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Chuva - o próximo evento a ser seguido

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 06/09/2011

3 MIN DE LEITURA

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O índice de desemprego nos Estados Unidos se manteve inalterado, 9,1%, entretanto o número de postos de trabalho criados no mês de agosto foi nulo e reforça a preocupação de investidores - que apostam (ou torcem) por um novo pacote de estímulo do FED.

O ambiente entre os consumidores americanos está pesado e a crise política instalada no congresso e na Casa Branca contribui para o sentimento ruim. O reflexo foi notado no fraco índice de confiança divulgado na semana.

As bolsas tiveram uma semana de alta na Europa, e de estabilização nos Estados Unidos. No Brasil a subida foi forte, ajudada pela diminuição dos juros na reunião do COPOM, atitude que preocupa economistas que vêem uma influência política na decisão.

Os principais índices de commoditties subiram nos últimos cinco dias liderados pelos ganhos da prata, ouro e do café. O trigo e o açúcar foram os destaques na queda, mas não conseguiram atrapalhar os modestos ganhos das cestas do CRB, SPGSCI, e DJUBS.

Dos futuros de café negociados em bolsa Londres caiu US$ 5.22 por saca, creio eu por causa da proximidade da safra de mais de 22 milhões de sacas de Vietnã. Os altos estoques da LIFFE também ajudam o recuo da compra, e o resultado é sentido no enfraquecimento dos diferenciais. Do lado do arábica o desempenho surpreendeu, e Nova Iorque estabeleceu um novo recorde: 18 sessões seguidas de novas máximas (entre sessões) - isto até a última quinta-feira. Os ganhos na ICE foram de US$ 11.71 por saca na semana, e na BM&F de US$ 12.45 por saca, ou seja, a arbitragem (dezembro contra dezembro) voltou a estreitar apesar do rallye - (no setembro/dezembro houve um leve enfraquecimento).

O fim da colheita no Brasil e o acerto contínuo dos produtores (em adiar suas vendas para receber mais pelos seus cafés) contribuem para a firmeza do mercado interno brasileiro. O diferencial para reposição de café-fino se mantém "caro" para os torradores que imaginavam um barateamento com a alta do terminal. Já o preço de cafés "good-cups" está menos indigesto para quem precisa correr atrás de cobertura - ainda que não seja nada fenomenal. No FOB a procura declarada é mais para o ano que vem, mas ainda há demanda (velada) para embarques até o fim de 2011, porém as idéias de preço são incompatíveis com a realidade.

Na América Central e Colômbia pode-se perceber uma melhora nos níveis de oferta ainda que de forma tímida. Parece não haver dúvida que os fazendeiros da região aproveitarão a oportunidade para vender o quanto puder dos cafés que forem colhendo, não apenas porque a bolsa está em níveis atrativos, mas também por terem receio de uma queda dos preços tão logo as chuvas comecem no Brasil.

A estrutura de Nova Iorque firmou durante a semana com a curva invertendo um pouco a partir do 2º mês de negociação. Altistas apostam em uma inversão geral dos spreads, incluindo o "nearby", porém não me parece que isto venha a acontecer enquanto os estoques certificados forem maiores de 700/800 mil sacas. Por sinal a hora de uma maior utilização dos certificados é agora, antes de chegar a safra-nova dos suaves e a florada no Brasil. Um outro momento pode ser no primeiro trimestre de 2012, caso os diferenciais de Brasil mantenham-se firmes, pois então os cafés descontados da bolsa voltarão a ficar atrativos. A ICE inclusive divulgou nesta semana que a idade média do inventário será de 954 dias e o desconto médio de US$ 17.15 centavos por libra no próximo dia 1º de dezembro.

Para finalizar, o relatório de posição dos participantes mostraram os fundos comprados em 5,340 lotes. Depois da movimentação de quarta, quinta e sexta eles devem ter aumentado os "longs" para 8.5 mil contratos. Tenho dúvidas de que incrementem muito mais suas compras com o baixo número de contratos em aberto e o fraco volume.
Desta forma em minha opinião as vendas ficarão mais pesadas de agora em diante, e tão logo se confirme chuvas no Brasil as casas comerciais terão mais coragem para aumentar seus "shorts".

No curto-prazo acho que o intervalo de negociação será entre US$ 260 a US$ 290 centavos por libra.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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