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S.O.S! S.O.S?

POR SYLVIA SAES

E BRUNO VARELLA MIRANDA

BRUNO VARELLA MIRANDA

EM 31/03/2009

4 MIN DE LEITURA

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A manifestação do movimento S.O.S. Cafeicultura, realizada em Varginha no último dia 16, é o grande evento do setor nas últimas semanas. Tal conclusão resulta não apenas da interessante iniciativa de mobilização dos cafeicultores, algo relativamente raro em um país acostumado a engolir calado aquilo que os ventos da história (e as canetas dos políticos) nos trazem, como também do intenso debate originado desde o anúncio da marcha.

Entretanto, se o adjetivo "interessante" pode ser utilizado para o fenômeno de mobilização de tantas pessoas, o mesmo não pode ser dito das propostas levantadas pelo movimento. Até porque, via de regra, o que pede o movimento S.O.S. Cafeicultura não traz nenhuma novidade para o cenário dos embates políticos do setor, algo que somente salienta o caráter reativo da iniciativa.

O que realmente faz falta para a cafeicultura brasileira não é tanto a predisposição a brigar por seus interesses; basta uma rápida observação para vermos que o setor conta com um considerável respaldo político. Cada vez mais, a impressão é a de que falta à cafeicultura brasileira a capacidade de coordenar uma agenda mais ampla e ambiciosa, que proponha alternativas de longo prazo para o setor como um todo.

Afinal, das duas, uma: ou a cafeicultura brasileira não tem condições de resistir à intensa concorrência internacional e às atuais características do setor, ou estamos apenas passando por um mal momento. Caso a primeira hipótese seja a correta, o problema é realmente grave e exige uma reflexão mais profunda, mesmo de cunho existencial. Porém, não acreditamos ser esse o caso, e é aí que começa o desafio real.

Isso porque, caso o responsável por toda a preocupação seja um mal momento, causado pela conjuntura internacional, é importante que qualquer movimento dedicado ao setor busque apresentar soluções que contemplem também aquilo que a cafeicultura fará quando ventos melhores se aproximarem. Pedidos por renegociação de dívida e fixação de preço mínimo não são inéditos em nossa história, pelo contrário. Por isso mesmo, já sabemos bem quais as chances dessas políticas serem implementadas ou garantirem algum tipo de melhora real para o setor.

Vejamos um exemplo, qual seja, a fixação de um preço mínimo de R$ 320,00 para a saca. Sem maiores rodeios, a história já nos provou que uma regulamentação nesse sentido sem o apoio de todos aqueles envolvidos com a cafeicultura no planeta simplesmente não possui qualquer condição de prosperar. Em primeiro lugar, a grande questão é: quem pagará a conta? As empresas? Consumidores? O governo / contribuintes?

Em relação ao apoio da iniciativa privada, acho que já está bastante claro para todos que essa hipótese não existe no momento, sendo provável que o Brasil perca terreno no mercado internacional. Empresas sempre argumentarão que a feroz competição abre espaço limitado para medidas nesse sentido, e entre os consumidores o momento não é dos melhores, infelizmente. Já o governo, de quem é possível esperar quase tudo, tampouco parece muito propenso a embarcar em uma proposta nesses termos. E ainda que aceitasse, não haveria condição alguma de manter essa política no longo prazo, e isso porque uma concessão dessa natureza à cafeicultura apenas abriria as portas para demandas semelhantes em cada setor da economia.

Ao que parece, qualquer política de real defesa dos interesses da cafeicultura em uma perspectiva de longo prazo (sempre essas duas palavras tão importantes), deve se basear em uma abordagem unificada que saiba pedir a coisa certa à pessoa certa. Assim, as preocupações com o meio ambiente, por exemplo, cada vez mais reais e não apenas retóricas, deveriam motivar uma pressão maior sobre nosso governo, para que uma ação mais ativa fosse tomada, pelo simples fato de que este é um tema que depende da implementação de políticas públicas para prosperar.

Outro tema que demanda uma resposta do governo brasileiro se refere à precariedade da infra-estrutura em diversas porções de nosso país, realidade que traz enormes dificuldades para todo o setor agrícola. E obviamente essa lista poderia ser mais extensa, afinal há a necessidade de constante de discutirmos até que ponto estamos capacitando nossa mão-de-obra de forma adequada, se estamos investindo recursos e esforços adequados para o desenvolvimento de técnicas que contribuam para uma maior qualidade de nosso café, entre outros.

