ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

O medo refletido na estrutura

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 07/06/2010

3 MIN DE LEITURA

0
0
Comentário semanal - 31 de maio a 4 de junho

Quem sabia que a Hungria também era um problema?

O atual governo húngaro culpa o governo anterior (social) de manipulação nos números econômicos, e disse que o país está em uma situação econômica grave.

Embora o país não faça parte da zona do Euro, a moeda comum desvalorizou fortemente na semana, negociando abaixo de € 1.20 contra o dólar, o nível mais baixo desde março de 2006. O motivo para a desvalorização é a grande exposição que os bancos do oeste europeu tem com as economias do leste, e claro o receio de que mais "baratas" apareçam de trás do armário do velho continente.

Na sexta-feira a criação de postos de trabalhos menor do que esperada nos Estados Unidos, embora sendo de novos 431 mil empregos, contribuiu para azedar o humor dos investidores, e as bolsas desmoronaram ao redor do mundo.

O mercado de café em Nova Iorque começou a curta semana firme, subindo em função da tempestade tropical Ágatha que tristemente atingiu países da América Central provocando mortes e perdas para várias famílias. O desastre parece não ter prejudicado os cafezais de maneira significativa, mas causou problemas de infra-estrutura.

No Brasil o clima foi frio, como esperado, mas não levou geadas para o cinturão do café. Com a firmeza do dólar americano no final da semana e os fundos já tendo recomprado suas posições vendidas, a bolsa acabou fechando a semana inalterada, devolvendo os ganhos iniciais.

O mercado físico continua firme, com diferenciais mais altos em todas as origens, inclusive para o café robusta. Os dealers e exportadores que tem vendas de café brasileiro-fino nos livros (feitos descontos maiores que 20 centavos?), sofrem para honrar seus embarques com o fim da safra 09/10, e a não disponibilidade de grãos melhores da safra nova. Diz-se que reposição para o 2/3 fine-cup está sendo negociada a prêmio.

A manutenção da situação de escassez, a queda constante (embora em ritmo mais lento) dos cafés certificados na bolsa de Nova Iorque, o medo de que a situação não melhore mesmo com a chegada da safra brasileira, e a incerteza se o volume que chegará no fim do ano de Colômbia e Centrais será suficiente para desafogar os necessitados, tornaram a curva dos preços na bolsa (também chamada de estrutura ou spreads) praticamente plana (flat). Apenas os meses de julho contra setembro, e setembro contra dezembro tem um desconto de US$ 1.50 centavos por libra, enquanto os outros meses negociam praticamente no mesmo nível de preço. Alguns agentes acham um absurdo isto estar acontecendo, dado que haverá mais café a partir do final do ano, porém quem tem coragem de mais uma vez entrar vendido depois de vários anos apanhando?

Os estoques mundiais estão em níveis baixos comparados com o consumo, e mais uma vez repetimos que o problema não é o que tem de café em termos de quantidade e sim no que se refere a qualidade.

Sabemos que as conversas têm sido repetitivas, e fica difícil escrever algo novo dado que os mercados futuros têm se mantido dentro do mesmo intervalo de preço há um bom tempo, e que tudo o que se fala é de diferenciais, mas o que se há de fazer...

A safra grande brasileira não parece ser tão grande assim, relativamente falando, e aqueles que apostaram em diferenciais mais baratos brasileiros a partir de maio, precisam que a bolsa suba para que isto aconteça, o que não parece que vai acontecer até meados do terceiro trimestre deste ano.

A crise de confiança no velho continente, e uma possível diminuição no ritmo de crescimento dos emergentes em função do dragão inflacionário, parecem que vão pesar até mesmo no dinamismo de uma recuperação que o machucado Estados Unidos potencialmente poderia (pode?) ter.

O contrato "C" precisa se manter acima de US$ 132.00 centavos para não voltar a testar os US$ 130.00, onde parece que os torradores aparecerão, já que não querem diminuir ainda mais suas coberturas durante o inverno brasileiro. Em contra partida a sazonalidade funcionou na primeira semana de junho, e os fundos normalmente ficam (mais) vendidos a partir de agora.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.

RODRIGO CORREA DA COSTA

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures