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Tudo ou nada? |
BRUNO VARELLA MIRANDA
Professor Assistente do Insper e Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Missouri
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BENTO VENTURIMSÃO GABRIEL DA PALHA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 02/04/2015
Bruno, realmente o assunto proposto rendeu. Quero lhe dizer que não estou irritado, mas indignado por estar VIVENDO no Brasil que sofre com as atitudes de um governo mentiroso e que se elegeu com este artificio. Vivo no pais onde a inflação está acima da meta, a energia eletrica sobe a cada mes, chegando a 47%, o combustível ao preço mais caro do mundo, até direito dos trabalhadores são violados.... ACHO que chegamos ao episódio Bíblico de Sodoma e Gomorra: de tanta mentira e corrupção institucionalizada, faltou água nas regiões mais populosas e não se produz energia eletrica com água que é o forte deste pais.
Penso que a mudança de governo que se elegeu na mentira e que hoje tem 12% de sua aprovação é benéfica e constitucional: TODO PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME SERÁ EXERCIDO". Quem viveu após Collor sabe que o Brasil melhorou, entrou nos trilhos. Agora , perdeu o freio. Não sei se minha avaliação é errada ou radical e não gostaria que fosse verdade: todos os países desenvolvidos e com democracia plena, passaram por uma guerra civil... Hoje temos o Levy carregando sozinho este país. E se ele "cair"? Que Deus nos ilumine! |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 02/04/2015
Prezado Marden,
Agradeço a visita e a leitura atenta do artigo. Eu concordo contigo. Apenas um rápido comentário sobre a frase que encerra seu texto: como você bem aponta, considero lamentável essa tentativa de associação entre "protestos" e uma tal "oligarquia dos olhos azuis". São essas simplificações da realidade, convenientes para muitos, um dos fatores que envenenam o debate e impedem mudanças reais. Todos aqueles que se dedicam a reproduzir as distorções do sistema atual são os primeiros interessados em transformar uma discussão complexa em uma mera coleção de frases de efeito. Atenciosamente Bruno |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 02/04/2015
Prezado Eduardo,
Muito obrigado pelo comentário. Concordo: mudanças reais levarão tempo. Para que esse tempo chegue, temos que trabalhar desde já. Um primeiro passo é reconhecer que soluções mágicas inexistem. Atenciosamente Bruno |
EDUARDO LIMAOURO FINO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 01/04/2015
Prezado Bruno, seu artigo esta correto. Suas aspirações são legítimas e reflete o ideal republicano. Estamos vivendo, ainda, os horrores de mais de 300 anos de um patrimonialismo arraigado em nossa sociedade. O que esta acontecendo hoje e que sempre aconteceu só poderá ser mudado com muito investimento em educação. Isso levará tempo, mas é o único caminho. No mais, só nos resta lutar dentro das regras democráticas como bem você frisou.
