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Mercado esvazia e real influencia cotações

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 01/08/2016

3 MIN DE LEITURA

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O S&P500 fechou em alta pela quinta semana consecutiva, negociando a um novo recorde histórico na sexta-feira empurrado por renovadas apostas de mais estímulos monetários. Os investidores acreditam em um aumento no volume de compra de títulos dos bancos centrais Europeu e Japonês e a manutenção dos juros americanos nos atuais patamares – sem incremento durante este ano.

Curiosamente as indicações recentes das autoridades monetárias das três economias mencionadas no parágrafo anterior foram mais cautelosas e por ora não parecem inclinadas a aumentar a dose da droga que viciou os mercados de risco e de renda-fixa.

Sustentável ou não o fato é que o Índice do Dólar (DXY) apagou em três sessões os ganhos conquistados durante todo o mês de julho, atraindo compras em commodities e no café encorajando novas posições compradas em função principalmente do Real ter valorizado na sexta-feira de 3.2918 para 3.2284 – uma apreciação de 1.93% durante o dia.

É verdade também que o contrato “C” testou algumas vezes o nível de US$ 139.00 centavos não achando sequência de venda para romper o patamar, o que o COT demonstrou ter sido um pequeno volume de compra dos comerciais. O esvaziamento no mercado em geral não ajuda a construir uma opinião muito convicta da direção que os preços devem tomar, pois muitos agentes estão se preparando para tirar férias, provocando uma diminuição significativa no volume negociado diariamente.

Por sinal o mesmo relatório do CFTC divulgou que os fundos quase não mexeram em suas posições, ao menos até terça-feira, liquidando apenas 2,739 lotes de seus longs (contratos comprados) no período em que as cotações caíram US$ 4.95 cts/lb. Dada a indecisão, o gráfico desenha uma figura técnica negativa, que para se confirmar precisa acontecer o rompimento do nível de US$ 139.05 cts/lb. Para invalidar a formação e ao mesmo tempo atrair mais compra o contrato de setembro tem de voltar acima de US$ 148.00 cts/lb.

Fundamentalmente muitos parecem animados para novas altas dos terminais, bastante calcados nos diferenciais nominalmente fortes dos naturais, demanda interna brasileira aquecida, baixa necessidade de caixa dos produtores e uma aguardada agressividade de compra por parte dos importadores – que por ora não assimilaram os diferenciais pedidos por uma parte dos exportadores brasileiros.

O governo brasileiro anunciou que venderá mais da metade de seus estoques, fazendo já o primeiro leilão com 67 mil sacas ofertadas que foram negociadas em uma média de R$ 448.88 a saca. A produção mais baixa do conilon e a necessidade de cobertura da indústria local ativaram o “gatilho” de preço que deve desafogar levemente os que estão mais apertados.

Nas origens produtoras de suave os diferenciais se mantêm com os prêmios baixos no pico da entressafra. A demanda internacional deve ficar contida ao menos durante o mês de Agosto, com a procura pontual no spot abastecendo os que estão mais curtos de estoque.

A ECF divulgou os estoques nos portos europeus no fim de maio totalizando 12,078 milhões de sacas, 298,200 sacas a mais do que em abril e apenas 24 mil sacas a mais do que no mesmo mês há um ano. Os certificados da bolsa de Nova Iorque se mantêm ao redor de 1.3 milhões de sacas, com novas certificações aparecendo, mas também uma utilização dos cafés que já estão comprometidos neutralizando o incremento.

O mercado vai monitorar a partir de agora as chuvas no Vietnã e nas áreas de produção do conilon brasileiro começando a avaliar as condições dos cafezais para evitar uma exposição exagerada das posições a serem colocadas nos livros.

As perdas com as duas geadas no Brasil parecem ter gerado um consenso de não ter estragado muito, com uma grande parte dos participantes mencionando menos de 500 mil sacas. Claro que tem outros tantos falando em um número maior, mas a percepção por ora não é esta.

A influência macroeconômica, principalmente de uma eventual continuação da valorização da moeda brasileira, vai ditar o tom do terminal. As origens devem participar mais de uma alta e uma queda acentuada deve atrair os torrefadores.

Desta forma imagino que o intervalo de negociação deva ficar entre US$ 135.00 e US$ 150.00 centavos, com chances de exagerar uns US$ 10 centavos para cima ou para baixo dependendo do desempenho das moedas.

Uma excelente semana e muito bons negócios,

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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RENATO H. FERNANDES

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 02/08/2016

O mercado interno brasileiro segue muito travado com os produtores, capitalizados, vendendo o estritamente necessário. Porém, seria interessante incluir na análise a variável das altas taxas de juros praticadas no Brasil. Aplicações em CDB, bastante conservadoras, rendem 1% ao mês livre de impostos.

Especialmente no caso do comilon, que tem um teto virtual para suas cotações estabelecido pelos preços dos arábicas rio, será que vale a pena correr o risco de preços, roubos em armazéns, arcar com a quebra de peso do café, ou seria melhor diluir as vendas?

Vale lembrar que se acumulam as notícias de retorno dos blends dos cafés das marcas de combate brasileiras para maiores teores de arábica, composição que era predominante tempos atrás.

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