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Precoce alerta de frio provoca cobertura

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 06/05/2013

3 MIN DE LEITURA

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O Banco Central Europeu não apenas confirmou as expectativas sobre o corte dos juros para o novo recorde de 0.5% ao ano, mas também surpreendeu os mercados sinalizando que pode começar a taxar os bancos que têm excesso de capital. 

Nos Estados Unidos a reunião do FOMC (equivalente ao COPOM brasileiro) não trouxe novidades. Já o índice de desemprego caiu para novas mínimas desde dezembro de 2008, estando agora em 7.5% depois de novas 165 mil vagas terem sido geradas no mês de abril.

Os principais índices acionários continuaram a trajetória de alta, mantendo as expectativas em não ver nenhuma alteração dos programas de injeção de dinheiro pelos bancos centrais das regiões mais ricas do planeta.

Entre as commodities o destaque foi a recuperação dos grãos em função do atraso do plantio nos Estados Unidos, e a puxada forte do café arábica.

O contrato “C” depois de fazer novas mínimas na terça-feira encontrou força para ganhar mais de US$ 5 centavos por libra na quinta-feira, forçando mais cobertura de posições vendidas dos fundos.

Prognóstico de temperaturas mais baixas nas áreas produtoras no Brasil fez soar o alarme sobre a proximidade do inverno na região, e como os produtores de café mantém a esperança no aumento do preço mínimo pelo CMN, a resistência foi menor para os futuros subirem.

Por falar nisto, o anúncio do novo preço mínimo* que era para acontecer na segunda e depois na quinta, nunca aconteceu, frustrando a todos que acreditavam na “pontualidade”. Notícias vazadas em alguns órgãos da imprensa informam que o impasse se dá em função do governo não aceitar um ajuste que ultrapasse R$ 310.00 a saca, na verdade o número parece ser R$ 307.00, enquanto as lideranças da produção pedem R$ 337.00 como o mínimo. O argumento do governo é a pressão inflacionária, e da produção a inflação e os custos mais altos. Em um outro estudo, este sim pontual, foi indicado a falta de mão-de-obra para a colheita, já que jovens continuam migrando para as cidades.

Um leitor que nos escreveu sobre o comentário da semana passada, perguntou qual o volume que estes fundos de sistema operam no mercado de café. Dados não-oficiais das bolsas indicam que nos mercados futuros americanos mais de 60% do volume diário é negociado pelos fundos de alta-frequência, patamar não muito distante do que os “locais” ou “scalpers” operavam na época do pregão de viva-voz.

A Organização Internacional do Café (ICO em inglês) divulgou que as exportações de café nos últimos 12 meses (até março) totalizaram 113.2 milhões de sacas, sendo 67.3 milhões de arábica e 45.9 milhões de robusta. Comparando com o período anterior, o volume é maior em 9 milhões de sacas, sendo apenas 2 milhões maior para o arábica, e 7 milhões a mais para o robusta. Se levarmos em consideração a diminuição dos estoques visíveis do robusta e o aumento do arábica, concluímos (mais uma vez) o quanto tem crescido a demanda para o primeiro.

A movimentação do físico foi um pouco melhor no “spot” enquanto diferenciais nas origens se mantiveram firmes e dando poucas oportunidades para quem quer comprar barganhas. Demanda no curto prazo é mais notada nos Estados Unidos, enquanto o interesse da maior parte da indústria é mais voltado para fim de 2013 e começo de 2014.

A colheita brasileira deve começar muito em breve, e a pergunta que não se cala é quanto de estoque o país conseguirá carregar. O aumento do preço mínimo dará mais folego para o financiamento, dado que este número é usado pelos bancos para cálculo de colateral, mas ainda assim não faz café desaparecer imediatamente. A pressão inflacionária no Brasil, a safra menor (que não será pequena), e o carrego percebido como alto, continuam sendo fatores que devem enfraquecer os diferenciais, mesmo que o terminal volte a cair.

O clima esta semana, ou melhor, o aviso de que vai esfriar, deu algum folego em função dos fundos estarem vendidos. Já para fazê-los inverter a posição a história nos aponta que isto raramente acontece neste período dado que a sazonalidade pesa e normalmente os preços caem até meados de julho.

Um fechamento acima de US$ 145 centavos é preciso para que o mercado quebre finalmente este intervalo de 10 a 15 centavos que vem negociando há alguns meses.

*Matéria escrita antes do anúncio oficial do novo preço mínimo do café

Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café periodicamente, como colaborador da Archer Consulting.

 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/05/2013

Só muito frio para aquecer a Cafeicultura, caso contrário, a situação ficará mais difícil do que está. De um governo que está mais preocupado em se perpetuar no poder do que de administrar o país, não se pode esperar nada de bom; então senhores cafeicultores, cada um de nós sabe bem onde o cinto aperta. Vamos reduzir a produção de café, essa é nossa realidade, não têm outra saída!

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