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Sinais mistos deixam o curto-prazo vulnerável

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 14/03/2016

4 MIN DE LEITURA

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O comportamento agitado dos mercados nos dois primeiros meses do ano demonstra o quão dependente as economias continuam de adicionais expansões monetárias (com volumes sem precedentes na história), por ora ajudando a retomada de risco, mas incitando dúvidas desconfortáveis para o longo-prazo quando então houver uma reversão do baixo custo do dinheiro e do excesso de liquidez atual.

Esta semana foi a vez do Banco Central Europeu disparar a sua “bazuca” cortando juros para a região e como última cartada expandindo a compra de títulos para os papéis corporativos. O presidente Mario Draghi sinalizou o fim do ciclo de redução de juros, aliviando a tensão dos investidores dado que a medida machucaria ainda mais as instituições financeiras e beneficiando a acentuada subida do Euro na quinta-feira. Só falta agora combinar com os empresários europeus para tomar dinheiro e investir na produção ao invés de recomprar as suas ações negociadas no mercado aberto.

Mercado // Foto ilustrativa: Érico Hiller/ Café Editora
Foto ilustrativa: Érico Hiller/ Café Editora

Ativos de risco voltaram a subir dando a impressão que a quedas das bolsas presenciadas até meados de fevereiro foram apenas pesadelos. O petróleo WTI voltou a tocar os US$ 40.00 dólares o barril e os três principais índices de commodities negociam nos níveis de dezembro último. O Real Brasileiro continua surfando a onda das notícias que preveem um encerramento breve do governo Dilma com o fechamento da cotação a 3.5856 – o mais baixo desde 31 de agosto de 2015.

O café em Nova Iorque aproveitou o momento e teve altas consecutivas e ordenadas, finalmente atraindo mais cobertura de posições vendidas dos fundos. Os comerciais aproveitam para adicionar vendas nos livros, ajudando as origens a fixarem compras de físico feitas em patamares mais baixos e proporcionando um maior fluxo de negócios dos produtores de cafés suaves. No Brasil os preços da saca de café não apreciaram pela firmeza da moeda local, mas, segundo diversos agentes, os cafés de qualidades menos nobres cederam.

O mercado Londrino teve uma recuperação mais tímida, reflexo dos grandes estoques represados no Vietnã que devem potencialmente limitar ganhos significativos naquele terminal.

A Organização Internacional do Café (OIC) informou que os estoques nos países importadores em Dezembro totalizavam 23 milhões de sacas, 1 milhão a menos do volume do ano anterior – número positivo dadas as exportações recordes de Brasil e Colômbia. A entidade também estima o consumo em 2015 em 152.1 milhões de sacas, indicando um crescimento da demanda em 0.8% na Europa (média desde 2012), 3.2% nos Estados Unidos, 2.4% no Japão e 2.3% nos países produtores. Os dados corroboram com o desaparecimento notado pelos participantes.

As exportações acumuladas da Colômbia apontam para uma produção no país que pode chegar a 14.5 milhões de sacas no ciclo atual, expressiva recuperação que dependendo do clima pode não causar uma redução tão significativa para a safra 16/17. Já os embarques brasileiros em fevereiro foram praticamente iguais a janeiro, mesmo com os feriados de carnaval e o mês dois dias mais curto. O total exportado ficou em 2.785 mln de sacas, cafés que chegam aos portos do destino entre meados de março e começo de abril e deixam a janela de “aperto” muito estreita.

A perspectiva de preço da bolsa tem sinais mistos no curto-prazo, positivos no caso exclusivo da moeda brasileira, assim como a contínua queda dos certificados e o fechamento tecnicamente positivo do contrato “C”. Tem também a conversa sobre as chuvas excessivas nas regiões do arábica, gerando comentários de alguns analistas sobre problemas com doenças para algumas plantações e uma prematura preocupação com a qualidade caso o tempo úmido persista até a colheita. Outro ponto positivo (para os preços) é a chuva escassa no norte do Espírito Santo, mas este contrapõe com o volume de certificados da bolsa de Londres e a disponibilidade no Vietnã – mas uma vez olhando o curto-prazo.

Negativamente há a posição reduzida vendida dos fundos, principal munição das altas recentes do arábica, o adiantamento da safra em função da florada no ano passado ter sido mais cedo, e as exportações mundiais que mesmo no pico da entressafra não arrefecem.

Por ora não parece que os fundos vão se animar para ficar comprados no café, não apenas pelo carrego que nunca desaparece, mas também em função da recuperação dos preços terem sido muito inclinadas dos ativos de risco, o que em breve deve trazer uma realização de lucros – ou estancar a alta se tudo se resumiu a cobertura de vendidos. Nova Iorque precisa consolidar acima de US$ 124.60 centavos por libra e evitar romper US$ 119.70 centavos para mostrar solidez do movimento. Um rali que busque os US$ 128.90 centavos pode acelerar os ganhos, mas pelo demonstrado no relatório do COT devemos esperar um volume de vendas grande de agora em diante, portanto quem precisa fazer caixa deve aproveitar o momento.

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting 

RODRIGO CORREA DA COSTA

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