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Café na BM&F reflete físico demandado internamente

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 30/05/2011

3 MIN DE LEITURA

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Comentário semanal - de 23 a 27 de maio

O dólar americano voltou a escorregar durante a semana com notícias negativas vindo da maior economia do planeta. Mais uma vez o mercado imobiliário mostrou números de vendas abaixo do esperado, e entre alguns outros indicadores importantes foram divulgados pedidos de bens duráveis menores e crescimento do PIB do primeiro trimestre reduzido, dado o preço alto das commodities que impactaram os gastos dos consumidores.

A queda do dólar se deu não apenas contra o Euro e a principal cesta de moedas, mas também contra o Real brasileiro que encerrou a semana a R$ 1.5945, menor nível desde o começo de maio.

O café em Nova Iorque negociou entre US$ 258.90 e US$ 270.30 centavos por libra nos últimos 5 dias, fechando o período com ganhos de US$ 6.02 por saca para a posição de julho. Em Londres o robusta ganhou menos, US$ 3.06 por saca para o mesmo mês, entretanto em São Paulo a BM&F se mostrou bem firme, com uma alta de US$ 11.25 por saca no contrato de setembro. Por que será isto?

Se olharmos para o mercado físico brasileiro podemos entender um pouco, dado os níveis de preço que tem sido negociado cafés de safra-nova. O problema entretanto parece mais uma vez ser o reflexo daqueles que estão "short-basis" nos seus livros, ou seja vendidos em diferencial para exportação e tendo que cobrir seus embarques de cafés-finos. Ainda que a safra 10/11 tenha sido grande, os produtores aproveitaram para vender seus cafés a preços atrativos, sabiamente, e com isso os estoques nas mãos da produção são pequenos - o que não necessariamente é o mesmo caso para os estoques nas mãos dos outros agentes que compõe a cadeia (na origem). Com isso o café BM&F, acaba sendo uma alternativa "menos-custosa", pois negocia próximo de US$ 10 centavos de desconto, comparado com o físico que tem a reposição em torno de "even" (ou com leve prêmio dependendo do momento de fixação).

O efeito da valorização do Real brasileiro também pode ser um "culpado", mas o fato é que a situação do mercado interno brasileiro é peculiar pela falta de cafés melhores não-comprometidos, e com isso a principal origem fornecedora de café no mundo preocupa os baixistas de plantão.

Do outro lado da equação, as indústrias tem buscado coberturas relativamente mais baratas de cafés-suaves, nada em volume significativo, mas por ora esperam melhor disponibilidade de Brasil para começarem suas compras para o período a partir de setembro. No ínterim uma nova rodada de aumento de preços do torrado e moído foi anunciado nos Estados Unidos, 11% de aumento pela 2ª maior torradora do país.

Na semana um dos destaques foi o seminário de excelente qualidade promovido pela BM&F em São Paulo (e gratuito!), o qual agradeço a oportunidade de ter sido um dos palestrantes. O professor José Roberto Mendonça de Barros mais uma vez deu uma aula para os participantes, como sempre palestrando de uma forma extremamente agradável e de fácil entendimento para o público diversificado. Na pauta, em que abordou a macroeconomia, os dados apresentados reforçam a crença de um melhor momento da economia americana, dos problemas dos países do sul da Europa e da perspectiva de que os juros dos Estados Unidos continuem nos mesmos patamares até 2012.

Creio que caso os efeitos macroeconômicos não se alterem tanto, e o dólar tenha oscilações dentro dos patamares vistos recentemente, o quadro fundamental do café parece que não deve sofrer fortes solavancos. A firmeza dos diferenciais de Brasil, que deve se manter até meados de julho, pode eventualmente ajudar o terminal a não ceder muito, mas ao mesmo tempo não me parece que tenha força para ajudar a bolsa a fazer novas altas - ou seja, novas quedas do atual preço do terminal vão significar um "basis" ainda mais forte (diferencial apertando).

Segunda-feira dia 30 de maio é feriado por aqui, Dia da Memória (aos combatentes mortos em guerra), e em Londres é feriado bancário. Na terça-feira estarei no Coffee Dinner em São Paulo, depois sigo para o interior para fazer uma apresentação sobre o mercado de café à convite de uma cooperativa. A curta semana não parece que trará grandes novidades, e não há sinais técnicos que neste momento impeçam os fundos de continuarem a vender suas posições, desta forma podemos experimentar novas baixas. Aos produtores que precisam vender café para pagar a colheita, a firmeza dos preços no mercado interno devem ser aproveitadas.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos!

RODRIGO CORREA DA COSTA

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