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BRUNO VARELLA MIRANDA
Professor Assistente do Insper e Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Missouri
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JÉSUS CARVALHO ESPÓSITOIPATINGA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 09/03/2008
O artigo do Sr. Dr. Bruno está recheado de verdades e realmente podemos atender o mundo de todas as formas: agricultura orgânica, comércio justo, estilo de vida, moda. São correntes reais e todas passíveis de serem atendidas por nosso portfólio.
O problema não é lá, é cá. Observem; o político joga para o governo, o governo joga para o político. Alguém clama até pelo desarticulado produtor - é brincadeira - e alguém até puxa para si, mas nunca aparece "O PLANO"; -Sr Venuto chamou um "pastoreio" com os envolvidos. -Sr José Eduardo Ferreira transferiu aos privados. -Sr. Roccheti fala das batalhas perdidas e as que ainda vamos perder. Tirou das esferas política e governamental. -Sr. Bueno falou o óbvio:o "burro de carga" trabalha e o "esperto" fica rico. -Sr. Tarabal lembra dos torrefadores espertos que usam os nomes dos países produtores em suas marcas, e da segmentação das regiões produtoras competindo entre si. Pois bem; alguém já consultou quem mais entende de café no Brasil e ,provavelmente, no mundo? Quem sabe todas as fases? Quem já participou de todas as experiencias em todo o Brasil? Pois bem; alguém já convocou uma reunião? Partiu para a ação no rumo certo? Do plantio ao sofrimento, ele conhece tudo, e todos os "Bons de Serviço". É o professor Matiello. Ele vive café. |
JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 02/03/2008
Bem colocadas as várias informações contidas neste artigo.
È bom frisar que vários dos produtos comercializados, como na Starbucks citada no artigo, assim como os cafés da Etiópia etc, o marketing fica por conta da própria comercializadora, neste caso a cafeteria, que por vários motivos acha mais interessante destacar esse país produtor ao nosso país por exemplo. Creio que o país que mais investe por conta própria em sua marca é a Colômbia, os outros, como os exóticos Guatemala, Etiópia, Haiti entre outros, não têm condições para promoção de seu café, por isso as espertas torrefadoras compram café desses países e utilizam o nome dos mesmos em suas marcas, onde o consumidor final entende que está tomando uma bebida de um país selvagem ou algo do tipo. Já no Brasil, a segmentação em diversas regiões produtoras como Café do Cerrado, Matas de Minas, Café do Sul de Minas, Chapada de Minas, Oeste Baiano, Cafés de Montanha (ES), Mogiana, entre outros, parece não caminhar no mesmo sentido, ficando "Cafés do Brasil" em outro plano, ou seja, existe uma divisão de forças e de direções no setor que pode não ser o melhor caminho quando nos voltamos ao exterior, o que pode confundir a cabeça de nossos compradores. É muito válido se dividir em microrregiões, desde que essas não se tornem concorrentes pelos mercados lá fora, mas sim parceiras em busca de soluções. Juliano Tarabal |
DOMINGOS B. BUENOUBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 28/02/2008
Muito bom este artigo, me fez lembrar uma informação que tive há alguns anos e que me surpreendeu muito. Embora o Brasil seja o maior produtor e exportador de café (em volume), a Alemanha é o pais que mais ganha dinheiro com este produto.
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ALBINO JOÃO ROCCHETTIFRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 28/02/2008
Bruno, parabéns pelo artigo!