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MARDEN CICARELLIMONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 01/04/2015
Caro Bruno,
Seu raciocínio é ótimo, e estaria completamente correto se... fôssemos um povo que apenas "errou" desta vez. Mas o problema é muito maior. O brasileiro é culturalmente propenso ao ganhar imediato, é fã incondicional da Lei de Gerson citada pelo companheiro Antonio Carlos em seu comentário anterior. Isto posto, sou forçado a aceitar que apenas tirar a presidente atual simplesmente colocaria iguais no lugar. Talvez não no método, pois nisso o partido da estrelinha é imbatível, mas na forma: sempre os poderosos de plantão estariam urdindo formas de perpetuar-se no poder e/ou sugar ao máximo a pátria -- que já não existe mais como ideal do povo, mas como uma tia rica e chata que pode nos deixar herança. As reformas são de prazo muito longo, e passam necessariamente pela educação. A geração atual já se perdeu. Os jovens de hoje idem. A esperança começaria nas nossas crianças. No mínimo duas gerações para começar a mudar. Diante disso, creio que o remédio é, sim, muito amargo. Estamos doentes. Deixar tudo como está é ignorar a doença e continuar a sofrer. O impeachment seria apenas tomar um analgésico, ter uma pequena melhora e padecer novamente em seguida. A cura seria uma cirurgia de alto risco. Que talvez nem o paciente nem o médico querem arriscar. E assim caminhamos para (continuarmos a) ser apenas fornecedores de commodities ao mundo. Sempre sujeitos aos humores dos outros, sejam eles as indústrias chinesas ou os fundos de investimentos americanos. Ou, como já comentei antes em um artigo seu, vamos rápidos à venezuelização. O pouco que temos, damos de bandeja a alguns países "cumpanheros", claro que sempre cobrando uma taxa de sucesso via consultorias duvidosas. E, se reclamo agora, é porque sou dazelite de olhos azuis. Grato pelo artigo. ...Marden. |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 01/04/2015
Prezado Bento,
Gostaria de agradecer a leitura atenta do texto e sua sinceridade. Permita-me discordar do seu argumento inicial: não é porque, no momento, vivo nos EUA que não tenho condições de apresentar minha opinião sobre o que está ocorrendo no Brasil. Imagina se eu argumentasse que, pelo fato de você morar em São Gabriel da Palha, não pode comentar o que ocorre em Brasília porque vive a mais de 800 km da capital? Por outro lado, é evidente que minha opinião não é melhor nem pior que qualquer outra. Esta apenas reflete as informações que tenho no momento e a forma como as processo. Gosto de pensar nessa coluna como uma conversa aberta, em que talvez leve alguma vantagem porque proponho o tema inicial. A partir daí, estou aberto a qualquer sugestão que venha... Nesse sentido, veja que meu texto não aborda a política externa brasileira. Tenho minhas opiniões sobre o tema, e, caso haja interesse, posso escrever um texto que inaugure um debate sobre a questão. Não seria a primeira vez: lembro que, há algum tempo, escrevi um texto sobre o Mercosul que levou a mensagens e e-mails interessantes por parte de leitores(as). Tendo a ser resistente, porém, a determinados argumentos surgidos de uma ala dos chamados "formadores de opinião" em que tudo o que é publicado é feito para mostrar que determinado partido é ruim. Isso vale tanto para a esquerda quanto para a direita. Finalmente, você tem todo o direito de estar irritado. Acredito, eu também estou. Muito. Só não acho que devemos correr o risco de jogar pelo alto mais de 25 anos de avanços institucionais apenas porque estamos irritados. Atenciosamente Bruno Miranda |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 01/04/2015
Prezado Antônio Carlos,
Obrigado pela participação. Fico feliz por seu comentário - "falou quase tudo" -, dado que isso significa que, para essa conversa ficar completa, precisamos da contribuição de vocês, prezados(as) leitores(as). Acredito que, com regras claras e aumento da transparência, seremos capazes de controlar melhor o peso das "tentações" sobre os nossos representantes eleitos. Um problema é que esses mesmos deputados, senadores, vereadores, etc., legislam em causa própria. Logo, é necessário buscarmos formas de influenciar de forma mais direta a criação de instrumentos que limitem sua capacidade de capturar o que é de todos. Atenciosamente Bruno Miranda |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 01/04/2015
Prezada Maria Sonia,
Agradeço a sua visita. Concordo plenamente contigo: cuidar do método segundo o qual escolhemos nossos representantes e trabalhar para seu fortalecimento deve ser um objetivo central em nossa sociedade. Atenciosamente Bruno Miranda |
ANTONIO CARLOS SILVABOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 01/04/2015
Bruno, excelente texto, falou quase tudo. Quanto a Oposição, esta finge que faz oposição. É esquerda, aliada ao Foro de São Paulo e, "indiretamente" faz o mesmo jogo sujo do PT. Não resiste a um detido olhar.
O povo deste gigante deitado eternamente..... (você já deve estar cansado de saber) neste caso, desnecessário tecer maiores considerações quanto a cultura política. A Lei de Gerson impera em todos os setores da sociedade. Abcs. |
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