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Produção brasileira de café em 2015 será prejudicada pela estiagem

NATÁLIA SAMPAIO SENE FERNANDES

EM 17/12/2014

2 MIN DE LEITURA

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A tendência de alta no mercado de café arábica deve se manter devido à significativa quebra da safra e às incertezas quanto à colheita em 2015. Como o tempo seco impediu o cumprimento do calendário recomendado de adubações, afetando o crescimento dos ramos dos cafeeiros e das gemas florais, os efeitos da estiagem deste ano deverão ser sentidos na safra 2015/16.

Estudo da Fundação Procafé mostra que as chuvas no decorrer do segundo semestre de 2014, na maioria das regiões, foram de pequeno volume e mal distribuídas. Tal situação provocou variações no comportamento da florada e, em razão disso, as lavouras que produziram pouco em 2014 deverão obter boa safra em 2015. Ao mesmo tempo, as lavouras que apresentaram boa produção em 2014 estão desfolhadas e com poucas condições de florescimento e de “pegamento” da florada.

Na certeza de que a estiagem pode prejudicar a próxima safra de café, a Procafé estima que a produção em 2015, ano de bienalidade negativa, deverá ficar entre 38,7 e 43,6 milhões de sacas, em comparação com a projeção inicial: a safra oscilando entre 43 e 44 milhões de sacas. (Gráfico 1)

Gráfico 1. Evolução da produção brasileira e de preços do café.
Fonte: MAPA - SPAE / CONAB, elaborado pela CNA.
(*) Estimativa Fundação Procafé.

Diante deste cenário, os preços deverão se manter firmes no mercado mundial, remunerando a cafeicultura brasileira de forma geral. Contudo, os preços elevados incentivam o plantio em regiões e países mais competitivos, além de motivar a busca por cafés mais baratos para a composição de blends por parte da indústria, a exemplo do ocorrido em 2011 com o café robusta.

Com custos de produção menores, as cotações do robusta ainda oferecem lucro aos cafeicultores desta espécie, podendo elevar ainda mais a oferta do grão nos próximos anos, prejudicando a recuperação dos preços do café arábica. Os investimentos em marketing e na qualidade do produto deverão ser reforçados no estado do Espírito Santo.

Com relação aos fatores macroeconômicos, é importante ressaltar que a recessão em alguns países europeus levou parte dos consumidores a parar de tomar café, contribuindo para redução do consumo do produto. O crescimento das exportações de café verde pelo Brasil, em 2014, demonstra, ainda, ter ocorrido aumento no abastecimento pelos países consumidores, fato que poderá contribuir para o desaquecimento pontual da demanda.

Por mais que os preços se mantenham firmes em 2015, em função do atraso ou baixo volume de precipitação no “cinturão de café” do Brasil, preocupa o fato de o cafeicultor brasileiro, cuja lavoura foi afetada pela estiagem, enfrentar dificuldades para recuperar sua renda. O fato é que boa parte das lavouras irá requerer mais investimentos. E as quedas nos índices de produtividade e na qualidade do produtor irão afetar diretamente a renda no campo.

É importante que o produtor busque alternativas para aumentar os índices de competitividade por meio da gestão de custos e preços, diversificação da lavoura e redução dos custos de produção. O mercado de cafés diferenciados deve ser uma das alternativas para o cafeicultor, já que o consumidor tem buscado e valorizado cada vez mais os cafés especiais, com origem e sustentáveis.

Para incentivar o aumento da capacidade de pagamento do produtor e a renda no campo, Governo e setor privado devem atuar em projetos e políticas estruturantes, focados na garantia de renda.


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FLÁVIO DOS SANTOS

CAPELINHA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/01/2015

Procafé estima que a produção em 2015, ano de bienalidade negativa, deverá ficar entre 38,7 e 43,6 milhões de sacas, em comparação com a projeção inicial: a safra oscilando entre 43 e 44 milhões de sacas.
Absolutamente correto.

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