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Volatilidade alta em mercado leve

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 11/04/2011

3 MIN DE LEITURA

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Comentário semanal - de 4 a 8 de abril

O Banco Central Europeu aumentou a taxa de juros em 0.25% da mínima histórica de 1%, que vigorava desde julho de 2008, sinalizando aos mercados a determinação em conter a inflação. A expectativa é de incrementos adicionais de 0.50% até o final do ano, mesmo que o efeito possa ser negativo para os países periféricos da União Europeia que sofrem com a crise de débitos soberanos. Esta semana foi a vez de Portugal pedir um pacote de ajuda que pode chegar até a 75 bilhões de Euro, fazendo o país se juntar ao grupo dos "resgatados" Grécia e Irlanda. Os urubus de plantão agora miram na Itália e principalmente na Espanha como os próximos alvos, sendo que o último segue o "favorito" na aposta dos pessimistas (ou realistas?).

A China também aumentou suas taxas de juros de 6.06% para 6.36% ao ano, surpreendendo os mercados. O aumento é o quarto em menos de cinco meses e aconteceu antes do país divulgar seus dados inflacionários do mês de março. O time das economias que tem apertado a política monetária conta com a Suécia, Coreia do Sul, Austrália, Tailândia, Taiwan, Índia, Brasil e Vietnã.

Nos Estados Unidos o repasse da subida de preço dos alimentos aos consumidores tem acontecido de forma "sútil". A indústria ao invés de aumentar preços tem diminuído o conteúdo das embalagens e mantido os preços, usando do apelo de "embrulhos" que são mais "verdes" (ecológicos) ou que contém menos calorias (yeah, right!).

As commodities voltaram a subir nos últimos cinco dias, com o ouro atingido uma nova alta nominal histórica e o petróleo o maior patamar em 2 anos e meio. O café teve mais uma vez uma alta volatilidade, subindo na terça-feira US$ 16.14 por saca, caindo US$ 4.10 por saca no dia seguinte, voltando a subir US$ 10.12 centavos na quinta, e finalmente na sexta fechando com alta de 2.15 cents (depois de no dia ter subido 5.70 centavos). Em resumo na semana os ganhos foram de US$ 15.05 por saca em Nova Iorque, US$ 2.82 em Londres e US$ 16.45 em São Paulo.

Curioso notar a quantidade de negócios feitos nas opções antes das altas, principalmente em Londres até terça-feira, com um grande número de operações de compra de volatilidade nos vencimentos de maio e julho, o que puxou a volatilidade-implícita de 26% para 40% em três sessões. Na sequência o spread de maio / julho, que caiu para um prêmio de 13 dólares, puxou e fechou no mesmo dia para 100 dólares por tonelada de prêmio, e então Nova Iorque entrou no vácuo e forçou especuladores e fundos a cobrirem suas posições vendidas. Com as vendas por parte das origens quase inexistentes, e investidores voltando a montar uma posição comprada, o café subiu encontrando pouca resistência.

A volatilidade alta dos mercados futuros acontece em um momento que os agentes, leia-se exportadores, dealers, e torradores, evitam ter posições grandes em aberto com o receio do aperto do fluxo de caixa - sem falar que há uma falta de consenso com relação ao preço "justo"da commodity. Muitos compradores também têm tido o cuidado de não aumentar a exposição depois de um período complicado em termos de recebimento de café, que ou não foram entregues, ou resultaram em entregas de qualidades inferiores às contratadas.

Em um ambiente assim o "singelo" intervalo de 260/280 centavos pode ter visitas nos dois extremos mais rápido do que se imagina.

O Real brasileiro firmando ajuda a não trazer tantas vendas do país, ou ao menos fazer com que os preços atuais não sejam tão atrativos para os produtores. Em outras origens há pouca disponibilidade de café, e na Colômbia a safrinha (mitaca) está há 3 semanas de aparecer. Do outro lado da equação a indústria já viu os preços do terminal a níveis mais altos, e remarcou o torrado e moído de acordo (ao menos fora do Brasil), portanto não vai prover suporte que não seja a níveis mais próximos da base do intervalo (US$ 260.00 cts/lb).

Portanto devemos esperar mais solavancos com poucas explicações diferentes além de movimentos técnicos. Volto a atentar que apesar da performance positiva, a estrutura está enfraquecendo, uma divergência significativa.

Volatilidade (não mais tão)barata nas opções em Nova Iorque deve ser aproveitada para compra de proteção.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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