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O ponto de vista de cada participante

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 07/04/2014

3 MIN DE LEITURA

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Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, fez questão de mencionar durante a semana que a entidade pode usar medidas não-ortodoxas para evitar deflação, que é eminente em países como a Espanha. O coro neste momento é para “assustar” os mercados, pois antes de começar compras de títulos o órgão deve mexer nos juros – pouco efetivo, mas de alguma valia para tentar provar em gestos o que tem dito.

O resultado foi positivo para as bolsas europeias neste começo do segundo trimestre do ano, e também levou realocação de recursos para os mercados emergentes. Para o investidor de curto-prazo o Brasil ficou interessante depois do aumento da SELIC, que deve ter pelo menos mais uma rodada de incremento. A moeda brasileira firmou temporariamente, mas é bom não confiar neste fluxo que pode sair tão rápido quanto entrou.

Dois dos três principais índices de commodities ficaram de lado nesta semana, tendo individualmente o café em Nova Iorque subido, enquanto grãos e energia cederam.

O “C” teve uma semana volátil, mas fechou bem com ganhos de US$ 5.82 a saca. Na quarta-feira o contrato da ICE testou as mínimas recentes negociando a US$ 167.90 centavos e em pouco mais de uma hora subiu US$ 10.40 centavos para US$ 178.30 centavos por libra-peso.

Os especuladores que buscaram stops abaixo de 165.00 centavos encontraram compras de qualidades e fundos de algorítimos que rapidamente puxaram os preços e forçaram a cobertura de novos-shorts. Na sexta-feira a estória se inverteu, e com poucas vendas de origens, a firmeza do real e uma baixa dos certificados da LIFFE (que puxou Londres mais cedo), a bolsa encerrou com alta de US$ 10.40 centavos – o mesmo intervalo de quarta, coincidentemente.

Quem comprou as mínimas e vendeu as máximas ganhou dinheiro – fácil não é?!

Brincadeiras a parte quem está com a pele no jogo tem se queimado em tentar adivinhar o curso das cotações no intra-day / curto-prazo. O mercado físico não tem sido um bom termômetro já que está bem devagar, ainda que para o robusta tenha sido negociado volume para a indústria.

Se analisarmos a situação de participantes distintos podemos ter uma idéia melhor do raciocínio de cada um.

Do ponto de vista da indústria a estratégia neste momento é menos complicada. Digo isto, pois o benefício de ficar comprado nos atuais patamares, ou estender cobertura (se possível), é maior do que o risco de não fazer nada. Explico. Assumindo que os problemas na produção não ultrapassem as perdas de 5 milhões de sacas que muitos dizem, o mercado pode cair 20 ou 30 centavos. Por outro lado caso as perdas sejam maiores e a situação alarmante para a safra 15/16 se concretize, a alta pode de fato ser de 1 dólar ou mais. Claro que mais uma vez repito ser muito cedo para falarmos do que acontecerá em 15/16.

Para os produtores, vender café com lucro depois de ver os preços caírem tanto até o começo de ano foi a decisão acertada, e não deve mudar. Entretanto neste momento mesmo que queiram comercializar mais de suas safras futuras a maioria não consegue dados os limites que exportadores, dealers e bancos impõem diante de incertezas sobre a quebra de produção.

Exportadores e dealers tomaram posição confortável de long-basis, e com o passar do tempo e a melhora do fluxo de caixa vão aproveitar novas oportunidades quando acontecerem.

Os fundos de índice tem mais café nas suas carteiras do que podem, e em breve reduzirão ainda mais suas posições.

Já os fundos de managed-money (que são mais dinâmicos) estão suficientemente comprados e só devem voltar a aumentar suas posições caso os comerciais puxem as cotações para novas altas, que novamente vai depender da produção brasileira que saberemos apenas na segunda metade do ano.

Para finalizar sobram os especuladores de curto-prazo, fundos de alta frequência e de algorítimo, que são os que vão fazer os preços oscilar dentro dos 30 centavos de intervalo de forma insana como vimos nos últimos dias.

Como o fechamento da semana foi tecnicamente positivo, podemos ter uma sequência de ganhos, que no primeiro sinal de fraqueza devolverá rapidamente os ganhos recentes.

Tem que ter coração e bolso fundo para entrar no jogo naked.

Uma boa semana e muito bons negócios a todos.

Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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