Celso Oliveira, meteorologista da Somar:Prezado Renato,
Esta falta de chuvas, sem provocar um quadro grave de estiagem, deve-se à Niña. E é interessante você falar de uma falta de chuva no Nordeste, enquanto que em outros pontos da região estão debaixo d´água. Isto mostra como as chuvas são irregulares na região e como o fenômeno La Niña influencia de forma diferente em cada estado/cidade. Por isso que eu não gosto de falar que "anos de La Niña são bons de chuva para o Nordeste e anos de Niño são ruins".
Em função da diversidade de sistemas meteorológicos sobre a região, a distribuição de chuvas é afetada de forma diferente de cidade para cidade, de estado para estado. Mas há uma boa notícia, Renato. A La Niña perdeu muita força nos últimos dois meses. Ainda temos a influência do fenômeno, mas muito mais brando.
Mando para você 90 dias de previsão para Teixeira de Freitas. A situação ainda vai ser complicada até o final de maio com pouca chuva e precipitações mal distribuídas temporalmente. Entretanto, a partir de junho, esperam-se chuvas mais fortes e generalizadas. Em julho, as chuvas voltam a diminuir, mas se trata de algo natural da região.
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