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Café despenca em liquidação de commodities

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 24/04/2017

3 MIN DE LEITURA

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As principais bolsas de ações fecharam a semana de lado ajudadas nos Estados Unidos por especulações sobre a votação da reforma do sistema de saúde e declarações mais assertivas do secretário do tesouro em levar a pauta de ajustes de impostos para o congresso até o fim deste ano.


Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora
Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora


Os investidores estão de olho nas eleições francesas já que as pesquisas apontam uma indefinição com riscos para os mercados caso Marine Le Pen seja a escolhida.

O índice do dólar, DXY, recuperou na sexta-feira após a retomada do ânimo sobre as expectativas americanas e os principais índices de commodities sofreram uma queda acentuada, com destaque para as perdas das matérias-primas energéticas e a chamadas softs, que inclui o café.

O contrato de arábica da ICE depois de romper resistências técnicas na terça-feira e em parte da sessão na quarta-feira acabou despencando e acumulando perdas de US$ 8.35 centavos por libra em cinco dias, ou para ser mais enfático US$ 13.50 centavos da máxima de quarta-feira para o fechamento de sexta-feira.

Londres não ficou muito para trás com a queda de US$ 183.00 por tonelada na semana, preocupante para um mercado que tem os fundos bem comprados no contrato de robusta.

A falha do café foi provocada por uma liquidação geral das commodities, mas também tem como ingredientes a posição dos fundos estar mais comprada do que se esperava nos dois últimos relatórios do CFTC e como pano de fundo fundamental o crescimento dos estoques de café americanos para o mais alto patamar desde 1994.

Soma-se ainda o Brasil, o Vietnã e a Colômbia exportando volumes significativos de café, com o primeiro surpreendendo quem acreditava em embarques menores e, portanto, faz com que os torradores diminuam o interesse de compra, gerando o resultado que vimos no terminal.

A queda do Real também contribui, haja vista a existência de fundos de algoritmo que vendem café e açúcar quando a moeda brasileira desvaloriza – e compram quando aprecia.

Estimativas de safra do Brasil assim como quanto que já foi pré-comercializado da produção de 2017/2018 acabam ficando em segundo plano em um momento que sazonalmente o consumo no hemisfério norte é menor e os inventários no destino são crescentes.

Uma outra percepção importante, que colhi aqui em Seattle na impressionantemente enorme feira de café especiais da SCAA, é a de que o consumo de cafés comerciais nos Estados Unidos não tem crescido, segundo a opinião de alguns, parcialmente em função do crescente consumo de cafés especiais via mono-dose ou formas que causam menor desperdício.

Fato é que o estrago no curto prazo está feito e uma recuperação do terminal pode ser mais lenta do que se imagina caso não haja qualquer novidade climática. Digo isto pois os fundos na última terça-feira tinham aumentado suas compras no mercado e pelo jeito apenas começaram a liquidar uma parte do que estão long, ou seja, eles ainda podem vender o que não conseguem segurar, por disciplina, e os fundos de sistema certamente vão adicionar novas vendas depois da paupérrima performance dos últimos três dias.

Nos mercados físicos das origens o efeito claramente é de aperto dos diferenciais e negociações menores entre comerciantes, produtores e exportadores.

Por outro lado, entrar vendido em Nova Iorque nestes níveis não é aconselhável, dado o quadro de equilíbrio da oferta e consumo mundial e perspectiva da produção brasileira ser menor.

Creio que tão logo os fundos “cansem” de vender então dará uma boa oportunidade para montar proteções de alta e aproveitar para cobrir necessidades futuras entre os torradores, mas por ora é preciso de paciência entre os altistas.

O ajuste do contrato de Julho17 no menor nível desde junho de 2016 ajuda os baixistas, que torcem para o terminal romper US$ 131.40 centavos por libra e eventualmente continuar a trajetória, no gráfico, para as mínimas de maio daquele ano, que foi US$ 122.80 centavos por libra.

Claro que podemos ver correções da queda acentuada recente, mas para apagar a péssima performance precisamos ver Nova Iorque acima de US$ 140.00 centavos novamente.