Por outro lado, tudo aquilo que envolva a utilização de recursos deveria ser resolvido dentro da cafeicultura. Como sabemos, o setor possui um Fundo, o Funcafé, que poderia ser usado para garantir a estabilização da renda dos produtores ao longo do tempo. Ainda que daí surjam questões críticas: Em que nível seria colocada a trava para a queda dos preços? Que tipo de produtor seria beneficiado (o tecnificado, o mais produtivo, o que utiliza mão-de-obra familiar etc.)? Qual nível permitiria que, no longo prazo, mais produtores não fossem atraídos para o mercado? E antes que os leitores torçam o nariz, repetimos as perguntas feitas acima: Será o problema da cafeicultura passageiro ou uma constante?

A participação política é fundamental; porém, que esta se dê continuamente, e não apenas quando as vacas começam a emagrecer. É uma pena que o setor não seja capaz de aproveitar de forma construtiva o enorme peso que possui. Nesse sentido, o trabalho de discussão acerca dos rumos da cafeicultura deve se manter ativo diariamente, privilegiando um olhar que enxergue a perenidade do setor, e não a sua salvação momentânea. Até mesmo o nome do movimento, S.O.S. Cafeicultura, remete à imagem de um afogado pedindo socorro! Pelo contrário, o que queremos é surfar nas melhores ondas...

Por tudo isso, a cafeicultura brasileira deve avançar no sentido de construir uma visão de longo prazo, amparada em um debate cuidadoso acerca dos objetivos a serem perseguidos pelo setor. Tal planejamento somente será possível caso conte com a participação de todos os agentes envolvidos no segmento, de forma madura e organizada. E, obviamente, com base em um reconhecimento de que a cafeicultura tem capacidade de se manter viável pelas próprias pernas.

SYLVIA SAES

Professora do Departamento de Administração da USP e coordenadora do Center for Organization Studies (CORS)

BRUNO VARELLA MIRANDA

Professor Assistente do Insper e Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Missouri

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JOSÉ ANTONIO PADIAL POSSO

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/04/2009

Seu artigo, o de Celso Luiz Vegro https://www.cafepoint.com.br/menos-graus-de-liberdade_noticia_52971_47_252_.aspx desse mês, aqui no CaféPoint, acredito que refletem o pensamento da maioria dos produtores com algum grau de discernimento.

O mercado pune sempre a ineficiência de forma implacável. É insensível às dificuldades particulares de qualquer um dos "players". É, e sempre será. Não tenhamos ilusões quanto a isso.

Façamos cada um a nossa parte - produtores, lideranças e governo, e teremos uma cafeicultura sustentável. Ou vamos perpetuar a atual situação, de lamentações e mendicância para cobrir resultados negativos provocados por ineficiência, nem sempre da parte do produtor, ou pelo menos não só dele.

Caso tivéssemos governo e lideranças agindo com total eficiência na defesa dos interesses do setor, como um todo, poderíamos prescindir de ações de socorro hoje reivindicadas quase que diariamente e teríamos apenas ações pontuais em determinadas situações realmente merecedoras desse apoio.

Acho que é chegada a hora de o governo ser franco, honesto, claro e decidir: se a cafeicultura merece, por sua reconhecida importância social, uma política de apoio ou se ao contrário, ela deve estar integralmente sujeita às condições de mercado. Aí então, como acontece em qualquer setor, o produtor que por um motivo ou outro não se situar em condição de competição deveria se conscientizar disso e tomar decisões baseadas nessas constatações. Do jeito que está, morremos como o sapo mergulhado na água de fervura - sem perceber, esperando que a temperatura pare de subir.
ALINE DE FREITAS VELOSO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 08/04/2009

As reivindicações do Governo de Minas e dos produtores rurais para a cafeicultura brasileira serão tratadas hoje, em Brasília, durante encontro do governador Aécio Neves e do secretário de Agricultura do Estado, Gilman Viana, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Com certeza o "dever de casa" deve ser feito pelos agentes da cadeia produtiva, independente do nível em que se encontram. Ademais, no que depende da Federação e da Confederação da Agricultura deste país, as medidas estão sendo tomadas para apoio ao produtor.
CLÁUDIO JOSÉ DA FONSECA BORGES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/04/2009

E a carta de Varginha que seria entregue ao Lula pelo Aécio Neves?

Será que o Aécio está sabendo que confiamos essa missão a ele?

A carta ficou pronta?

Quem levou para o Aécio para este levar ao Lula?

a carta está parada em algum lugar?
ANA MARIA BANDEIRA VILELA E SILVA

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/04/2009

Parabéns aos estudiosos do setor café que neste forum levantaram questões essenciais. Apenas gostaria de rememorar e pensar:

Quando estávamos com preços internacionais de café na faixa de USD 1,70/libra peso, enviei sugestão, à imprensa e a representantes políticos da cafeicultura (deputados federais), de criação do DÓLAR EXPORTAÇÃO nos moldes do dólar turismo (fim específico de internalizar as vendas vinculadas a exportação do café com taxa cambial diferenciada).

