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Perspectiva de chuvas tiram suporte de Nova Iorque

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 25/09/2017

3 MIN DE LEITURA

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As apostas sobre aumentos de juros pelo banco central americano se renovaram após o FOMC (equivalente ao nosso COPOM) ter sido mais assertivo sobre um novo incremento em dezembro e por ter mantido a previsão para outras três majorações do custo do dinheiro em 2018. A divulgação da redução da carteira de títulos do FED já a partir de outubro, embora não tenha sido surpresa, deu certeza aos investidores do timing, causando uma recuperação do índice do dólar (DXY) e sustando a alta dos índices das commodities.

Foto: Lucas Albin/Agência Ophelia
                                   Foto: Lucas Albin/Agência Ophelia

As bolsas de ações também mantiveram os ganhos recentes, testando novas máximas nos Estados Unidos e ficando de lado na Europa, à espera da confirmação de Ângela Merkel nas eleições deste domingo (24) na Alemanha. O contrato do arábica na ICE negociou a US$ 143.25 centavos por libra na última segunda-feira (18), respondendo positivamente ao Commitments of Traders (COT), como imaginávamos, mas encerrando em baixa no mesmo dia, em um movimento tecnicamente negativo.

Na terça-feira seguinte (19), prognósticos de chuvas mais volumosas no “cinturão produtor” brasileiro no fim de setembro/começo de outubro ajudaram a tirar o suporte dos preços e o terminal despencou US$ 5 centavos. A queda não foi maior na semana graças as diferenças de leitura dos modelos climáticos analisados no período, cuja precisão é baixa e variam bastante. Mesmo assim a quebra do padrão de seca pode ser suficiente para encorajar os baixistas a pressionar novamente as cotações.

O conilon em Londres conseguiu voltar para cima de US$ 2,000 a tonelada após os fundos terem parado de liquidar suas posições compradas e ficarem levemente vendidos, o que não acontecia desde maio último. Fundamentalmente tivemos a publicação do terceiro levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontando para uma produção brasileira do atual ciclo em 44.77 milhões de sacas, sendo 34 de arábica e 10.7 de robusta, 740 mil sacas a menos e 565 mil sacas a mais, respectivamente, comparando com o segundo levantamento.

No mercado físico o fluxo de negócios voltou a ficar menor no Brasil dada a performance negativa na bolsa, enquanto nas outras origens os produtores se preparam para começar suas colheitas. Assumindo que as chuvas se regularizem, chegando de fato a partir da próxima semana, podemos então esperar floradas no Brasil coincidindo com a entrada das safras novas dos cafés suaves. Em Honduras, a perspectiva é de outro ano bom em termos de volume, uma das razões porque os cafés desta origem não param de ser certificados na bolsa. Na Colômbia, os diferenciais mostram um leve enfraquecimento, mesmo com o peso pouco se alterando, mas antecipando a chegada da safra principal.

No Vietnã e em alguns países da África uma maior disponibilidade de grãos ainda está cerca dois meses distante, e embora este ano todos trabalhem com um déficit no conilon, para 2018/2019 as expectativas de produção da espécie brasileira tem feito alguns agentes se tornarem bastante otimistas para uma oferta bem maior do que imaginada – um pouco cedo ainda para isto, mas não custa lembrar que o mercado futuro tenta sempre adiantar o que virá acontecer.

Os fundos diminuíram bastante suas posições vendidas em Nova Iorque em uma semana em que o mercado subiu apenas U$$ 0.30 centavos por libra, entre os dias 13 e 19 de setembro. Uma confirmação do começo das chuvas no Brasil e eventualmente em volumes significativos pressionará ainda mais o contrato “C”, mesmo que no campo os produtores já tenham a certeza do comprometimento do potencial pleno para a próxima safra.

O rompimento do nível de US$ 132.70 centavos torna ainda mais negativo o gráfico e deve atrair uma nova onda de venda por parte dos especuladores, que, em um exagero, podem levar as cotações a testar as mínimas de junho. É claro que caso os mapas de chuva mudem e apontem para um clima seco, o mercado pode facilmente voltar para cima de US$ 140.00 centavos por libra, inicialmente, para então buscar níveis bem mais altos.

Não haverá comentário na próxima semana
. Volto a escrever no sábado, dia 7 de outubro e espero encontrá-los no Coffee Dinner da Suíça.
Uma ótima semana e bons negócios a todos,

Rodrigo Costa*

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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