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Janela de aperto amenizada pelos estoques

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 06/03/2017

3 MIN DE LEITURA

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A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, deu declarações na última sexta-feira deixando poucas dúvidas do aumento dos juros americanos na próxima reunião do FOMC dos dias 14 e 15 de março.

Os principais índices acionários dos Estados Unidos retraíram com os investidores ajustando suas apostas no incremento do custo do dinheiro, mas o ajuste não tira o brilho da performance no ano – e muito menos se considerarmos os ganhos de US$ 3 trilhões acumulados desde a eleição de Donald Trump.

A maior parte das commodities que compõe o CRB tem se mantido em território positivo, exceção às energéticas, o suco de laranja e o cacau. Os metais são os líderes em ganho desde o início de 2017 e dentre as agrícolas os ganhadores tem sido o algodão, o milho e o trigo.

No café o contrato do robusta tem sido o principal destaque com os fundos segurando uma posição comprada grande. O arábica por outro tomou um tombo do dia 22 de fevereiro para cá, com um fundamento um pouco menos apertado em geral.

A influência política em função da inicial autorização de importação no Brasil e depois a suspensão da medida contribuíram para a volatilidade recente. Muito embora haja uma resistência natural do maior produtor mundial deixar entrar café de fora, vale lembrar que o quadro mundial de oferta e procura em nada se altera com um eventual fluxo, que na verdade potencialmente poderia inclusive ter um efeito positivo para a bolsa de futuros e naturalmente aumentaria os preços da saca no mercado local.

A bolsa de Nova Iorque tem perdido o apelo mais altista com o constante aumento dos cafés certificados, um sinal de que alguns cafés não estão encontrando destino e, portanto alterando a percepção dos especuladores que estão comprados.

As exportações das principais origens também dão um alento para quem tinha o receio de um aperto na oferta, ajudando a manter os estoques europeus em quase 12 milhões de sacas e os americanos em mais de 6 milhões de sacas – o último em níveis que não víamos há quatorze anos.

Os próximos dois meses em teoria seriam o período mais travado de movimentação do físico, considerando o déficit que muitos agentes trabalham. Um terminal que beira o que parece ser a “base” do intervalo de preços de US$ 140 a US$ 160 centavos por libra dificulta ainda mais a ‘originação’ de café. O quadro fica ainda mais complicado para quem está vendido em diferenciais sem cobertura, ainda mais com o fim da sazonalidade de maior consumo no hemisfério norte (com o fim do inverno) e a firmeza do Real e outras moedas de produtores.

O dólar americano firmando pode tirar o suporte de preços de Nova Iorque, fazendo alguns fundos jogar a toalha e liquidar alguns “longs” de seus livros de futuro. A indústria aproveitará as baixas para fixar seus preços, haja vista o risco de não fazer isto e eventualmente acontecer qualquer perda adicional de produção em um cenário que não tem espaço para diminuição na produção mundial.

A arbitragem entre o arábica e o robusta será determinante para o contrato “C” não romper os US$ 140.00 centavos e testar níveis menores. Segundo uma casa comercializadora respeitada, os torradores precisam comprar bastante futuros no robusta, uma situação que vimos no arábica no último trimestre de 2016 e que levou Nova Iorque para os US$ 170.00 centavos. Por outro lado uma vez ajustado os livros de futuros, precisaremos de novidades para evitar uma liquidação natural que se seguirá.

É importante o contrato de maio não quebrar a mínima da semana, US$ 139.65 centavos, o que seria tecnicamente negativo e pressionaria as cotações no curto-prazo. Na parte de cima do gráfico novas compras devem ser estimuladas caso a resistência de US$ 151.50 seja alcançada.

Uma ótima semana e bons negócios a todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

RODRIGO CORREA DA COSTA

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ELDER G. BALDON

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/03/2017

Gostei da sua análise. Mas acho que não vai ter tanto arábica assim. Podemos ter surpresas.
RODRIGO CORREA DA COSTA

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/03/2017

Olá Sr.Carlos Alberto,



Obrigado pelo seu comentário.



De antemão lhe informo que todos os meus comentários/análises refletem a minha opinião individual, baseada nas minhas percepções filtrando um pouco com a percepção do mercado e o impacto que tem nas bolsas e físico - não há "jogo" nem interesse algum envolvido, mas sim uma boa disposição de compartilhar informações e minhas leituras.



Com relação a minha observação, no texto, foi referente ao eventual impacto que possa ter nos preços, levando em consideração o diferencial com as cotações de bolsa.



De uma forma simplificada eu quis dizer que se o Brasil autoriza a importação a bolsa tende a subir pois o nosso país entrando como comprador de café no mercado internacional poderia diminuir os estoques disponíveis lá fora.



O resultado seria refletido de alguma forma nos preços locais, descontando o "diferencial", claro. Se por outro lado o Brasil não compra café de fora, a bolsa não tem este "comprador" adicional, e não tem o efeito positivo, imediato, para as cotações.



Apenas como um comentário adicional, a nossa cafeicultura é a mais eficiente e moderna no mundo, de forma que não vai acabar, muito pelo contrário.



Um abraço,

Rodrigo
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO COSTA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/03/2017

Sr. Rodrigo Correa da Costa o senhor disse que com aumento do fluxo de importação e exportação do nosso café, no nosso caso importação de conilon do Vietnã, poderia até aumentar o preço do nosso produto no mercado interno. O senhor está muito enganado e fazendo o jogo do industrial pois a partir das primeira entrada de café do exterior, as porteiras se abrirão e nada mais segurará a entrada de todos os tipos de café de fora, acabando com isso toda a Cafeicultura Brasileira.

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