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Prognóstico de chuvas em regiões de MG pode ser prenúncio de boas safras futuras

POR JOSE DONIZETI ALVES

ESPAÇO ABERTO

EM 26/11/2015

2 MIN DE LEITURA

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*Por Prof. José Donizeti Alves, da Ufla, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e trabalha com Fisiologia do cafeeiro há mais 33 anos

Em artigo recente publicado neste site o pesquisador da Embrapa/Epamig Williams Ferreira especialista em Agrometeorologia e Climatologia (Chuvas mais presentes em dezembro poderão ajudar cafeicultura) destaca que nas principais regiões cafeeiras de Minas Gerais é esperado, para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, volume de chuva acima do valor médio para o período. Apesar de esclarecer que esse é um prognóstico climático e, portanto, passível de alterações, não deixa de ser uma excelente notícia.

Caso essas previsões aconteçam, penso que a cafeicultura mineira será beneficiada. Vejamos por que. As duas primeiras floradas, majoritárias, vingaram e hoje os frutos nas árvores se encontram na fase chumbinho. Da mesma maneira, as chuvas recentes devem estimular a última florada que deverá ter alta percentagem de vingamento. Esse padrão de florescimento concentrado deve sincronizar a colheita em um curto período de tempo, o que “per si”, já é uma boa notícia. A partir dessas pressuposições, caso os prognósticos climáticos se confirmem, os crescimentos vegetativo e reprodutivo do cafeeiro poderão se beneficiar como há muito não se via.

O crescimento dos ramos ortotrópico (caule) e plagiotrópicos (ramos produtivos) e de folhas na maior parte das regiões produtoras de Minas Gerais, iniciou-se, de maneira geral, em meados de setembro, com o início da primavera e deve se estender até o final do verão/início do outono. Nesse período de seis a sete meses possivelmente serão formados em cada ramo, cerca de 7 a 10 nós com um par de folhas cada um. Em outras palavras, a lavoura estará bem enfolhada. Considerando que esses ramos abrigarão rosetas com 10 a 15 frutos/roseta é de se esperar uma boa safra no estado em 2017. A produção de cada propriedade deve variar em função do número de ramos produtivos/planta, do número de plantas/ha, relacionados, respectivamente, a idade da planta e do espaçamento e, obviamente das condições climáticas entre setembro de 2016 a março de 2017. Pelo menos no que depender desses ramos atualmente em crescimento, as chances são positivas. Vamos aguardar.

Em relação à safra de 2016, o prognóstico de chuvas, acompanhado de temperaturas amenas entre setembro a março é um indicativo de boa florada, bom pegamento da florada, boa fixação de chumbinhos, expansão e granação de frutos. Essa combinação de fatores, aliada ao enfolhamento da lavoura, deve proporcionar uma boa safra no próximo ano, cujos frutos deverão ser bem maiores que aqueles colhidos nesta safra.

Deve-se ressaltar, entretanto, que esses números a que referi e que levaram a concluir por boas safras vindouras, dando fim às quebras consecutivas, foram propostos levando-se em consideração uma lavoura em pleno vigor. Isto pode ser traduzido numa lavoura em bom estado fitossanitário; que está sendo bem nutrida com macro e micronutrientes; que receberam/receberão um reforço extra de fertilizantes ditos “especiais” por proporcionarem às plantas moléculas orgânicas importantes para seu metabolismo (especialmente aquelas que passaram por estresses de água e calor) e em ano de alta. Enfim, uma lavoura com estas características e que estará exposta a condições climáticas favoráveis como aquelas relatadas no primeiro paragrafo. Estas lavouras existem e não são poucas.

Para terminar, deve-se ressaltar que essas considerações otimistas, especialmente para a próxima safra, foram baseadas nas boas previsões para um período crucial para a lavoura cafeeira que corresponde às fases de floração, crescimento e granação dos frutos. Vamos torcer para que as previsões se confirmem. Casos não se confirmem, será assunto para os próximos textos.


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*O texto deste colunista não reflete necessariamente a opinião do site CaféPoint.

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SANDRO MANCINI

SANTA ROSA DO TOCANTINS - TOCANTINS - AGRICULTURA

EM 30/11/2015

Essa cultura do terrorismo que vejo por aí atrapalha muito mais o produtor do que ajuda. Quando você deixa claro o seu viés, até quando você fala a verdade, ninguém mais acredita em você. O viés deve ser o da verdade, seja ela qual for. Até porque uma hora ela "morde o seu rabo". É inevitável. Se há este potencial, ele deve ser dito, e sabido, para que o produtor, informado da verdade, possa fazer um planejamento acertado, em função dos acontecimentos, sabendo deste potencial e de seu possível efeito no mercado. Muito pior é o produtor fazer todo um planejamento e comprometimento financeiro esperando uma coisa, e vir outra completamente diferente, e ele ficar à beira da inadimplência, de pires na mão pedindo socorro ao governo, depois de um ano de labuta.
JOSE DONIZETI ALVES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 27/11/2015

A despeito de sua ironia, gostaria de lembrar que o ponto central de meu texto foi exatamente mostrar o ÓBVIO e assim, tentar contribuir com os cafeicultores que, acreditarem que as condições climáticas irão ser favoráveis e, obviamente, quiserem e puderem, possam investir em sua lavoura. Meus comentários não se basearam em meras suposições e sim, em conhecimentos científicos comprovados no campo da Fisiologia do Cafeeiro.  Concluindo, repito que, caso os prognósticos climáticos se confirmem, a cafeicultura irá se beneficiar como há muito não se via. Então, é arriscar ou não.
ADENILSON DONIZETE ELIAS

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/11/2015

se uma galinha tiver 10 pintinhos femeas e se essas femeas todas cresserem ,juntarem com a galinha e se cada uma tiverem mais 10 pintinhos teremos um total de 110 aves,é obvio!

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