Felizmente, profissionais mais jovens, como você, estão abordando a questão. O consumidor estrangeiro não sabe que produzimos café, e café bom! É preciso formar uma "tropa de elite" para idealizarmos uma avalanche promocional, algo que possa atingir a cabeça, o conhecimento, a sensibilidade destes consumidores atuais e os futuros. Como diz Lúcio Caldeira em seu livro "A guerra do café", já perdemos algumas batalhas, mas ainda há outras a travar e, se não nos armarmos devidamente, estaremos derrotados, como você também nos diz. É preciso que "boas cabeças", voluntariosas e decididas se unam, arquitetem um plano de ação, esqueçam vaidades individuais, e então, cheguem aos produtores (os únicos verdadeiramente interessados), para estimular a criação de estratégias de marketing no exterior, para tentar virar este jogo. É óbvio que isto não pode ser feito sob caminhos governamentais, porque aí aparecerão muitos "pais da criança" e os discursos serão intermináveis. Também a via política deve ser evitada, pelos mesmos motivos. Não criamos o nosso "Juan Valdez" e não divulgamos as paisagens da nossa cafeicultura, portanto não temos identidade. O mais intrigante é que estamos em uma situação relativamente confortável, pois como você mesmo diz o mundo já está absorvendo o hábito de tomar café. Então, não precisamos fazer campanha para que a população mundial "vá tomar café", pois ela já está tomando, e apreciando! Temos que fazer com que tomem mais café brasileiro, sabendo que é brasileiro. Será que o grupo PENSA, não "pensaria" em abraçar esta causa? |
JOSE EDUARDO FERREIRA DA SILVABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS EM 28/02/2008
Bruno,
Parabéns pelo artigo. É importante lembrar do esforço de propaganda e marketing que faz o café colombiano. Usando mídias importantes mundo afora, como patrocínio de competições esportivas, de merchandising em filmes americanos, etc. Graças a isso eles se posicionaram muito bem em vários mercados. Está na hora de nos posicionarmos também, de chegar "primeiro" na China e outros mercados emergentes. Mas isso tem um preço. A questão é quem paga? Qual(is) segmento(s) do complexo café estão dispostos a formar um fundo com esse propósito? Essa é uma decisão que deve ser tomada. Mas fundamentalmente acho que está na hora de os atores privados assumirem este papel. A república "bananeira" sempre espera muito de onde não sai nada. Eduardo |
SERGIO VENUTORESENDE - RIO DE JANEIRO EM 28/02/2008
Bruno, muito boa sua abordagem.
Há tempos tentamos convencer empreendedores (comerciantes, industriais, produtores agrícolas, etc) que a culpa do não-consumo é do vendedor, e não do comprador. Temos a mania de culpar o consumidor pelo fracasso nosso ou pelo sucesso alheio. Exemplos de alguns argumentos de empresários para justificar o fracasso do posicionamento do seu produto: "A culpa é do baixo poder aquisitivo do consumidor", "da falta de ´cultura´", "do mau gosto", "da busca pelo menor preço", "da falta de conhecimento", "da falta de consideração", "da falta de fidelidade", etc... Já escutamos quase tudo a respeito disso e, por incrível que pareça, assumir a responsabilidade ainda é raro. Dizer que o erro foi da venda, assumindo e consertando este equívoco, infelizmente, pouco acontece. Por isso, ainda veremos cafés espressos de máquinas automáticas serem eleitos os melhores do Estado (Nespresso 2007/Veja SP), teremos produtos nobres parados nas gôndolas, percepção do café especial como produto "caro" (já que não se vende o valor deste produto). Alguns comemorarão a curva de crescimento deste mercado de cafés especiais. Eu, não. Crescer muito menos do potencial que se tem, pra mim, é perda. Temos que envolver toda a cadeia e fazer um trabalho de pastoreio com todos os envolvidos, principalmente o cliente final, o que vai ao mercado comprar café sob todas as formas (moído, grão, bebida pronta, etc...). Bem, temos que aprender muito a trabalhar de forma "descomoditizada", agregando valor aos produtos e, principalmente, temos que aprender a vender VALOR, sem medo do preço mais alto. Parabéns pelo trabalho Abraços Sérgio Venuto Obs: Após alguns anos e dezenas de milhares de consumidores atendidos, podemos afirmar, com certeza, que o consumidor paga por um preço muito maior por um produto desde que ele perceba o seu VALOR. E o que não falta é exemplo no mercado que comprove isso. |
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