Segundo a Mellão Martini, o movimento de alta em NY nesta quinta-feira foi marcado por especulações climáticas, com a possível chegada de uma massa polar nas zonas produtoras de café do Brasil nas próximas duas semanas.
A comercialização da safra de café 2007/08 (julho/junho) do Brasil está em 97% do total. O dado faz parte do levantamento mensal da Agência Safras, com base em informações colhidas até 31 de maio. O ritmo dos negócios está acima de igual período de 2007, quando 88% da safra 2006/07 estava comercializada. A comercialização também está avançada em relação à média para o período, que é de 91%. Com isso, já foram comercializadas 35,93 milhões de sacas, tomando-se por base a estimativa da Agência, de uma safra 2007/08 de café brasileira de 37,1 milhões de sacas.
As exportações brasileiras de café em grão e solúvel atingiram US$ 316 milhões em maio, com recuo de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Em volume, os embarques ficaram em 1,938 milhão de sacas, recuo de 23,4% sobre maio de 2007. O atraso na colheita da atual safra ampliou a entressafra, justificando as quedas, informou reportagem do jornal Gazeta Mercantil. No acumulado de 2008, os embarques caíram 5,5% - 10,9 milhões de sacas - mas a receita cresceu 14,2%, totalizando US$ 1,7 bilhão.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o InfoMoney, o dólar comercial encerrou em leve baixa nesta quinta-feira, 5 de junho, numa sessão marcada por perspectivas distintas. A moeda renovou seu menor patamar desde 20 de janeiro de 1999. O mercado cambial repercutiu a decisão do Banco Central, anunciada na véspera, de elevar em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juro do País, a Selic, para 12,25% ao ano. Dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central já mostravam um aumento das saídas de dólares do país.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
Em Londres, a quinta-feira permitiu a recuperação parcial das perdas da última terça, fechando em alta de 54 pontos para a posição Julho/08, que encerrou o dia a US$ 2.268/t ou R$ 221,18/sc. Setembro, com +51 pts, terminou a sessão a US$ 2.266/t ou R$ 220,99/sc.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo também fechou a quinta-feira em alta. A posição Julho/08 registrou + US$ 2,70 no encerramento da sessão e atingiu US$ 163,55/sc. Setembro, com + US$ 3,05, encontrou estabilidade a US$ 166,40/sc.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 254,00, com valorização de R$ 7,00. O indicador Cepea/Esalq, também em alta, registrou R$ 256,72/sc, 2,33% de valorização.
O café despolpado de Vitória da Conquista seguiu a R$ 245,00/sc. Para as praças de Franca/SP, Caratinga e Patrocínio (MG), a safra nova esteve cotada a R$ 250,00/sc, enquanto que em Araguari, a R$ 255,00, com preços estáveis em relação ao dia anterior.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril. O indicador Cepea/Esalq permanece praticamente estável, cotado a R$ 210,33/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
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Julio Frare, equipe CaféPoint