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Fluxo melhora com novas altas

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 21/12/2009

4 MIN DE LEITURA

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Comentário semanal - 14 a 18 de dezembro de 2009

Uma leve turbulência nos mercados foi provocada nesta semana após a deterioração do viés da dívida da Grécia por uma das agências de crédito, e por uma maior preocupação com as contas da economia espanhola.

Com a proximidade das festas de final de ano, os investidores correram para proteger parte dos ganhos de 2009, comprando o dólar americano e liquidando algumas posições de risco.

O dólar também foi ajudado pelas declarações do banco central americano de que vai manter o cronograma de enxugar parte de liquidez do mercado a partir de fevereiro de 2010. Com medidas que causarão menos liquidez, a manutenção da frase de que as taxas de juros permanecerão "excepcionalmente baixas por um período de tempo extendido" foi deixada para segundo plano.

Com a perspectiva de que as economia americana melhorará em 2010, sendo que alguns investidores também crêem que há risco de inflação e outros acreditam em uma demanda mais aquecida por matérias-primas, os fundos continuaram comprando mais contratos de commodities, ajudando inclusive o café a fazer uma nova alta no ano.

O café em Nova Iorque negociou a US$ 149.50 centavos por libra-peso, o maior nível desde agosto de 2008 - apesar do Euro ter desvalorizado quase 2% durante a semana. A performance foi estimulada inicialmente pelo suporte provido pela indústria, que não quer passar o ano com uma cobertura (ainda) menor, e em um segundo momento pela entrada de mais dinheiro no mercado por parte dos fundos de investimento.

Com novas posições sendo compradas por especuladores, as origens aproveitaram para fazer suas "vendas de Natal", incrementando suas fixações nos futuros e movimentando mais café no mercado físico.

Nova Iorque parece só não ter conseguido romper os US$ 150.00 centavos, primeiro em função de Londres estar muito largado (com a arbitragem saindo a US$ 85 centavos por libra de desconto contra o arábica), segundo por causa da cautela provocada pela notícia da Grécia, e finalmente pela leitura negativa do atraso de pagamento do governo brasileiro aos produtores que entregaram café no primeiro tranche do plano de opções.

Os baixistas crêem que com a dificuldade que muitos fazendeiros brasileiros tiveram em aprovar a qualidade do café entregado, e agora a incerteza de quando serão pagos pelo café entregue, fará com que o exercício dos vencimentos das opções de Janeiro e Fevereiro tenha um volume ainda menor do que ocorreu com os primeiros 1 milhão de sacas. Em resumo seria muito mais positivo ver o governo tirar todas as 3 milhões de sacas do mercado do que deixar o café por aí para ser negociado.

A puxada do terminal também permitiu uma movimentação razoável no mercado FOB, tanto para as origens de América Central, África e Ásia, como para o Brasil. Com relação ao último, circulou no mercado que foram negociadas mais de 200 mil sacas com US$ 25 centavos de desconto para embarque no segundo semestre de 2010. Como referência, a arbitragem de setembro BM&F contra a setembro ICE chegou a abrir até a 20 centavos de dólar por libra-peso.

Já os cafés lavados continuam escassos, e os compradores de plantão não conseguiram encontrar volume para tudo o que estavam procurando. Do lado do robusta andou saindo mais café, com a crescente disponibilidade ocasionada com a colheita no Vietnã atingindo 80%.

Durante a semana foi divulgado a 4ª estimativa de safra brasileira de 2009/2010 pela CONAB. Segundo o órgão, o Brasil produziu 10.6 milhões de sacas de conillon e 28,87 milhões de arábica, perfazendo um total de 39.47 milhões de sacas. O número oficial é baixo se comparado com o que os agentes-privados do mercado acreditam - algo em torno de 43 a 45 milhões de sacas.

Para a curta semana que se inicia, o volume de negócios deve ser mais fraco, já que vários traders estão entrando em recesso para as festas de final de ano. O mercado mais vazio pode significar mais volatilidade. Aqueles que precisam comprar café devem estar disponíveis nos seus celulares caso apareça alguma mosca semi-morta (já que morta parece difícil se encontrar).

Os investidores esperam que os os preços fiquem de lado ou subam, para que não tenham que devolver parte dos ganhos que têm em seus livros.

O receio fica por conta do que acontecerá com o dólar americano.

Vale ressaltar que o contrato de café em Nova Iorque está negociando acima de 100.00 centavos de euro por libra-peso, nível que normalmente é caro para a principal região consumidora de café no mundo, e que por consequência não costuma durar muito tempo. Os altistas descordam dizendo que a situação agora é diferente com a falta de café-lavados, mas não se esqueçam que este problema pode ser descontado via diferencial, não necessariamente via o flat-price (bolsa).

Importante observar a performance do real com o nervosismo no mercado de títulos soberanos.

Ainda com relação a moeda brasileira, o Roubini disse que a mesma está sobre-valorizada se comparada com os fundamentos de longo-prazo da economia do país, que requer reformas importantes. Como no ano que vem o Lula tentará eleger sua sucessora, parece pouco provável crermos que o presidente ou o congresso terá tempo em promover mudanças estruturais necessárias.

Para finalizar vou destacar que vimos nesta semana fundos comprarem mais opções de compra (calls) bem fora do dinheiro (175.00) contra o mês de março, além de bull-fences e call-spreads. A puxada dos preços e o volume de calls compradas, fizeram com que a volatilidade implícita subisse 1.5%, para em torno de 35%.

Se o dólar não ficar oscilando muito, e se não despejarem muito dinheiro no mercado, continuaremos vendo os preços oscilando dentro do novo intervalo de US$ 140.00 a 150.00 centavos.

Aproveitamos para desejar a todos um ótimo Natal (ou feriado), informando que a ICE fechará 1 hora mais cedo no dia 24, às 13:00 horas horário de NY, e não vai funcionar no dia 25.

O último relatório de café do ano de 2009 será no próximo final de semana.

Tenham todos uma ótima semana e muito bons negócios.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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