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Estrutura e diferenciais mais fracos

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 03/11/2010

3 MIN DE LEITURA

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Comentário semanal - 01 a 05 de novembro

O G-20, grupo das 20 maiores economias do planeta, fez um compromisso no último final de semana de evitar maiores desvalorizações da moeda de cada um dos membros. Porém na prática o que se vê é o contrário, já que o yuan chinês voltou a desvalorizar - coincidência ou não o premiê do país disse que uma valorização de 20% a 40% causaria desemprego e transtorno social - e há rumores de que o Brasil pode incrementar ou criar mais taxações para a entrada de capital externo caso o real volte a firmar (sem falar da Coréia e da África do Sul).

O governo brasileiro tem a difícil situação de tentar segurar a valorização do real, que atrai investidores famintos pelos altos juros do país, que está entre os maiores do mundo. Por sinal o mercado de bonds dos países emergentes estão bem inflados, e tem gente achando que este será a próxima bolha - cuidado aqueles que estão agressivos na tomada de recursos em dólar no médio/longo. Uma mudança eventual de governo poderia causar uma desvalorização, dado que o investidor em geral não gosta de novidades, mas as pesquisas mostram que isso é pouquíssimo provável.

Para finalizar o comentário macro, os mercados estão em tom de espera da reunião que acontece na nesta semana do FED (banco central americano) para saber o tamanho das novas medidas de expansão monetária, motivo pelo qual o índice do dólar (cesta de moedas contra a americana) não oscilou tanto.

O café teve uma semana agitada, com performances que enganaram os altistas e os baixistas em dias distintos. O fechamento da semana e do mês de outubro acabou trazendo mais compras de fundos e assegurou ganhos nos últimos 5 dias de US$ 6.08 por saca em Nova Iorque, US$ 7.74 em Londres, e US$ 4.50 em São Paulo.

O mercado físico teve bom giro, muito embora os altos preços da bolsa e da saca de café exigem linhas de crédito maiores, e para complicar há os atrasos dos embarques no Brasil que prejudicam fechar o ciclo das operações de financiamento. Parece que há algo próximo de 500 mil sacas prontas para serem embarcadas, mas o alto fluxo de exportação do açúcar ensacado, que usa contêineres, tornou escasso não só os próprios contêineres, como também espaço nos navios.

Apesar da ginástica dos exportadores brasileiros para gerenciar seus fluxos de caixa, os diferenciais abriram mais na semana, com notícias de negócios a largos 33 centavos/lb de desconto para o sweedish. Nas outras origens também se vê um barateamento dos diferenciais, com Colômbia negociando o seu café mais fino (Supremo) a 32 cents acima de NY, e o 2º linha (UGQ) negociando nas mínimas vistas no começo de 2009, ou 25 cents acima da bolsa. Ainda falando de Colômbia ouvimos que andou saindo bons volumes de negócios para embarque imediato e para o primeiro trimestre de 2011, ou seja está começando a aparecer mais café.

O clima no Brasil continua favorável para o desenvolvimento dos pés de café, e algumas fontes começam a mencionar que a safra 11/12, embora menor, pode ser do mesmo tamanho da 2009/2010 - logo, logo alguém vai reclamar destas "previsões-prematuras".

Outro fator que pode ser lido como baixista é o enfraquecimento da estrutura da bolsa de Nova Iorque, principalmente do spread de Dezembro / Março. Como os fundos tem uma posição comprada grande, e uma boa parte ainda está no contrato de dezembro, eu creio que poderemos ver este spread enfraquecer pelo menos para uns US$ -2.50 centavos, o que ajuda aqueles que carregam estoques.

No robusta, a subida do terminal também provocou um barateamento dos diferenciais, que negociaram a US$ 120 por tonelada de desconto contra a bolsa.

Com o efeito de sustentação do final do mês neutralizado, fundos com uma posição próxima das máximas recentes, e com mais disponibilidade de café, poderemos ver uma tomada de lucro no mercado futuro, o que poderia trazer Nova Iorque para baixo de US$ 190.00 centavos por libra.

Os altistas discordam e apontam a necessidade de compra da indústria e dos dealers como o principal motivo para duvidar da baixa, assim com uma limitação no volume de vendas provocados pelo aperto de caixa.

A volatilidade implícita mais alta indica para uma nova alta ou uma queda forte, mas não para um mercado negociando por muito tempo próximo de US$ 200.00 centavos por libra.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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