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IEA: Arábica não sustenta alta com aumento de oferta de origem

POR NELSON BATISTA MARTIN

E CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

CELSO VEGRO

EM 20/10/2006

5 MIN DE LEITURA

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A oferta do café robusta manteve-se limitada em setembro, sustentando a alta nas cotações nos últimos três meses. Já as cotações do arábica voltaram a se reduzir devido ao aumento de oferta na origem e melhoria das condições climáticas no Brasil, o que favorece o florescimento para a próxima safra.

Na Bolsa de Nova Iorque, as cotações médias do arábica caíram 1,62%, em relação a agosto (Contrato C, segunda posição). Na Bolsa de Londres, o robusta aumentou 6,22% (igualmente para a segunda posição). No mercado de futuros da BM&F, o preço do arábica recuou 1,88% (segunda posição). E o indicador OIC-Composto diário subiu apenas 0,21% em relação à média do índice de agosto (gráfico 1).


Fonte: Bolsas de NY, Londres, BM&F e OIC, a partir de dados compilados da Gazeta Mercantil

Gráfico 1 - Cotações médias mensais do café em diferentes mercados de futuros (segunda posição) e do OIC-Composto diário, 2004 a 2006.

O diferencial entre as cotações observadas na BM&F e em Nova Iorque subiu para US$ 15,57 a saca, cerca de 0,52% superior à média do mês anterior. Esse diferencial nos últimos doze meses pode ser verificado no gráfico 2.


Fonte: Bolsas de NY e BM&F

Gráfico 2 - Cotações médias mensais do café arábica, segunda posição, nos mercados de Nova Iorque e BM&F (São Paulo), 2005-06.

As cotações do arábica, contrato C, segunda posição, na Bolsa de Nova Iorque, exibiram forte alta nos primeiros dias de setembro para cair abruptamente até meados do mês, quando iniciaram uma contínua recuperação até o final do mês (gráfico 3).


Fonte: Bolsa de NY, a partir de dados compilados da Gazeta Mercantil

Gráfico 3 - Cotações diárias em setembro de 2006 na Bolsa de Nova Iorque, para café arábica, Contrato C, segunda posição.

No mercado de robusta na Bolsa de Londres, o comportamento das cotações variou de alta na primeira quinzena de setembro a forte queda na seqüência, para iniciar a recuperação a partir do terceiro decênio. O crescimento da cotação média de setembro ocorreu devido à menor oferta do produto no mercado internacional no mês (gráfico 4).


Fonte: Bolsa de Londres, a partir de dados compilados da Gazeta Mercantil

Gráfico 4 - Cotações diárias para o café robusta, segunda posição, na Bolsa de Londres, no mês de setembro de 2006.

Na BM&F, tendo setembro como referência, a evolução dos preços do arábica, segunda posição, cotados em dólar por saca, indica variações positivas acumuladas de 0,62% no ano e de 9,76% nos últimos doze meses. No mercado de Nova Iorque, os preços do arábica, contrato C, segunda posição, tiveram alta de 6,19% no ano e de 12,80% no acumulado de doze meses. Por sua vez, as cotações do robusta no mercado de Londres, segunda posição, aumentaram 33,19% em 2006 e 66,04% nos últimos doze meses, Já a estimativa do OIC-Composto apresentou alta acumulada de 10,87%, em 2006, e de 21,83% no período de um ano.

Ao comparar a cotação média anual nos últimos sete anos das cotações nos três mercados, é possível verificar as tendências de curto e longo prazos para as quatro cotações em análise. Assim, a cotação média do arábica na bolsa de Nova Iorque, no período de janeiro a setembro, é cerca de 1,68% menor que a do mesmo período de 2005. Já a cotação do café robusta em Londres é 23,36% superior á média de 2005 (gráfico 5).


Fonte: Elaborada pelos autores

Gráfico 5 - Cotações médias anuais para o café em diferentes mercados, 2000 - 2006.

