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Drawback sim e Drawback não!, por Armando Matielli

POR ARMANDO MATIELLI

ESPAÇO ABERTO

EM 11/04/2012

3 MIN DE LEITURA

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Armando Matielli - Presidente Executivo da SINCAL - Cafeicultor em Guapé - MG - Eng. Agrônomo com MBA em Marketing na FGV

Na sexta, dia 23/03/2012, em reunião organizada pela ASSUL e Sindicato de Monte Santo de Minas, filiado a FAEMG, foram discutidos diversos temas importantíssimos, como estocagem na entrada safra para regulagem de fluxo, e outros assuntos decisivos para a cafeicultura.

Um deles foi a necessidade de providenciarmos o contrato de Café Natural para sairmos da referência dos lavados. Isso traz um enorme prejuízo para o país. Temos 50% do mercado mundial de Arábica e ficamos sub julgados. Sempre vendendo abaixo de Nova York . O mundo cafeeiro não sobrevive sem o café brasileiro. O Brasil precisa ser o protagonista do mercado de café como formador de preços e não mais tomador de preços. Essa será sempre nossa meta.

Diversos outros aspectos foram apresentados pela CNA, Dr Breno Mesquita, com muita propriedade e pelo Dr. Silas Brasileiro do CNC, que vem enfocando aspectos de grande interesse para nosso segmento. As apresentações foram de alto nível e, percebemos plenamente uma interação dos participantes endossado pelo Dep. Federal Diego Andrade , Presidente da Frente Parlamentar do Café. A reunião foi em um clima de união de interesses com estratégias voltadas aos cafeicultores e ao país. Excelente!

Alertamos aos líderes que o sucesso da estocagem está diretamente vinculado ao preço do financiamento por saca. Dr Breno esclareceu que será 80% do valor de mercado e que teremos verbas do FUNCAFÉ e outros, para estocarmos 15.000.000 de sacas. Assim, teremos um rápido retorno às bases ideais de preço. Possibilidade de até ultrapassarmos os preços na faixa de R$ 500 -R$600/saca. Valores que reinaram nos últimos tempos.

A SINCAL também alertou a necessidade de um planejamento estratégico para os dez próximos anos. Esse planejamento feito com anteparos técnicos e mecanismos no intuito de sermos os mandantes mundial da política cafeeira. Outro ponto foi o respaldo técnico quando anunciarmos as previsões de safra, como a de 2012/2013. É uma enorme inocência falarmos de safra recorde sem os devidos mecanismos de apoio aos preços. O mercado adora ouvir um número solto. Essas suposições, provocaram verdadeiros Tsunamis nos preços do café. As lideranças concordaram com nosso ponto de vista em relação à divulgação de estimativas de safra.
Tratamos também do Drawback. Isso é preocupante. Para usar essa ferramenta, precisamos exigir do país fornecedor documentos comprovando os mesmos regulamentos e leis que o Brasil modernamente possui em termos ambientais e sociais.

Será um enorme contra-senso, após anos de luta na modernização da cafeicultura, com regras e leis ambientais e trabalhistas - caríssimas - que atendem plenamente uma produção moderna, justa e com sustentabilidade. Como vamos importar cafés de países que praticam crimes ambientais? Para nós, esses países usam de mão de obra exploratória, muitas vezes infantil e sem nenhuma responsabilidade social. Será um desastre importarmos cafés produzidos sem os mesmos cuidados que temos aqui e depois exportamos esses cafés. O Brasil passará a ser protagonista do abuso social e ambiental, com o único objetivo de mercenarismos econômicos.

Além disso, é necessário um plano técnico para as possíveis importações desses cafés, devendo ocorrer definições desse plano quanto a verdadeira necessidade do mecanismo e da quantidade. Qual tipo de café será importado? Por que será importado? Qual quantidade? Será usado em algum blend? Ou seja, qual a justificativa técnica para o Drawback?

Só aceitaremos as importações dentro das condições que elencamos acima: cafés social e ambientalmente corretos, além de um detalhamento técnico de logística. Assim que comprovada, em primeiro lugar, a justificativa desse mecanismo e em seguida, comprovados que os fornecedores seguem leis tão rígidas quanto as nossas, a SINCAL dirá "SIM" ao Drawback. No caso contrário, "NÃO" ao Drawback.

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ELIANE DE ANDRADE C. NOGUEIRA

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 13/04/2012

Realmente é impensável importar café de países praticamente sem leis trabalhistas e ambientais.

Não é possível que nossas autoridades não vejam como é oneroso nosso setor produtivo do café, temos as leis ambientais e trabalhistas mais rígidas do mundo.

Fazer isso é decretar a falência do nosso setor.Importar café de países com custos tão diferentes é absolutamente impensável.....

Quem são os beneficiados por essas medidas????

Parabéns Armando Matielli!!!Parabéns Sincal, pelo artigo
JOSÉ HESS

CURITIBA - PARANÁ

EM 11/04/2012

Está certíssimo nestes comentários, pois a grande estratégia internacional é fazer do Brasil um país inviável, se criam leis diáriamente neste Brasil, se exigem todo tipo de critérios para onerar nossa produção, e ninguém questiona se outros países cumprem isto. Temos de para de receber propostas e idéias de doutores(?) de ONG´S e entidades estrangeiras, para adotarmos uma posição nacional que defenda em primeiro lugar nosso interesses.Veja o absurdo das imposições de ONG´S estrangeiras sobre a opinião do Código Florestal, se na Europa nem sequer existe APP e R.L. Por que não se questiona o baixo preço dos produtos chineses? pois lá eles trabalham apenas por um prato de arroz.. Claro que eles serão sempre competitivos.Fora os impostos no Brasil os maiores do mundo. Está na hora de agirmos com inteligência.
REINALDO FORESTI JUNIOR

CAMPANHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/04/2012

Parabéns aos protagonistas e participantes da reunião acima em particular ao Dr.Armando Matielli pelas informações importantes passadas para toda cadeia do café que certamente recebem com euforia e gratidão.

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