Uma ótima semana a todos e bom regresso aos que vieram à Seattle,


*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

RODRIGO CORREA DA COSTA

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ALEXANDRE CASTRO CAMBRAIA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/05/2017

Fazer o quê? Parem de ser escravos dos exportadores e da indústria!!!! Torrem e comercializem sua própria produção!!! Ainda sonho em ver o Brasil exportando 0% commodities e 100% de produtos alimentícios industrializados...prontos para o consumo!!! Se não podemos contra eles...juntemo- nos a eles...ou copiamos...sua receita de sucesso!!!
ALEXANDRE CASTRO CAMBRAIA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/05/2017

uan Faria magalhaes dos Santos

Cabo Verde - Minas Gerais - Produção de café

postado em 24/04/2017

Só sei que isso ta acaba do com os produtores





renato Roncetti

Afonso Claúdio - Espírito Santo - Produção de café

postado em 25/04/2017

estamoas no inicio da colheita, e umas noticias  como essa cai como uma bomba para os produtores,mas fzr oque



Esses dois comentários dizem tudo. Somos ou não somos SOFREDORES RURAIS? Eis as palavras do próprio produtor como prova...

Em outra notícia aqui no site cafepoint,  pede-se aos produtores que parem de plantar café...

Que tal pedirem aos políticos e empresários multimilionários desse país e seus respectivos laranjas...que parem de lavar dinheiro das propinas e negociatas excusas plantando café e comercializando a preços não renumeradores... Destruindo toda cadeia produtiva e empobrecendo o VERDADEIRO PRODUTOR???( Sofredor)
ALEXANDRE CASTRO CAMBRAIA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/05/2017

  "Ainda esta semana uma liderança das indústrias brasileiras de torrefação declarou que o abastecimento de café verde para o setor é crítico. O abastecimento é crítico, mas os preços caem".  Ainda bem que os estoques públicos estão se esgotando...pois os leilões de venda realizados pelo governo este ano só serviram para despencar os preços ainda mais!!!

Gente, produtor rural é burro, trouxa, escravo do mercado e dos 4 ou 5 grandes players que controlam precos e dominam o mercado mundial, todos bilionários ao custo do nosso suor e do nosso trabalho... Produtor rural deveria se chamar Sofredor Rural. Não entendo como a classe pode se conformar com preços na casa dos 490 reais...quando eu mesmo vendi café a 6 anos atrás (2011) por 560 reais... Ora, se os custos como salários, energia, combustível, insumos todos subiram vertiginosamente durante todos esses anos...como fazer para se obter o mesmo resultado?

Por favor me digam qual indústria, comércio, serviço, qual empresa de qualquer área ou setor que sobrevive tendo todos seus custos aumentados...e o preços de seus produtos e/ou serviços reduzido? Qualquer comerciante que tem seu custo aumentado repassa os preços ao consumidor. Nós somos os únicos trouxas do mundo no qual o cliente é que  determina o preço que vai pagar no nosso produto!!!? :(  Não sei sinceramente como a cafeicultura sobrevive assim... Sinceramente cansei de ser Sofredor Rural...resolvi partir pro lado da indústria e torrar e comercializar minha própria produção... Cansado de ver os outros colocarem defeitos no meu café e rebaixarem o preço do meu café, que hoje eu sei, é top de linha...Fui finalista do concurso de cafés especiais da Emater 2016 , o que corrobora tudo o que os compradores alegam na hora da venda...o café está verde, está desigual, café de chão, etc...etc...jogando o preço lá embaixo para na venda/exportação ficarem com todo nosso lucro.

A cafeicultura está insustentável nesse país, a maioria das grandes fazendas de café que conheço são de empresários milionários que de tanto lucrar em negociações escusas com o governo em outras áreas ( como a construção civil) resolveram apostar na cafeicultura e " brincar" de produzir café com investimentos milionários para lavar dinheiro...  Tem muito político, e seus amigos laranjas lavando dinheiro das propinas e negociatas excusas em seus negócios na cafeicultura... Esses não precisam de política de  preços justos e renumeradores...não estão nem aí para o lucro e sustentabilidade de seus negócios....então me expliquem como o mero pobre, humilde e simples pequeno ou medio produtor ( Sofredor) rural pode sobreviver em um mercado assim?
RENATO RONCETTI

AFONSO CLAÚDIO - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/04/2017

estamoas no inicio da colheita, e umas noticias  como essa cai como uma bomba para os produtores,mas fzr oque
LUAN FARIA MAGALHAES DOS SANTOS

CABO VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/04/2017

Só sei que isso ta acaba do com os produtores

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