A resposta que obtive é que não saberiam quem pagaria a conta (diferença entre dólar exportação e comercial). Apesar de justificar que aproveitando o mercado em alta e com aumento de arrecadação justificaria a "despesa" momentanea àquela época, não conseguimos navegar e ficamos "a ver navios".
Lamentei que essa ideia simples tenha surgido de uma mente simples e não tenha conseguido aumentar a discussão de que nós cafeicultores brasileiros fomos únicos em não aproveitar o excelente momento internacional à epoca.

E a culpa? dólar comercial "artificialmente" desvalorizado? falta de liderança no setor para preocupar-se com renda e nem tanto com prorrogações de dívidas? falta de marketing da questão? falta de movimento "S.O.S" à epoca? preocupar-se em não deixar o "café derramar" e parar de "chorar o café derramado"?

Como não vivemos no passado nem devemos viver dele, apenas usá-lo como experiência de como não repetir erros, sugiro que nossos representantes aproveitem esse momento de "fundo do poço" para planejarem ações que nos permita no futuro saber aproveitar ocasiões propícias de mercado (onde os concorrentes saberão com certeza novamente).
Que Deus nos ilumine e abençoe sempre!
JOSE EDUARDO REIS LEÃO TEIXEIRA

VARGINHA - MINAS GERAIS

EM 03/04/2009

Em toda e qualquer atividade, rural ou urbana, suas linhas de produção são orientadas em função do preço de venda. Sobre este, geralmente incontrolável pela atividade, a não ser quando cartelizada, cada empresa procura adequar os custos produtivos para obtenção do lucro, sendo que algumas se adaptam às regras para obter eficiências, enquanto outras não o conseguem. Sempre foi e sempre será assim. Mas o custo de produção médio é uma marca que deve ser estabelecida, pois sobre este dependerão muitas ações solucionadoras.

Na cafeicultura, um dos graves problemas está em todos desejarem encontrar soluções que envolvam políticas agrícolas e, absolutamente, não seria de competência inicial a políticos agrícolas. O que devemos fazer seria apontar o que consideramos correto e eficaz.

A atividade fundamentalmente necessita fazer sua parte, apresentando um planejamento estratégico consistente de longo prazo e ao governo federal compete criar e estabelecer as regras e normas de sustentação a este. Isto funciona como o efeito pirâmide, onde a base é construída com solidez, mas as decisões vêm de cima para baixo.

A base da cafeicultura até a meia altura parece mais a "Torre de Babel" e a pirâmide não possui topo. É um estereótipo aleijado. Os representantes se negam a um planejamento estratégico, que envolva o longo prazo, não de dívidas, mas de sustentação. O governo federal, comodamente, deixa o barco à deriva, pois são tantos os políticos e afins engajados em soluções e posições que a eles não compete, que assim o tempo passa e a situação se complica a cada dia.
Querem solução? Apresentem ao governo federal um planejamento preciso, solucionador e que produza também reflexos positivos para o social ou meio ambiente, para neste caso sensibilizar até mesmo parte da sociedade. Depois, cobrem do governo as soluções, que a este compete, sendo sua obrigação.
Porém, desfaçam esta anarquia criada pela "Torre de Babel", onde cada um apresenta suas solicitações isoladamente, como se a cafeicultura fosse uma simples extensão de seus problemas pessoais, falando linguagens diferenciadas.

Além disto, prestem atenção a um fator importante: quem deve apresentar as propostas solucionadoras para a atividade produtiva cafeeira é ela mesma e não segmentos que dela dependam, pois os interesses são contrários.
LUIZ A.R.FERREIRA LEITE

GUAXUPÉ - MINAS GERAIS - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 01/04/2009

Maria Sylvia e Bruno,

O debate a respeito de políticas para o setor deveria contemplar temas que resultem de uma reflexão madura e responsável, que a meu ver seriam: renda(preco minimo) e reestruturação das dívidas (não simplimente prorrogação).

Concordo com a maneira clara e objetitiva desde debate proposto. A questão fundamental seria sensibilizar nossas liderancas para que tenham um discurso único, usando a forca que a cafeicultura tem.

S.O.S. não. Políticas consitetentes que permitam ao setor desevolvimento, sim.
ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/04/2009

Prezada Sylvia e Bruno,

Muito feliz em suas colocações.

Há alguns anos atrás, quando você e eu discutíamos esse mesmo assunto (o endividamento crônico da cafeicultura) numa mesa durante um seminário, já nos parecia claro de que um dos pontos mais delicados residia no modelo de gestão dos empreendimentos.

Algumas teses de mestrado em economia e administração agrícola tem verificado e constatado isso nos últimos anos. Certamente, o Calcanhar de Aquiles tem sido o desconhecimento do custo de produção na lavoura, só que deve ser lembrado que esse "número" é algo individualizado, ou seja, "cada caso é um caso". Um prato de filé com fritas, por exemplo, pode ter custos diferentes em cada restaurante e consequentemente contempla performances financeiras diferentes em cada um.
Isto é lição de casa obrigatória.

