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Café com Chipre , Russia , Europa , Brasil e Vietnã

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 26/03/2013

3 MIN DE LEITURA

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A zona do Euro volta ao noticiário com a resolução imposta a Chipre em confiscar uma porção dos depósitos bancários para que possa continuar recebendo linha de crédito do Banco Central Europeu (BCE).

Por pressão (não explicitamente declarada) da Alemanha, o país só receberá outros 10 bilhões de euros se “arrecadar” 5.8 bilhões dos depósitos bancários. O imbróglio piorou com a votação do parlamento contra a medida (na terça-feira dia 19), ao mesmo tempo em que a Rússia apareceu para intervir – aparentemente mais de 50% do dinheiro nos banco cipriotas são de cidadãos russos…

Os bancos do país não abriram esta semana, e o prognóstico é que isto aconteça terça-feira dia 25. Agora imagine se você tivesse dinheiro em um destes bancos, o que faria? Difícil imaginar que a confiança de investidores seja devolvida, afinal o impacto é menos importante em função do tamanho da economia de Chipre, 18 bilhões de euro, e mais assustador por abrir um precedente para que o mesmo possa acontecer à outros países membros que estão em situação delicada (Espanha, Itália e Portugal).

As bolsas europeias fecharam em baixa entre 1.50% e 3.36%, e nos Estados Unidos ficaram de lado. O Euro, que tinha escorregado durante a semana, recuperou na quinta e na sexta com otimismo de que um acordo ajudará Chipre.

Os principais índices de commodities caíram um pouco, e entre os produtos que mais perderam estão o algodão, o açúcar e a gasolina.

O café em Nova Iorque fez novas mínimas, negociando a US$ 132.05 centavos por libra na quarta-feira, e encerrando a semana US$ 2.91 por saca mais barato. Londres fechou abaixo de US$ 2150 por tonelada, mas a queda não foi brusca, apesar de previsões promissoras para que as chuvas comecem nas regiões produtoras.

A arbitragem entre os dois mercados volta para cima de US$ 40 centavos, depois de ter tocado US$ 35.65 centavos.

No mercado físico o fluxo de Brasil diminuiu com a reposição estreitando. Importante apontar a diferença pequena entre cafés finos e rio, que está apenas em US$ 9 centavos de dólar por libra-peso!! Outro dado interessante é que (sabe-se lá por que) algum dealer ou exportador andou vendendo café brasileiro a US$ 24 centavos de desconto contra NY - os números não fecham (salvo se o café tem sido carregado e o vendedor resolveu passar os ganhos do spread).

Ainda focando na principal origem, o problema logístico acentuado pela escoação da safra de soja, tem provocado atrasos nos embarques – o que o mercado continua ignorando, assim como também ignora as perdas de produção em função da ferrugem nos cafezais da América Central. O Conselho Monetário Nacional votará na próxima semana (quinta-feira, dia 28 de março) o aumento do preço mínimo de R$ 261.69 para R$ 340.00 a saca. Na sequência virá pressão para um programa de equalização de preços, além de requerimento de mais dinheiro com prazo esticado para estocagem.

É bom lembrar que a leitura que o mercado faz para o que se desenha no Brasil, não necessariamente ajudará os preços de Nova Iorque. Explico: aumentar preço mínimo, e mesmo estender prazo de pagamentos de dívidas ou de estocagem não faz desaparecer a “oferta” de café, mas apenas dão corda para enforcar quem já está em situação desesperadora - exceção feita, é claro, caso o governo de fato resolva comprar e fazer o café desaparecer nos seus armazéns.

As outras origens do arábica pouco fazem por estarem na entressafra, e os produtores de robusta continuam de olho na normalização do clima no Vietnã - ao mesmo tempo que ouvem declarações oficiais de que a produção já está perdida.

Dois bancos que atuam no mercado de commodities soltaram relatórios com viés mais positivo para os preços do contrato “C”, apontando déficit da produção para a variedade no ano que vem. Vale notar que os bancos não trabalham com os mesmos números de algumas tradings que dizem que a safra vindoura será de pelo menos 52 milhões de sacas, enquanto outras creêm em um número idêntico a 12/13.

O Real brasileiro enfraquecendo, com Nova Iorque não sangrando mais, e os fundos próximos de sua posição recorde vendida, são fatores que podem diminuir um pouco a dor dos produtores brasileiros. A confirmação do banco central americano (FED) de que continuará irrigando o mercado com dólares pode ser outro dado animador. O risco é como reagirão os mercados com a questão de Chipre, e o efeito do contrato da LIFFE com as chuvas chegando na hora certa no Vietnã.

Com a volatilidade implícita negociando nas mínimas de 19 anos (como mencionou John Bernardi), creio que comprar opções parece ser a melhor saída. 

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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