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Preço de 2009 com risco de buscar 2008

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 27/05/2013

3 MIN DE LEITURA

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A semana começou com a agência de risco Moody’s alertando para um possível corte na nota dos títulos americanos caso não haja um acordo orçamentário em breve. Nada de novo.

Na sequência o presidente do FED (banco central americano) sinalizou que pode reduzir compras de títulos se dados econômicos derem lastro a isto, e ainda que falasse que uma interrupção prematura do programa de compra de títulos pode colocar a recuperação da economia em risco, os mercados deram atenção apenas a primeira parte do discurso e com isto as bolsas, commodities e bonds cederam.

Indicadores de manufaturados na China vieram mais baixo do que o esperado e ajudaram a dar um tom ainda mais negativo para as commodities, que caíram lideradas pelo algodão, café e o grupo de energia.

O contrato de arábica negociado na ICE acumulou perdas de US$ 12.77 por saca em cinco dias, encerrando a pregão de sexta-feira no menor patamar desde setembro de 2009. O robusta caiu US$ 5.10 a saca, trazendo a arbitragem entre as duas bolsas para US$ 38.71 centavos por libra.

A falta de suporte do “C” se deve aos fundos estarem remontando sua posição vendida, e da indústria ter menos pressa para comprar o “flat-price” (contratos futuros). A percepção de grande parte do mercado é não apenas dos estoques estarem em patamares confortáveis, mas também do prognóstico de safras grandes de Brasil e Vietnã. Falando nisto uma respeitada trading internacional estima que ambos terão safras recordes no ciclo 2013/2014!

O fato dos estoques mundiais terem aumentado nos últimos dois anos não aponta necessariamente para folga na oferta de robusta e de cafés mais finos, enquanto que para os cafés brasileiros não custa lembrar que os estoques estão em grande maioria no próprio Brasil. Se de fato houver programas para ajudar receitas aos produtores, como recomendou o Ministério da Agricultura nesta semana, e estes retirem café do mercado, talvez então os altistas possam voltar a se animar. Caso contrário tudo indica que Nova Iorque caminha para testar os US$ 110.00, e não podemos ignorar a possibilidade de então buscar os US$ 100.00 centavos (que vimos pela última vez em 2008).

A preocupação com fungos e ferrugem nos cafezais da América Central, embora triste para os produtores da região que sofram com as perdas, são minimizadas com as expectativas de produção grande nas duas maiores origens do mundo.

O USDA estima que a safra Vietnamita em 13/14 seja de 22.9 milhões de sacas, menos do que os 25 milhões que muitos trabalham, e ainda menor do que os 30 milhões mencionados recentemente por um grande player. O órgão indica que a safra da India será de 5.2 milhões de sacas, relativamente em linha com os 5.5 e 5.7 milhões de sacas que outros trabalham.

A movimentação no mercado físico minguou com o movimento negativo das bolsas, provocando encarecimentos dos diferenciais em praticamente todas as origens, ainda que Brasil, Vietnã, Colômbia tenham se beneficiado da firmeza do dólar (ou do enfraquecimento de suas moedas).

O dólar americano firmando tira suporte das commodities como um todo, por encarecê-las, e assusta caso um participante robusto resolva desmontar parte de suas posições, os fundos de índice. Estes entraram nas commodities buscando proteção contra inflação e enfraquecimento do dólar. Como o risco que todos tentam evitar é de deflação, que cada vez mais preocupa com a queda das commodities, recessão e crescimento baixo em várias economias, e agora a moeda americana ensaia fortalecer, com a prematura expectativa de que o governo pare de imprimir dinheiro, será que eles não podem rever suas posições?! Assustador imaginar isto!

Os baixistas voltam a controlar o mercado de café, e tem muitos argumentos para (por ora) continuar a vender os contratos futuros. Os preços do robusta continuam ser os mais vantajosos, um dos motivos que estimulam a renovação do parque no Vietnã entre outras coisas. Apesar do equilíbrio da oferta e procura pelo produto, o arábica pode atuar como vilão, portanto reforço minha opinião de que os produtores desta variedade devem aproveitar a oportunidade para venderem seus cafés. 

Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café periodicamente, como colaborador da Archer Consulting.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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EDSON SEIDI KOSHIBA - PLENO CORRETORA - PATROCINIO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - TRADER

EM 03/06/2013

Caros amigos leitores do CaféPoint. Nesses meus 30 e poucos anos na corretagem de café, poucas vezes presenciei um mercado tão desigual conforme estamos vivenciando nos dias de hoje. Semana passada foi negociado café arábica tipo 7 bebida dura a R$ 285,00 e café bebida rio zona ao preço de R$ 270,00 e café arábica tipo 7 com bebida duro/riada a R$ 270,00. Negociado também consumo arábica 600 defeitos (bebida dura com até 35% PVA) a R$ 270,00 e conilon tipo 8 negociado a R$ 255,00. Pergunto a todos, como vamos convencer os produtores esse ano para fazer cafés de qualidade com um diferencial de preços tão pequeno entre todas essas qualidades ??? Não é fácil fazer cafés finos com certificação, bom aspecto, boa bebida e bom de tipo. Tudo isso encarece os custos dos produtores para fazer um bom café. Já tenho escutado de vários produtores que esse ano será um ano para baixar os custos (colheita, adubação, preparo e investimentos). Pelo jeito vamos passar os próximos anos com preços baixos e poucos investimentos na lavoura. Que algum leitor do CaféPoint me ajude a encontrar alguns argumentos para eu poder incentivar o produtor a fazer um bom café. E para ajudar ainda mais na qualidade, estamos em plena colheita e com precipitações nas principais regiões produtoras de cafés do Brasil. Ano complicado para o cafeicultor.
JONAS TORRES

ALFENAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/05/2013

Olhem só: A empresa, uma das maiores tradings do segmento no país, estima que o Brasil vai encerrar a safra 2012/13, em 30 de junho, com mais de 13 milhões de sacas de 60 quilos em seus armazéns, o que significa um aumento de quase 8 milhões de sacas em relação ao fim do ciclo anterior. "Para trazer esse estoque para um nível considerado altista, de aproximadamente 4 milhões de sacas, teríamos de exportar 44 milhões de sacas na safra 2013/14", afirmou ele. As exportações da safra 2012/13 são estimadas em 31 milhões de sacas, 1 milhão a mais que em 2011/12, mas 4 milhões a menos do que no ciclo 2010/11.

Ora se a Conab diz que produzimos 51 e exportamos 31 e consumimos 20, como pode sobrar 8????

Como sempre a linda matemática do café, o produtor merece respeito viu Conab???
JONAS TORRES

ALFENAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/05/2013

Estamos gritando desde outubro de 2012 e muita gente do mercado dizia que era passageiro, que não devia ter intervenção. Nenhuma cooperativa se mobilizou usando a força de sua gente. Sabe-se até que algumas nem queriam tais intervenções. Está ai o resultado de nossa inércia e falta de política...Parabéns aos outros interessados em comprar café barato, como sempre, vocês venceram!!!
NELSON BARRIZZELLI

ANDRADAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/05/2013

Entendo que este artigo é apenas o retrato do que está ocorrendo no mercado internacional do café. A boa notícia é o fato dos estoques brasileiros estarem AINDA em nosso país. A má notícia é que os agricultores e pecuaristas vivem seus dramas e soluções por si só. Como por aqui está começando a nova safra, começa também a venda para cobrir os custos da colheita. Dessa forma, não havendo nenhuma proteção para que esses estoques sejam preservados, os preços devem cair mesmo. Não existe país desenvolvido no mundo, onde os governos não oferecem algum tipo de proteção para quem produz. Os organismos cooperativos agregam e protegem a parte mais fraca da cadeia: o produtor individual, principalmente os médios e pequenos. Aqui o governo não oferece proteção e as organizações de produtores não abrem a boca. Infelizmente nós produtores escolhemos o ramo errado. Deveríamos ter ido para o setor automotivo, que já recebeu benesses do governo em setembro de 2011 (30% de sobretaxa para os importados) em maios de 2012 (redução do IPI para os veículos nacionais), outubro de 2012 (prorrogação do incentivo) e fevereiro 2013 (revogação de aumento do IPI). Para os cafeicultores, um aumento de preço abaixo do custo e demora para começar as compras no novo preço. Com a benção do Ministério da "Agricultura" e tímidos protestos do CNC. E para manter os cafezais produzindo... só se o abnegado produtor tiver MUITOS recursos próprios.
PAULO ROBERTO DE SOUZA

IBAITI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/05/2013

A reportagem me faz lembar da Lei de Murphy - "Nada está tão ruim que não possa ficar pior". Enquanto o governo não interferir no mercado de café, o preço mínimo de R$ 307,00 ficará somente no discurso e na esperança do produtor aliás, estamos vivendo de esperança a anos.

Aqui no Paraná, o preço médio da saca de 60kg, tipo 6 bebida dura, divulgado em 27/05 é de R$ 269,14.

O cenário é desanimador...
ELI VALERA NABANETE

MARUMBI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/05/2013

Prezados companheiros do cafe.Vejo nos noticiarios de tv toda semana manifestaçoes em Brasilia,seja com Indios,seja com sem terras,com sem tetos,os produtores de suinos, de laranja,enfim muitos segmentos. Longe de mim achar que toda essa gama da sociedade brasileira nao pode faze-lo.Mas cade um movimento sequer da cadeia do cafe??Sejamos nos produtores,cooperativas,secretarios de estado, bancada ruralista???? Enfim, nenhum comentario a nao ser entre nos pelos sites de relacionamentos. Acho que somente  entre nos pouca coisa sera melhorada. Ate onde aguentaremos?? Sugestoes...
MARCELO ALVES

CARATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/05/2013

É amigo Rodrigo correia da costa, só gostaria que nossos ministros, que até hoje só aparecem de fachada, parasse um pouco pra ler um artigo desse e começasse a trabalhar de verdade, para que não nos afundemos na lama que esses BAIXISTA estão nos colocando, é dificil acreditar nesses politicos que nos vendem um Paiz que não existe, pagar 330,00 pra colher uma saca de café e entrega-la a 270,00, é um crime e ninguem faz nada, depois vem nos mostrar um Paiz maravilhoso onde todos estamos crescendo, que o Paiz caminha a passos largo no desenvolvimento, uma pena que não moramos nessas propagandas que eles passam pra promover seus partidos, e nos pedindo para filiarmos em um partido deles, Ta na hora de ter uma propagandas de verdade pois essa que eles nos faz acreditar não existe, se vivessemos nesse Paiz, da DILMA ESTARIAMOS TODOS FELIZES, pois até quando acordassemos e vesse nossos terreiro cheio, e uma chuva repetina aparecesse, não entrariamos em panico,porque ta dificil de colher nossos café e deparar com um prejuizo de 50,00 por saca antes de acabar a colheta, Alguem faça alguma coisa URGENTE....abços

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