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OIC: safra mundial 2007/08 de 112 milhões de sacas

POR RENATO FERNANDES EU

CELSO VEGRO

EM 14/03/2007

3 MIN DE LEITURA

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Em seu relatório mensal, divulgado ontem, o diretor-executivo da Organização Mundial do Café, OIC, Néstor Osorio, apontou que correção negativa dos preços do café em fevereiro, ressaltando que estes ainda se encontram em níveis superiores à média de 2006. O indicador composto da entidade flutuou entre 101,99 e 106,17 centavos de dólar por libra peso, no mês passado, contra 103,92 a 109,09, em janeiro.

O fenômeno El Niño, para cujo impacto na cafeicultura o diretor-executivo vinha alertando nos últimos relatórios, finalmente se enfraqueceu em fevereiro, sendo, no entanto, ainda cedo, segundo ele, para avaliar seus reais efeitos.

Osorio citou também informação recebida da Embrapa, sobre as floradas fora de época nas lavouras de algumas das principais regiões produtoras brasileiras, que, segundo alguns analistas, poderiam afetar a safra 2007/08, sem, no entanto, haver consenso sobre a questão.

Por outro lado, o Vietnã apresentou exportações recordes, de cerca de 6,6 milhões de sacas, no primeiro bimestre de 2007, que, se confirmadas, serão o maior montante exportado, até hoje, em período tão curto.

Os movimentos dos preços

Os preços do café, particularmente no caso dos arábicas, estiveram sujeitos a uma correção negativa, levando a média mensal do indicador composto diário da OIC a uma leve queda de 1,54%, de 105,81 centavos de dólar por libra peso para 104,18, sendo que, o comportamento do mercado, no início de março, indica a continuação dessa tendência de queda, como pode ser visto no gráfico 1.


Gráfico 1 - indicador composto diário da OIC, de 1/3/06 a 9/3/07.

A correção negativa não afetou o robusta, que se manteve relativamente estável, com a média mensal de 79,08 centavos de dólar por libra peso, contra 79,13, em janeiro. O gráfico 2 mostra as mudanças no indicador diário da OIC para robustas, de 1/11/06 a 28/2/07, e o gráfico 3 traz o comportamento do indicador para arábicas naturais brasileiros, no mesmo período.


Gráfico 2 - indicador diário da OIC para robustas, de 1/11/06 a 28/2/07.


Gráfico 3 - indicador diário da OIC para arábicas naturais brasileiros, de 1/11/06 a 28/2/07.

Fundamentos do mercado

Com base em informações adicionais recebidas de países produtores, Néstor Osorio revisou sua estimativa de produção no ano safra 2007/08 para cerca de 112 milhões de sacas, limite máximo da faixa entre 109 e 112 milhões, estimada até seu relatório anterior.

De todo modo, o diretor-executivo ressalta ainda ser necessário aguardar a confirmação do enfraquecimento do fenômeno El Niño e de seus possíveis efeitos.

Com relação à safra 2006/07, Osorio confirma a produção de 122 milhões de sacas, pois vários países produtores já fecharam suas colheitas.

A exportações mundiais, em janeiro, totalizaram 7,85 milhões de sacas, contra 8,09 milhões, em dezembro de 2006. Nos primeiros quatro meses do ano safra da OIC (outubro de 2006 a janeiro de 2007), o total foi de 26,13 milhões de sacas, 15,46% menor que as 30,91 milhões de sacas registradas no mesmo período do ano safra 2005/06. Osorio chama a atenção, por outro lado, para o grande volume, de 6,6 milhões de sacas, exportado pelo Vietnã, no primeiro bimestre de 2007.

Na falta de informações novas, o diretor-executivo manteve sua estimativa de consumo em 2006, em cerca de 116 milhões de sacas, apesar de algumas fontes indicarem um quadro de consumo maior do que este.

Osorio chama a atenção para a crescente importância do consumo em países não membros da OIC, mas lamenta não ter informações diretas sobre estes volumes. Ele reafirma também o crescimento do consumo nos países produtores, que poderá exceder as 31 milhões de sacas, em 2007.

Sua estimativa de consumo global para 2007 está entre 117 e 118 milhões de sacas, ou seja, de 5 a 6 milhões de sacas maior que a produção.

Outro ponto ressaltado por Néstor Osorio é o crescimento, entre 0,46 e 15,2%, dos preços do café no varejo em todos os países importadores, em 2006, com exceção apenas da Noruega e dos Estados unidos, onde caíram, respectivamente, 1,45 e 7,95%.

Conclusão

Néstor Osorio conclui indicando que os preços do café estiveram sujeitos a uma leve correção negativa em fevereiro. Não houve mudanças notáveis no quadro de oferta e demanda que pudessem ter efeito duradouro nas tendências de mercado.

Com o enfraquecimento do El Niño, em fevereiro, apenas com observações, durante março e abril, será possível ter uma idéia mais clara do seu impacto no café.

Por outro lado, o diretor-executivo reporta que sua participação no Festival Internacional do Café, na Índia, permitiu-lhe observar um tremendo dinamismo no setor cafeeiro daquele país, assim como, um significante desenvolvimento no seu consumo interno.


Para ler o relatório mensal do diretor-executivo da OIC na íntegra clique aqui.

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