Na cafeicultura paulista, a cotação média do arábica subiu 1,66% em relação a agosto, em função basicamente da desvalorização do real observada no mês. Houve alta acumulada de 0,28% nos últimos doze meses e queda de 4,03% em 2006, refletindo o comportamento das cotações internacionais do arábica e da valorização da moeda brasileira. As cotações médias anuais dos preços recebidos pelos cafeicultores paulistas mostram que, em 2006, o valor nominal está 11,70% inferior ao de 2005, provavelmente influenciado pela expressiva safra observada neste ano (gráfico 6).


Fonte: Instituto de Economia Agrícola

Gráfico 6 - Preços médios mensais recebidos pelos produtores de café arábica, Estado de São Paulo, 2002 a 2006.

Ao comparar as cotações médias anuais dos preços recebidos pelos cafeicultores paulista, verifica-se que em 2006 o valor nominal da cotação está 11,70% inferior ao de 2005, provavelmente influenciado pela expressiva safra observada neste ano (gráfico 7).


Fonte: Instituto de Economia Agrícola

Gráfico 7 - Preços médios anuais do café arábica recebidos pelos produtores paulista, 2002-06.

Cafeicultura impulsiona vendas de tratores

Entre janeiro e agosto, foram vendidos 13.035 tratores de rodas no mercado interno, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Cerca de 67% têm potência abaixo de 99 CV, dos quais 6% com potência até 49 CV, esses últimos com utilização bastante disseminada na cafeicultura. Portanto, mais que a cana e a laranja, o café e as culturas mais intensivas, como as frutas, são os de maior peso na recuperação das vendas de máquinas agrícolas automotrizes para o mercado interno (tabela 1).


Fonte: Elaborado a partir de dados básicos de www.anfavea.com.br

Tabela 1 - Vendas de máquinas agrícolas automotrizes, mercado interno, jan-ago 2006.

Essa retomada das vendas para o mercado interno poderá se intensificar até o final do ano, pois o comércio de máquinas agrícolas é eminentemente sazonal. As maiores vendas de tratores de rodas ocorrem a partir do segundo semestre do ano.

Exportações brasileiras por tipo de café

As exportações brasileiras por tipo de café mantêm a tendência anteriormente já verificada, ou seja, restrições nos embarques e pequena recuperação nos preços e, conseqüentemente, nos valores apurados pelas transações efetuadas. Em termos de volumes, as maiores quedas foram observadas para os tipos conilon (10,86%) e solúvel (18,07%). Os mesmos tipos apresentaram as maiores valorizações em termos de preços médios (27,50% para o conilon e 24,28% para o solúvel). Isto é bastante razoável, uma vez que o robusta é matéria-prima fundamental na indústria de solubilização (tabela 2).


Fonte: Elaborado a partir de dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFE)

Tabela 2 - Volume, valor e preço médio das exportações brasileiras de café por tipo, jan.set/2005 e jan.set./2006.

Em termos totais, o período considerado revela queda de 3,77% nas exportações. Porém as receitas tiveram incremento de 4,17% apoiadas por crescimento de 8,16% nos preços médios recebidos. São promissores os resultados das exportações de café torrado e moído, com aumento de 44,94% no volume e de 63,77% na receita. Isto evidencia que existem espaço e oportunidades interessantes para os negócios internacionais envolvendo esse que é o produto com maior valor agregado na pauta do agronegócio café.

Artigo publicado originalmente em www.iea.sp.gov.br e registrado na CCTC-IEA sob número HP-107/2006.

Publicado no CaféPoint mediante autorização dos autores.

NELSON BATISTA MARTIN

Engenheiro Agrônomo, MS em Economia - Gestão de negócios de recria-engorda em Lucélia, oeste do Estado de Sâo Paulo

CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

Eng. Agr., MS Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade. Pesquisador Científico VI do IEA-APTA/SAA-SP

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WAGNER JOSÉ CARVALHO

CAMPANHA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/10/2006

Faço o curso superior de tecnologia em cafeicultura empresarial da Escola Agrotécnica Federal de Machado MG e fiquei muito satisfeito de ter conhecido o CafáPoint, que tem me ajudado muito em meus estudos.

Um abraço e muito obrigado,

Wagner
EAFMACHADO MG

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