 e 2015, o volume produzido, aliado aos já baixos estoques existentes, é suficiente para que o Brasil atenda às demandas interna (consumo) e de exportação. O que observaremos, de fato, será um maior aperto entre oferta e demanda neste e no próximo ano, registrando uma passagem com estoque bastante reduzido.

MP 636
No fim de maio, o Senado Federal aprovou o PLV 11/2014 (MP 636/2013), que altera o art. 8º da Lei 11.775/2008 no que diz respeito aos débitos oriundos de operações de crédito rural do Prodecer II, Securitização, Pesa e Funcafé-Dação inscritos em Dívida Ativa da União (DAU). Após as alterações, merecem destaque: (i) a ampliação do alcance dos benefícios para as dívidas incluídas em DAU até a publicação da Lei (a data-limite está em 31/10/2010); (ii) a reabertura do prazo de renegociação ou de liquidação, com descontos, até 31/12/2015 (a data-limite expirou em 31/08/2013); e (iii) a inclusão das dívidas do Fundo da Terra e Reforma Agrária e do Acordo de Empréstimo 4.147-BR.

Em relação aos débitos oriundos do crédito rural junto ao extinto BNCC, ao amparo do Prodecer II, Profir e Provárzeas, em cobrança judicial no âmbito da Advocacia Geral da União (AGU), o PLV possibilita: (i) a ampliação do alcance dos benefícios para todas as dívidas oriundas do crédito rural que foram transferidas para o Tesouro Nacional (BNCC e BB) e não foram “inscritadas” em DAU; (ii) a reabertura do prazo de renegociação ou de liquidação com descontos, até 31/12/2015 (a data-limite expirou em 31/12/2013); e a suspensão do processo de execução e dos prazos processuais até a análise por parte da AGU sobre o requerimento do mutuário.

Além disso, foi autorizada a individualização dos débitos, para fins de enquadramento nos descontos por faixa de saldo devedor da Lei 11.775/2008, também para o caso de operações coletivas ou grupais, excluídos os cônjuges (o benefício está previsto apenas a cooperativas, associações e condomínios) e concedida autorização à CONAB para recalcular as dívidas oriundas de Cédulas de Produto Rural (CPR)/Formação de Estoque contratadas até 31/12/2012, mediante novo cálculo do débito, com a exclusão dos encargos de inadimplemento/honorários advocatícios, e seguintes rebates: (i) para liquidação até 31/03/2015, 85%; e (ii) para renegociação em até 5 (cinco) parcelas anuais, 75% no semirárido e 65% nas demais regiões.

A respeito das alterações na Lei 11.775/2008, o Conselho Nacional do Café e a Comissão Nacional do Café da CNA empenharam esforços ao longo de anos para que, finalmente, obtivéssemos êxito junto ao Congresso Nacional. Aguardamos, agora, a sanção da Presidenta da República Dilma Rousseff, pois colocar em prática as medidas supracitadas é de substancial importância para milhares de produtores rurais do Brasil que não conseguiram tirar proveito da Lei 11.775 e aguardam com ansiedade para regularizar sua situação junto a essas esferas.

MERCADO
Em meio às especulações sobre a safra brasileira 2014 de café, o mercado futuro do arábica seguiu pressionado na Bolsa de Nova York. A ausência de previsão de chuvas significativas e de frio extremo na primeira quinzena de junho, segundo a Somar Meteorologia, e as incertezas sobre as perdas da safra nacional, devido à circulação de relatórios de empresas privadas no mercado com números divergentes, têm contribuído para a tendência baixista no curto prazo.

Na ICE Futures US, o vencimento julho do contrato C encerrou a quinta-feira a US$ 1,6915 por libra-peso, acumulando perdas de 835 pontos na semana. A desvalorização do real ante o dólar também realizou certa pressão sobre as cotações futuras do arábica.

A divisa norte-americana registrou alta de 0,9% na semana, encerrando a quinta-feira a R$ 2,2608. Antes do ajuste para baixo de ontem, foram três sessões seguidas de alta, sendo que, na segunda-feira, o dólar teve a maior subida em quase seis meses. Embora o Banco Central do Brasil tenha aumentado a oferta de swaps cambiais no início da semana, paira a incerteza sobre a continuidade do programa de intervenções diárias no mercado cambial. Com isso, os investidores testaram a banda máxima a ser aceita pela autoridade monetária brasileira.

Na Bolsa de Londres, os contratos futuros do café robusta enfrentaram mais uma semana de depreciação, com o vencimento julho do contrato 409 encerrando o pregão de quinta-feira a US$ 1.899 por tonelada, o que representou um declínio acumulado de US$ 38 desde a sexta-feira da semana passada.

Com o movimento baixista dos preços internacionais, a liquidez do mercado doméstico brasileiro continuou prejudicada nesta semana. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para os cafés arábica e conilon encerraram a quinta-feira a R$ 401,37/saca e a R$ 232,41/saca, respectivamente, acumulando perdas de 0,6% e 0,3% na semana.



O Balanço Semanal é assinado pelo presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro.
 

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ARMANDO MATIELLI

GUAPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/06/2014

A SITUAÇÃO DA SECA É MUITO CRITICA. HOJE, ATRAVESSEI O SUL DE MINAS DE GUAPÉ A GUAXUPÉ E CONTINUEI PELA MÉDIA MOGIANA ATÉ ESP. STO DO PINHAL. VI 8 FOCOS DE INCÊNDIO. MATAS DANDO SINAL CLARO DE DESFOLHAMENTO. LAVOURAS CAFEEIRAS AMARELANDO E PERDENDO MUITAS FOLHAS. AGORA QUE COMECÁRA APARECER OS PREJUÍZOS DOS BAIXOS NÍVEIS PLUVIOMÉTRICOS DE JANEIRO E FEVEREIRO NA MAIORIA DA REGIÕES CAFEEIRAS. CONTINUO NA RETÓRICA TECNICA DA INVIABILIDADE PRODUTIVA DAS LAVOURAS CAFEEIRAS. OS PREJUÍZOS PARA A SAFRA 2015/2016 SERÃO MUITOS MAIORES QUE OS ATUAIS. TEREMOS UMA SAFRA EM 2015 DIMINUTA E UMAS DAS MENORES DO BRASIL DOS ÚLTIMOS 40 ANOS.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures