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Reflexão: estimativa ou potencial? "Safra de café no Brasil poderá ser de até 62 milhões de sacas"

ESPAÇO ABERTO

EM 24/11/2015

2 MIN DE LEITURA

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Por Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado - Região do Cerrado Mineiro – Denominação de Origem


O agronegócio café evoluiu significativamente nos últimos anos nos aspectos estruturais, tecnológicos, mercadológicos e com grandes avanços na qualidade da bebida e na produtividade, traduzindo a sinergia existente entre os elos da cadeia, sempre visando assegurar a satisfação do cliente final, nosso eterno desafio. Daí a importância do equilíbrio entre a qualidade, a disponibilidade, a consistência, e o valor percebido e conquistado.

Foto: Divulgação/ Federação dos Cafeicultores do Cerrado
Francisco Sérgio de Assis é presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado

Reconhecidamente as empresas comercializadoras, participantes desse mercado, contribuíram, contribuem e poderão contribuir para com o sucesso da cadeia café; com seus modelos de gestão, novas modalidades de negociação, troca de produtos, venda futura, premiando a qualidade e incentivando a produzirmos cada vez mais com respeito às questões sociais e ambientais, através dos inúmeros programas de incentivo às boas práticas agrícolas.

Contudo, algumas vezes são veiculados na mídia depoimentos de comerciantes sobre previsões de safras de café, que podem ocasionar sérios problemas, gerando inúmeras dúvidas.

Como essas declarações nem sempre vêm acompanhadas pelas metodologias utilizadas, permitindo ao leitor uma análise transparente da construção dos dados, estas resultam numa margem muito grande de interpretações das mais variadas e inimagináveis.

Independente de ser uma previsão próxima da realidade ou não, o fato é que precisamos ter conhecimento de como foi feito o levantamento na sua íntegra. Como por exemplo: Qual período do levantamento? Foi logo após a florada? Quanto dele se refere ao café arábica? Quanto ao café conilon? As previsões anteriores se confirmaram? Em quais regiões do Brasil foi feita a pesquisa? Quantas propriedades foram visitadas? Essas possuem histórico de participação na pesquisa? Qual a extensão da área avaliada? São lavouras irrigadas ou não? Dentre outros.

Essas respostas são importantes para que possamos minimizar o “achismo” nos nossos planejamentos (previsto e realizado), pois a safra que se encerra em 2015 recebeu inúmeras previsões e a sua maioria ficou aquém do previsto pelas empresas.

Olhando para o futuro, vamos cuidar dos nossos cafeicultores disponibilizando a eles informações mais detalhadas das previsões e se possível registrando-as em cartório, permitindo as revisões se necessário, para que eles possam tomar decisões de venda ou não, minimizando seus riscos.

As incertezas climáticas estão trazendo à cafeicultura nacional um novo componente que é o aumento da temperatura, percebida inclusive nas últimas estações (inverno e primavera). Aqui pairam outras dúvidas e inseguranças: de que forma isso poderá afetar a safra de 2016? Vamos ter outro veranico em janeiro e fevereiro? O fenômeno meteorológico El Niño existe? Seremos lembrados na Conferência do Clima (COP 21), no mês de dezembro, em Paris?

Infelizmente não temos pesquisas que possam nos assegurar se teremos danos ou não. Por mais eficaz que seja nossa gestão nas lavouras, não temos como saber se a nossa produção será prejudicada.

O que podemos afirmar é que os nossos irmãos capixabas cafeicultores, produtores de conilon e arábica, estão tendo sérios problemas com a seca em seu estado do Espírito Santo.

E a outras regiões como estão?

Enfim, o objetivo aqui não é discordar dos números, mas sim da forma como vem sendo apresentado às previsões de safras de café.

Estimativas de safra ou de estoques sem a disponibilidade para o conhecimento de todos da metodologia utilizada, com embasamentos técnicos, colocam em risco toda uma cadeia do agronegócio, podendo ainda prejudicar, o elo fundamental que é o produtor.

Tomemos uma ATITUDE! Pensemos nisso! 

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JOAQUIM MAGEWSKI

VILA VALÉRIO - ESPÍRITO SANTO

EM 27/11/2015

Joaquim magewski  Vila Valério-Norte do Espirito Santo. Aqui hoje 27/11/2015 neste ano ate agora choveu cerca de 500 ML. AQ nossa medía anual esta entre 1100 ML e 1200ML grande partye das lavouras de café conilon são irrigadas e as aguas já estão no fim  se não chover nos proximos dias as percas deve ultrapassar bem   de cinquenta por centro.
ANTONIO CARLOS MARQUES CRESPO

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/11/2015

  aqui na nossa regiao a queda foi de 60 a 80% de perca, alem do mais a  agualida ficou a baixo do esperado.








MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/11/2015

Murilo e Marden ,



Sou pós- graduado em Economia do Siatema Agro Alimentar ,na ITALIA , ano de 83 e 84 e trabalhei 35 anos na comercialização de café , inclusive exportação , afirmo que  meios e medidas  de fazer politíca séria existem .



Vocês encontrarão aqui no Café Point alguns artigos que escrevi , outros tantos no PEABIRUS .



Infelizmente , as lideranças brasileiras querem manter o "status quo" .



Começou um movimento pela SINCAL , que quer trazer novas propostas e discussões para o setor cafeeiro , é uma oportunidade de apoia-los.
MURILO DE FREITAS FERRACIN

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/11/2015

Infelizmente, Marco Antônio e Marden,

Temos todas as informações possíveis para dar estes números simples, porém, existe atrás destes, duas variáveis que são difíceis de serem descobertas:

1- Há o interesse em divulgar a real produção? Os "órgãos" que exportam ou estão no mercado - e que lucram realmente com a atividade - tem esse interesse?

2- Alguém aqui queima suas escolhas para que não participar do lixo do mercado como outros sub produtos (palha melosa), na qual são vendidos para população de massa como café?

São fatores que modificam e muito estas %. Imaginem que esta safra de 2014/2015 que tivemos este problema de enchimento dos grãos, o tanto de escolha que foi comercializada clandestinamente. Como saber estas variáveis, só aproximadamente e olha lá.

Estamos sozinhos, cooperativas e exportadoras com seus objetivos a serem alcançados, uma política completamente desinteressada, sem crédito, sem moral para atuar. Por estas e outras, acho que tudo vai continuar como está.  
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/11/2015

Caro Marden ,



a formula que você mencionou se chama SAFRA DERIVADA .



É a maneira mais exata de sabedr o quanto foi colhido , porém precisa de seriedade.



A legislação já temos , falta cumpri-la , coisa de país tupiniquim que é o Brasil.



Você falou outra verdade , os consumidores brasileiros são renegados , tomam uma porcaria , apesar de todos sabermos os beneficios a saúde que faz o café.



Falta vontade das lideranças da cafeicultura para tornar o Brasil a Nação do Café.



De slogam , estamos fartos.
MARDEN CICARELLI

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/11/2015

Prezado Marco Antonio Jacob,



Em minha opinião, como produtores, o que devemos fazer é lutar por estatísticas e dados sérios. Afinal, se exportamos X sacas, e consumimos Y sacas, e temos estoque de Z sacas, a equação é muito simples, pois não há outra "entrada" de café nessa equação -- pelo menos por enquanto, a importação está vetada.



É muito fácil verificar o valor de X na equação. Afinal, esses são números oficiais, auditáveis. Os estoques (Z) formam um número sombrio, pois não há firmeza nos valores apresentados. E ainda temos Y, o consumo.



Podemos até confiar no valor do consumo informado, mas não posso garantir que todo aquele volume é realmente café. Sabemos que há muita palha, outros grãos, e toda sorte de "enchimentos" que a população consome e aceita.



Já fui muito revoltado com o USDA. Mas um dia me perguntei: para onde vão as minhas ESCOLHAS? Em uma colheita como 2015, as escolhas passaram de 10%. Nós vendemos esse volumes.



Digamos que tivemos 15% de escolha. Digamos, ainda, que o PROCAFÉ está corretíssimo (o que eu realmente acho). Bem, 42 mi + 15% dá algo próximo da estimativa do USDA. Se ainda acrescentarmos a palha, o milho... e pronto! Chegamos lá.



Antes de finalizar, vamos tentar chegar ao Z da equação: se exportamos 36mi (X) e consumimos 20mi (Y), e produzimos 42mi, então o Z vale -14mi. Ou seja, nossos estoques REDUZIRAM em 14milhões. Isso é surreal.



Então, de fato, alguém está mentindo. Temos que escolher: o governo mascara números da exportação? Os estoques são altíssimos a ponto de não fazer diferença um deficit de 14 milhões? Ou o consumo é muito menor? Acho que acredito no consumo informado. O que não acredito é que tudo aquilo é café...



Daí, faço um questionamento: entidades como o USDA estão apenas especulando, ou nós, produtores e consumidores, somos vítimas do próprio mercado?



Finalizando: aprendi a entender o número do USDA da seguinte forma: ao informar uma safra de 62milhões, eles na verdade estão dizendo que vamos exportar algo em torno de 40milhões. Acho isso um número real. O vilão é outro.



Saudações.
CLÁUDIO BARBOSA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/11/2015

Mais bla-bla-bla sobre um tema que a cada dia que passa mais aproxima-se do ridículo.

O duro é que a patética falta de informação sobre o montante da safra brasileira de café só beneficia o negócio dos investidores, enquanto os produtores, além de gastar energia naquilo que precisam e sabem fazer naturalmente, também têm de utilizar o seu precioso tempo num outro buraco, muito mais em baixo.

Finalizando: é SIMPLESMENTE SURREAL que não se quantifique o tamanho da safra anual de café no Brasil.

Cláudio Barbosa.
ROSIMAR

MONTE AZUL PAULISTA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2015

O Sr Francisco Sérgio de Assis estabeleceu os pontos necessários para se emitir uma 'opinião' de safra futura, coisa que há muitos anos acontece gerando desconfiança e de forma especulativa, prejudicando o produtor de café.  Se os brokers e tradings não confiam nos dados Brasileiros, então, deveriam enviar pessoas para verificar in loco nos principais pólos produtores, ou a especulação é interessante para eles?
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/11/2015

Já terminou a colheita e as COOPERATIVAS não informam como foi a colheita desta ano (acima das previsões , dentro das previsões , abaixo das previsões ) . Infelizmente o MUNDO ouve Departamento de Agricultura Americano (USDA ) , e todo o trabalho do PROCAFÈ é jogado no lixo.



Enfim , quem esta correto , o USDA (52) ou o PROCAFÉ (42) , pois há uma enorme diferença entre ambas previsões de safra.



A grande verdade que os cafeicultores brasileiros não têm nenhum parametro , aonde esta suas lideranças.



Mesmo com a forte seca que assolou o Espirito Santo ,  Norte de Minas , Sul da Bahia , e talvez até o Planalto Bahiano ., não ouvimos uma palavra das LIDERANÇAS e nem mesmo do Ministério da Agricultura , que deveriam  nortear as ações.

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