Os preços futuros do café robusta fecharam em queda na LIFFE, Londres, pressionados por movimentos de realização de lucro, segundo analistas ouvidos pela agência Dow Jones. Conforme dados preliminares do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações brasileiras de café encerraram o mês de agosto com um volume 7,9% maior em relação ao mesmo período de 2007. De acordo com a Bloomberg, os embarques somaram 1,64 milhão de sacas até o dia 29 de agosto, acima dos 1,52 milhão de sacas de agosto do ano passado.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o recuo dos preços na bolsa de Londres refletiu principalmente a forte queda do petróleo diante do enfraquecimento do furacão Gustav na costa dos Estados Unidos. As bolsas americanas de commodities estiveram fechadas devido à comemoração do Dia do Trabalho. Segundo analistas, os mercados devem reabrir pressionados pelo petróleo nesta terça-feira. De acordo com o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 1,644 nesta segunda-feira.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o InfoMoney, o dólar comercial encontrou fôlego para fechar em alta pela terceira sessão consecutiva, no embalo da valorização das commodities e no pessimismo que predominou sobre a renda variável global. A segunda-feira não contou com a referência dos mercados dos Estados Unidos, tendo reduzido o volume de negócios neste início de semana.
"A Bovespa operou no vermelho por todo o dia, o que inibiu o fluxo de capital financeiro externo ao país. Os negócios foram pautados predominantemente pelo recuo nos contratos de commodities. Além disso, a queda das matérias-primas também é tida como fator que impulsiona o valor do dólar frente às principais divisas de referência. A moeda norte-americana valorizou-se frente à libra esterlina e ao euro", publicou o site.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
A bolsa de mercados futuros de Londres recuou 73 pontos nos contratos com vencimento em setembro, cotados a US$ 2.223/t, equivalentes a R$ 219,26/sc. Para dezembro, variação de -3,81% (89 pts), empurrou a cotação para US$ 2.247/t, ou R$ 221,63/sc. Em relação à segunda-feira passada, a desvalorização acumulada para setembro é de 2,11%.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
Na BM&F, Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, os contratos de café também finalizaram a sessão em baixa. As perdas foram de US$ 2,00 para a posição setembro, que terminou a US$ 177,90/sc (R$ 292,45), e de US$ 2,55 para dezembro, com os contratos cotados a US$ 175,10. Em reais, temos R$ 287,85/sc. No mês de agosto, entretanto, os contratos com vencimento para setembro acumularam valorização de 9,45%.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 268,00, R$ 2,00 a menos que no dia anterior. O indicador Cepea/Esalq caiu R$ 0,63, terminando o dia a R$ 257,62/sc. Em Franca, São Paulo, o preço da saca foi de R$ 268,00.
Nas praças de Patrocínio e Araguari, em Minas, a safra nova foi negociada a R$ 260, enquanto que em Caratinga, o preço foi de R$ 250. O café despolpado de Vitória da Conquista/BA foi comercializado a R$ 260,00/sc, R$ 5,00 de desvalorização.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. O indicador diário à vista do Cepea/Esalq cedeu 0,70%, cotado a R$ 213,82, mesmo valor de segunda-feira passada.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Julio Frare, Equipe CaféPoint
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
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