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Café brasileiro e o investimento em qualidade e divulgação

BRENO MESQUITA

EM 05/05/2015

2 MIN DE LEITURA

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Desde o ano passado, o SISTEMA FAEMG deu início a um programa de viagens técnicas e missões de capacitação de sua equipe e dos Sindicatos. Oportunidade valiosa de aprendizado com experiências bem sucedidas em outros países, a missão mais recente focou a excelência do café. No início do mês, um grupo de 40 presidentes de Sindicatos de Produtores Rurais das quatro principais regiões produtoras do estado: Sul, Jequitinhonha, Cerrado e Matas de Minas foi aos Estados Unidos, buscar novas ideias e conhecimentos.

A missão foi dividida em duas partes. Na primeira parada, em Nova Iorque, a equipe conheceu a Bolsa de Valores e teve a oportunidade de entender mais sobre o mercado financeiro e constituição de preços internacionais. Naquele espaço, onde são negociadas as commodities, cotações flutuam sempre à mercê de uma série de fatores, quase totalmente alheias ao trabalho dispendido por cada produtor individualmente. É onde impera o volume, em lugar da qualidade; a versão no lugar dos fatos.

O contraponto veio exatamente na segunda parte da viagem. Conhecida como uma das cidades com maior consumo de café per capita do mundo, Seattle é vitrine da mais alta qualidade alcançada. Por lá, visitamos a maior feira de cafés especiais do planeta, além de torrefações e cafeterias. É de impressionar como tudo gira em torno de grãos diferenciados e bebidas gourmet.

De forma resumida, o principal destaque da missão foi a percepção de um mercado crescente, que o Brasil tem capacidade de ocupar com cafés diferenciados, de grande valor agregado.

Das 45 milhões de sacas anuais, estimamos que menos de 10 milhões são de cafés especiais, e o mundo já sinaliza que há mercado para absorver um volume maior, com remuneração condizente. Nosso grande desafio agora é fazer, da porteira para dentro, e em volume cada vez maior, um café de altíssima qualidade, que remunere o produtor e que lhe garanta maior independência com relação ao mercado das commodities. Isso pode ser feito em qualquer região. Não é uma questão de se optar entre quantidade e qualidade, mas sim de conciliar e buscar qualidade em uma parcela cada vez maior de sua produção, a partir de um manejo mais cuidadoso.

A verdade é que, todo café produzido no Brasil tem muita qualidade. A natureza fez isso por nós. O clima, solo e as cultivares que aqui temos garantem uma produção excelente. O que fará toda diferença são os cuidados na colheita e pós-colheita. Claro, não conseguiremos nunca fazer toda nossa produção dentro dessa lógica; uma larga parcela sempre será de café commodity, mas é um caminho que precisamos trilhar cada vez mais fortemente.

Outro ponto que nos chamou muito a atenção nessa missão aos Estados Unidos é a falta de divulgação do produto brasileiro. Somos os maiores produtores do mundo, produzimos um terço de todo o café, e ainda assim, não somos reconhecidos mundialmente como um polo produtor de cafés diferenciados.

Especialmente se comparado ao marketing feito por outros países produtores, o café brasileiro é pouco conhecido e sua qualidade é pouco divulgada. Carecemos, com urgência, de uma campanha de marketing, tanto para o mercado interno quanto para o internacional, consolidando de vez nosso espaço de liderança, sustentado na qualidade que já alcançamos e que, de agora em diante, nos esforçaremos ainda mais para elevar. 

BRENO MESQUITA

Cafeicultor, diretor da FAEMG e presidente das Comissões de Café da FAEMG e da CNA.

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EUSTAQUIO AUGUSTO DOS SANTOS

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/01/2018

A promoção publicitária de nossos cafés no exterior deve ser feita pelo governo. Mas, internamente, precisamos criar marcas, estar mais presentes em todas as mídias e chegar nas fazendas sempre falando e discutindo sobre marketing e informação. Mas precisamos também de acesso aos compradores de cafés especiais.
DANIEL RENNO SAMPAIO

SANTA RITA DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/10/2017

Quero te desejar sucesso nos próximos 3 anos frente à gestão da Faemg, como presidente da Comissão Nacional do Café, pois você continua a mesma pessoa, sem fazer diferenças, sempre sendo porta-voz das dificuldades dos produtores, nos sucessos e nas adversidades. 

Parabéns Breno, você merece!




ANDRE SANCHES NETO

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 06/05/2015

Excelentes iniciativa do Sistema Faemg e artigo.



A tomada de consciência dos produtores no aumento gradual da % de alta qualidade em sua produção aliada aos esforços recentes de pequena parcela do braço "trading" do setor brasileiro na valorização do café brasileiro - no exterior - juntos, é um acontecimento altamente positivo para um futuro próximo.



Muitos esforços ainda têm de ser feito, de ambos os lados - etapas de produção e etapas comercial/promoção - mas ao que tudo indica as porteiras estão abertas para que esta valorização internacional do café brasileiro de qualidade se fortaleça dia após dia. Em escala micro, tenho visto pequenos e médios torrefadores internacionais utilizando cafés brasileiros como especiais pela primeira vez.



Caro Breno, gostaria de ressaltar a nova campanha de marketing (ou melhor dizendo, a primeira campanha de fato) do Brasil, lançada no evento deste ano em Seattle.



A meu ver, finalmente uma promoção promissora, pois revela pontos chaves do diferencial do Brasil ante as outras origens concorrentes, como aspectos social e ambiental regidos por leis federais, além da fortíssima cultura (intensidade e abrangência social) de produção de café e investimentos em tecnologia (no tocante a conhecimento com fins de produtividade aliada à qualidade) que vem sendo aplicada nas diferentes etapas da produção, diferenciais sobre outras origens.



O conceito de "Brazil - The Coffee Nation", aliado ao "S" em destaque aplicado nas sacarias exportadas - que remete obviamente a pluralidade - , explora a ideia, a meu ver, de sermos a melhor fonte para diversas opções de cafés diferenciados e/ou especiais (diferentes tipos de cafés gourmet; cafés sustentáveis, com história, de micro-regiões - terroirs, etc.).



https://www.cafepoint.com.br/noticias/producao/brasil-lanca-oficialmente-novo-conceito-para-cafes-especiais-nacionais-94406n.aspx
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 05/05/2015

Fico contente em ve-lo falando de qualidade, pois, voce é testemunha do tanto que ja falei desse assunto la na mesa diretora do café da FAESP.

Desde 2008 que estamos nesta trilha, hora na FAESP, hora na Camara Setorial e hora em qualquer lugar em estejam reunidos falando de café.

Infelizmente até o momento não temos resposta alguma do ministerio sobre a normatização e regulamentação de café no Brasil, com a revogação da IN16 em 2013, ficamos orfãos de pai e mãe, mas graças a DEUS hoje o que estamos vendo é um enorme contigente de pessoas ligadas ao café falando cada vez mais da necessidade de se melhorar a qualidade do café brasileiro. Acho que posso me dar por satisfeito, até que em fim estão percebendo que vender gato por lebre tem dias contados.

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