O momento atual é complexo, porém existem indicadores que mostram que os investimentos continuam no setor. Recentemente, num levantamento realizado por empresas do governo, verificou-se o impressionante número de mudas de café efetivamente comercializadas, das quais 70% se destinavam a novas áreas e apenas 30% para renovação. É sinal de que muitos acreditam no negócio.

Ainda sobre gestão, tem-se constatado o crescimento da melhoria de condições econômicas dos pequenos produtores, segundo diversas empresas de extensão rural, fruto da diversificação das atividades e, principalmente, na apropriação de tecnologias que permitem agregação de valor. Há maravilhosos exemplos nas montanhas do Espírito Santo e Minas Gerais onde esses produtores têm ofertado compotas, queijos diferenciados e até bebidas muito bem elaboradas que estão conquistando muito espaço no mercado. É competência sem assistencialismo.

Enfim, o resultado de uma negociação pende sempre para o lado que tem maior conhecimento do que será discutido. O mercado é regido por competência, mesmo quando "enquadrado" por normas e espartlhos.

Portanto, com estas premissas, ou seja, domínio do seu negócio e profundo conhecimento do seu produto (saber o que se vende), além das expostas em seu artigo, num movimento coordenado todos da cadeia produtiva certamente alcançarão bons resultados, pois nenhum de seu elo sobrevive isoladamente.

Grande abraço

Ensei Neto
VIAVERDE CONSULTORIA AGROPECUÁRIA

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/04/2009

Maria Sylvia e Bruno, parabéns.

O texto vai ao cerne da questão, que infelizmente é omitido ou esquecido nas discussões e proposições que ouço das lideranças desde há muito tempo. Políticas públicas (estoque e preço mínimo, dilatação de prazos etc.) são importantes, mas se a estrutura não muda, tais medidas apenas adiam o problema.

E quando falo em estrutura, me refiro à elevada tributação da mão-de-obra (ítem que corresponde à 60 a 70% do custo de produção em grande parte das regiões produtoras), ao baixo índice de tecnificação e mecanização e, como sugerem os autores, possivelmente à baixa capacitação da mão-de-obra em muitos casos.

Apenas um adendo: nenhum produtor que tenha conseguido excelente qualidade de café conseguiu se manter na atividade se não aumentou sua produtividade substancialmente primeiro. Porque, raríssimas exceções, o ágio pago por qualidade não excede 5% o preço do café commodittie. Enquanto técnicas adequadas não raro representam ganhos de produtividade de 30% ou mais.
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/03/2009

Prezada Professora Sylvia e Bruno,

Parabéns pela análise, precisamos usar a força da união deste movimento para buscar soluções verdadeiras e duradouras para a cafeicultura.

Um forte abraço,

Paulo Henrique Leme
JOSÉ PONTAL NUNES

AMPARO DO SERRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/03/2009

Debates de longo prazo, políticas visando toda a cadeia do café. Muito bonitas as palvras, só que a base da cafeicultura (os produtores de café) está à beira da morte, vítimas de uma legislação trabalhista de quase um século atrás, altas nos preços de TODOS os insumos, principalmente fertilizantes, endividamento e falta de crédito (Estes um capítulo á parte de tão ridículo, visto que os cafeicultores são credores de si mesmos, pois os recursos do Funcafé foram construídos pela própria cafeicultura sem apoio do restante da sociedade brasileira), entre vários outros motivos como aquecimento global (pode-se visitar a região de Varginha e conferir pessoalmente que houve quebra de 30% na produção da região nas duas últimas safras em função de abortamento de floradas).

No quadro feito pela Sociedade Rural Brasileira, mostrando que de 1994 até os dias de hoje, caso o valor da saca de café fosse reajustada de acordo com os aumentos dos insumos estaria custando mais de mil reais, certo? Somos um fracasso? Chorões?

A solução imediata para cafeicultura que emprega milhões de pessoas direta e indiretamente são subsídios sim (preço mínimo) e renegociação das dívidas sim (o dinheiro do Funcafé é nosso e deveríamos fazr o que quiser com ele), pelo menos até a mesma tomar fôlego novo.

Quem pagará a conta do preço mínimo? O governo claro! Ou os impostos que a parte produtiva da cadeia recolhe não valem nada?

Já pensou o impacto social e econômico se a cafeicultura brasileira terminar de quebrar? Gostaria em nome do setor produtivo (os cafeicultores) de pedir mais respeito, bom senso e conhecimento da realidade em que estamos vivendo antes de criticar e não apontar nenhuma solução para nós, que somos a base de toda a cadeia!

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