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E a função social da propriedade? |
LUTERO DE PAIVA PEREIRA
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LUIZ CARLOS REISSEROPEDICA - RIO DE JANEIRO - ESTUDANTE EM 24/08/2009
Concordo com a abordagem do Dr. Lutero.
Por mais que os colegas que comentaram o artigo tenham opiniões ainda que demasiadamente conservadoras e pouco voltadas para a realidade que está bem próxima, acredito que uma nova concepção está sendo formada. Para aqueles que acreditam que faltará alimentos nas pratileiras dos mercados por imposições federais que reduzem a área de produção, vislumbro este mesmo cenário quando o aquecimento global impedir que safras sejam colhidas por limitações climáticas. Aí sim será tarde e duvido que tais pensamentos conservadores ainda estejam presentes. Esse nova concepção ambiental que está sendo disseminada nada mais é do que uma atitude tardia de respeito as limitações da natureza. NÚMEROS comprovam que queimadas, uso de materias não recicláveis, ausência de matas, entre outros são responsáveis pelo aquecimento global e consequente destruição das condições mínimas de existência da humanidade e, isto não é uma conclusão empírica de quem está olhando apenas sobre a porteira. Sugiro que estes, no caso ruralistas, procurem formas de não irem contra a maré que está se desenvolvendo, mas sim procurar um caminho que seja possível produzir em larga escala dentro de um sistema ambientalmente correto (SUSTENTABILIDADE). Procure profissionais agrários para isso, estudam a vida toda para desenvolver projeto economicamente viáveis, socialmente justos e acima de tudo ambientalmente corretos. Para aqueles que tenham interesse em desenvolver uma visão macro disso tudo, sugiro que leiam o livro o simplesmente artigos de um pesquisador britânico, que descreveu a teoria de gaia. Em resumo, posso adiantar a todos, que essas mudanças climáticas que ocorrem atualmente e que de fato são de nossa responsabilidade, não estão acabando com o planeta, pois este, segundo a teoria de gaia, é um ser vivo e nós, humanos, estamos desenvolvendo uma doença nesse organismo vivo que em breve, como nós, organismos vivos, irá se livrar de alguma forma, dessa doença. Não espero gerar mais conflito com minhas ponderações, mas sou zootecnista, trabalho com produção animal e não vejo outra forma de continuar meu trabalho indo contra as questões ambientais. Obrigado pelo espaço. Luiz Reis |
MAURÍCIO CARVALHO DE OLIVEIRABRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL EM 10/08/2009
O artigo do Dr. Lutero é de grande interesse à classe produtora. Mas mesmo assim minhas dúvidas continuam. Ele cita a Constituição brasileira quando fala na função social da terra. De onde terá mesmo derivado esse conceito, que aderiu à nossa legislação. Que é utilizada para desapropriação de terras, por exemplo?
Por quê, então, por analogia, não evocamos também o uso social de residências na cidade, adiquiridas como especulação imobiliária? o uso social da padaria ou da farmácia? Existe, no mundo, algum país onde esse tema é tratado de forma semelhante? Vivemos em um mundo capitalista, onde o governo tem instrumentos de política agrícola para promover a produção de alimentos e garantir a segurança alimentar e paz social mas a atividade produtiva rural é, antes de tudo, capitalista e econômica. Não é àtoa que países como a França, a Inglaterra, os Estados Unidos despejam pesados subsídios em suas agriculturas. Ao meu ver, esse é um tema que exige novas reflexões. |
JOSÉ OTON PRATA DE CASTRODIVINO DAS LARANJEIRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE EM 05/08/2009
Parabens ao Dr. Lutero Paiva Pereira pelo brilhante artigo. Já recorri a seus vastos conhecimentos sobre crédito rural em uma pendência com BB, de onde também sou egresso. Hoje a atividade rural, tanto a "prostituída" como a familiar estão inviáveis. Esta sobrevive á custo de elevadas "doações". Em breve, mais muito em breve mesmo a situação vai melhorar.
Quando os técnocratas e os ecochatos, ditos ambientalistas tiverem que enfretar filas para comprar carne, leite, arroz, feijão etc aí vai ser bom. Em parte nenhuma do mundo existe terra nem condições de se produzir alimentos. Vou encerrar para não enfartar. |
DARLANI PORCAROMURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 04/08/2009
A propriedade rural como produção de leite visa o lucro, como acontecia tempos atrás. Hoje o preço de leite empacou, e tudo que precisa uma propriedade se tornou caro, como também o homem para sua sobrevivencia. Uma consulta veterinária, um tratamento de saúde, preço da gasolina, o custo de um homem para trabalhar, quando acha, e outros itens mais inviabilizam que o homem rural no Brasil possa ter uma vida digna, como merecia.
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