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Os primeiros brasileiros a controlarem uma grande rede de cafeterias

VÁRIOS AUTORES

ESPAÇO ABERTO

EM 07/10/2014

3 MIN DE LEITURA

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A compra da rede de cafeterias canadense Tim Hortons pelo Burger King, anunciada no dia 26 de agosto, movimentou o noticiário econômico. No Brasil, a notícia chamou a atenção porque envolve a 3G Capital, empresa liderada por um poderoso trio de investidores brasileiros e que é a maior acionista do Burger King. O que não foi destacado pela mídia é que, pela primeira vez, uma grande rede de cafeterias está sob o controle de empresários brasileiros.

O negócio
A rede canadense é pouco conhecida no Brasil, mas os leitores do Relatório Internacional de Tendências do Café estão acostumados a ler sobre as suas ações na seção de cafeterias do documento. Ela foi comprada pelo Burger King por 11,4 bilhões de dólares. Essa fusão transformará o Burger King na 3ª maior rede de fast-food do mundo, apenas atrás do McDonald’s e do KFC. As vendas anuais das duas companhias juntas são estimadas em US$ 23 bilhões, contando com mais de 17 mil lojas em 100 países ao redor do mundo.

Segundo o site da Tim Hortons, em 31 de março de 2013 a empresa contava com o total de 4.288 lojas, sendo 3.453 no Canadá, 808 nos Estados Unidos e 27 na região do Golfo Pérsico. O Burger King, em 31 de dezembro do mesmo ano, contava com 13.667 lojas em 98 países, com sua maior concentração dentro do território norte-americano (54%).

Pelo acordo, as duas redes continuarão a existir de forma independente, porém, o café com a marca Tim Hortons será incorporado no café da manhã do Burger King. Isso aumentará a competitividade da rede norte americana em relação aos seus maiores concorrentes, que passaram a investir neste segmento. Entre eles estão o McDonald’s com o seu McCafé, o Subway, por meio da sua parceria com a Keurig Green Mountain, e o Taco Bell, seguindo assim uma tendência de redes de fast-food que têm como objetivo aumentar o fluxo de consumidores em horários com pouca movimentação.

Segundo especulações, a compra da maior rede de cafeterias canadense foi motivada pela estratégia de tax inversion, na qual a mudança de domicilio fiscal trará uma economia na carga tributária, que passará de 40% para 26,5%. Essa especulação provocou ira e indignação e foi alvo de críticas do senador Sherrod Brown, que defendeu o consumo de produtos que contribuam com a arrecadação de tributação para seu próprio país. Além disso, muitos consumidores americanos ameaçaram, por meio de postagens na página oficial do Burger King no Facebook, iniciar um boicote caso essa especulação se torne realidade. Diante disso, o Burger King, também em sua página oficial do Facebook, publicou uma nota dizendo que não mudará a sede de sua empresa, que tem orgulho de sua herança americana e manterá seu compromisso com seus empregados, franquias e seus serviços prestados em comunidades locais, terminando o seu texto com a frase “Whopper isn’t going anywhere” (“Whopper – lanche de assinatura do Burger King - não irá a lugar algum.”).

Brasileiros no comando
A 3G Capital é uma empresa de private equity fundada pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira em 2004, com sede no Rio de Janeiro. Ela detém aproximadamente 70% do Burger King e será detentora de 51% da Tim Hortons. Além dessas duas redes, o grupo também possui em seu portfólio o controle da Ab Inbev e da Heinz.

Na lista dos homens mais ricos do mundo, divulgada pela Forbes em 2014, Lemann aparece em primeiro lugar entre os brasileiros; Telles é o terceiro e Sicupira, o sétimo. Trata-se de um trio poderoso e extremamente bem sucedido. A 3G é sócia majoritária da AB InBev, a maior cervejaria do mundo, com 25% da empresa. A AB InBev é resultado da fusão entre a brasileira AmBev e a belga InterBrew, com posterior aquisição da norte-americana Anheuser-Busch.

A operação que originou a AB InBev foi uma das mais marcantes da história recente do mundo corporativo. A cervejaria norte-americana, fundada em 1852, era uma das empresas mais tradicionais do país, fabricante da famosa Budweiser. Com a compra, passou a ser controlada por brasileiros.

Com 51% das ações da Tim Hortons em posse da 3G Capital, pode-se dizer que a rede canadense agora é controlada por brasileiros. Trata-se de uma situação inédita na história empresarial brasileira, já que nenhuma das grandes redes de café surgiu em nosso território e, até recentemente, nenhuma empresa nacional possuía participação majoritária nesse tipo de empreendimento.

Sobre os autores
Eduardo Cesar é doutorando em administração pela UFLA e coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
Fernando Hernandez é graduando em administração pela UFLA e analista do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
Elisa Guimarães é mestranda em administração pela UFLA e coordenadora do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

EDUARDO CESAR SILVA

Coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

Doutorando em administração pela Universidade Federal de Lavras e mestre em administração pela mesma instituição.

É tecnólogo em cafeicultura pelo IF Sul de Minas - Campus Muzambinho.

ELISA REIS GUIMARÃES

Mestranda em Administração pela Universidade Federal de Lavras e coordenadora do Bureau de Inteligência Competitiva do Café - Centro de Inteligência em Mercados UFLA

FERNANDO HENRIQUE CUBO HERNANDEZ

Graduando em Administração pela Universidade Federal de Lavras, Analista do Bureau de Inteligência Competitiva do Café - Centro de Inteligência em Mercados

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EDUARDO DE BRITO SILVA

EM 10/10/2014

Reitero meus parabens ao grupo de Paulo Leman;

inteligencia pura.



Abraço, Eduardo de brito silva
CESAR DE CASTRO ALVES

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/10/2014

Eduardo, Elisa e Fernando.

Parabéns pelo artigo, muito oportuno, assim como o Relatório Internacional.

Muito bom. Valeu

Abraço

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