NY finalizou as operações desta terça-feira registrando alta, a posição maio trabalhou o dia todo em campo positivo atingindo máxima 500 pontos. Segundo a corretora Mellão Martini, compras de especuladores e coberturas de posições vendidas elevaram as cotações, a valorização de outros mercados de soft commodities, bem como do petróleo e do ouro deram sustentação para as cotações. Outra notícia que contribuiu para a melhora nas cotações, foi que o banco de investimento Goldman Sachs elevou sua previsão para os preços do café daqui a 12 meses, de 130 para 170 cents/lb. "Acreditamos que a oferta de café ficará apertada devido ao crescimento da demanda, dificultando o reabastecimento dos estoques a partir dos níveis baixos atuais" disse o banco em relatórios, informou a Mellão Martini, com a Dow Jones.

O mercado passa por um processo de consolidação com suportes em 129,65 - 128,05 e 128,85 cents/lb, que são importantes para a continuidade da recuperação, destaca Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros.

Os contratos para maio/08 fecharam a 132,65 cents/lb (R$ 304,15/sc), alta de 390 pontos (+3,03%). O vencimento set/08, cotado a 137,55 cents/lb (R$ 315,39/sc), registrou a mesma alta em pontos, 390, valorizado 2,92%.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


Dólar

O dólar compra fechou em queda de 0,38%, cotado a R$ 1,733. O comercial também apresentou baixa, segundo o InfoMoney, refletindo o clima mais otimista nos mercados, que desde segunda-feira apresentam ânimo mesmo diante de indicadores preocupantes da economia norte-americana.

A confiança do consumidor dos Estados Unidos, de acordo com o InfoMoney, marcou expressivo recuo. Ao mesmo tempo, previsões ainda mais profundas acerca das perdas contábeis dos grandes bancos internacionais ganham espaço com as projeções do Goldman Sachs.

A divisa, que vem de três altas seguidas, chegou a ser influenciada pela instabilidade dos mercados e reduziu as perdas no meio da tarde, mas terminou firme em trajetória de queda - considerada predominante por muitos economistas.

Ainda segundo o InfoMoney, na opinião de Sidnei Nehme, da NGO Corretora, "a tendência do preço da moeda americana, considerando o cenário predominante, ainda é de depreciação, posição que os bancos ratificaram no boletim Focus, ao manter a projeção de R$ 1,75 para o final do ano".

Na reta final da jornada, o Banco Central brasileiro voltou a atuar no câmbio com suas operações no mercado à vista. O leilão de compra, segundo o Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais), teve início às 15h43 e terminou às 15h53. A taxa aceita ficou em R$ 1,7342.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Mercado do robusta

Londres apresentou ligeira recuperação nos preços, nesta terça-feira. Os contratos para maio/08 fecharam a US$ 2.308/ton (R$ 240,03/sc), alta de 14 pontos (+0,61%). Set/08 fechou a US$ 2.282/ton (R$ 237,32/sc), valorizado 44 pontos (+1,97%).

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

Na BM&F os contratos fecharam em alta, com volatilidade um pouco menor do que o registrado no dia anterior (tabela abaixo). O vencimento maio/08 fechou a US$ 158,95/sc (R$ 275,51/sc), variação positiva de US$ 3,90/sc (R$ 6,76/sc), com 32 contratos negociados e 2.230 em aberto. Com maior liquidez, set/08 teve 1.521 contratos negociados e 26.104 contratos em aberto. A cotação, neste vencimento, fechou a US$ 164,50/sc (R$ 285,13/sc), valorização de US$ 3,55/sc (R$ 6,15/sc).

Foram negociados 705 contratos de opções nesta terça-feira.


Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Mercado físico

Os preços no mercado físico registraram alta frente a melhora nas bolsas de futuro. O indicador Esalq-arábica valorizou R$ 8,23/sc, cotado a R$ 255,59/sc. O indicador para conilon fechou a R$ 224,35/sc, alta de R$ 5,57/sc.

Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

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Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint