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Ferrugem e cercosporiose no cafeeiro

POR NECAF

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 19/08/2014

2 MIN DE LEITURA

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Por José Roberto M. Filho, graduando em Agronomia - Dag/Ufla

A ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro causam grandes perdas na produção, devido à desfolha intensa que ocasionam às plantas, especialmente, naquelas com carga pendente alta. O controle simultâneo destes fungos é normalmente realizado com a aplicação de fungicidas no solo e nas folhas.

Ferrugem do cafeeiro
 
A ferrugem do cafeeiro é uma doença foliar que, inicialmente, causa manchas cloróticas translúcidas com 1-3 mm de diâmetro, observadas na face inferior do limbo foliar. Em poucos dias, essas manchas crescem, atingindo 1-2 cm de diâmetro. Na face inferior, desenvolvem-se massas pulverulentas de coloração amarelo-laranja, formadas por uredósporos do patógeno que, quando coalescem, podem cobrir grande extensão do limbo. Na superfície superior da folha, aparecem áreas descoloridas, de tonalidade amarelada, que correspondem às regiões infectadas na face inferior. Ocasionalmente, o fungo pode atacar a extremidade do ramo em desenvolvimento e frutos verdes. Na plantação, o sintoma mais notável é a desfolha das árvores, que pode provocar o retardamento do desenvolvimento de plantas jovens, ou sinais de perecimento de plantas velhas, com comprometimento da produção. A desfolha ocorrida antes do florescimento interfere no desenvolvimento dos botões florais e na frutificação. Por outro lado, a perda das folhas durante o desenvolvimento dos frutos leva à formação de grãos anormais e frutos com lojas vazias, afetando sensivelmente a produção.

Cercosporiose
 

A Cercosporiose apresenta sintomas nas folhas e nos frutos. Com a desfolha devido ao fungo, as folhas ao cair podem disseminar o fungo para os frutos, causando perda na produção e reduzindo a qualidade da bebida (Garcia, 20020). Nas folhas as lesões são mais ou menos circulares, com 0,5 a 1,5 cm de diâmetro, de coloração pardo clara, com o centro branco-acinzentado, com um anel arroxeado ou amarelado em volta da lesão, o que lhe confere a aparência de um olho (CHUPP, 1953). Ainda segundo Carvalho e Chalfoun (2006) podem ocorrer variações nos sintomas, como a ausência do halo amarelado, denominada em algumas regiões como "Cercospora negra", o que pode estar relacionada com outra raça do fungo.

Medidas culturais são muito importantes para o controle da doença, inicia-se os cuidados já no preparo das mudas, com substrato bem adubado e viveiro instalado corretamente, recomenda-se já no viveiro o controle químico, antes da aclimatização. Chalfoun e Carvalho ressaltam que "Em lavouras adultas, a nutrição deficiente e desequilibrada, solos argilosos, arenosos ou compactados, sistema radicular deficiente e pião torto são fatores que favorecem o desenvolvimento da cercosporiose. Trabalhos de pesquisa mostram que, principalmente a deficiência de nitrogênio predispõe as plantas de café ao ataque do fungo. As condições de solo e de sistema radicular estão indiretamente relacionadas com a intensidade da doença e diretamente com a nutrição das plantas, condicionando o desenvolvimento do fungo".

Estudos mostram que combinações de fungicidas/inseticidas via solo com aplicações foliares feitas com fungicidas dos grupos dos triazóis, estrobilurinas ou cobre, mantém controle eficiente de ferrugem e cercosporiose. Deve-se ressaltar que as mudas de qualidade são fundamentais para a formação de lavouras saudáveis.

Mais detalhes em:
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cafe/CultivodoCafeRobustaRO/doencas.htm
https://www23.sede.embrapa.br:8080/aplic/cafenews.nsf/vwnoticias/7CF8657116E8B75B83257236007401DB
Matiello, J. B.; Garcia, A. W. R.; Almeida, S.R. (2006) Adubos, corretivos e defensivos para a lavoura cafeeira. Varginha – MG. p. 54-55. 

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MATHEUS FELIPE DOMINGOS

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 14/01/2019

A mina lavoura ta com a folhagem amarelado td completamente ai cai e depois fica so os galhos, E secam o q é?
JOSE ROBERTO MARQUES FILHO

CARMO DO RIO CLARO - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 27/08/2014

Utilizando manejo integrado de doenças, fazendo amostragem dos talhões e verificando o nível de ferrugem de outubro a novembro, caso este esteja maior que 5% de infestação, entrar com controle químico, utilizando fungicidas dos grupos dos triazóis e estrobilurinas. Evitando que estas doenças se proliferem e atinja níveis altos de incidência provocando difícil controle.
CLAUDINEI

PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/08/2014

José Roberto,



Gostei da sua matéria,pois é de muita importância o assunto na minha região zona da mata temos muitos prejuízo com o ataque da ferrugem e cercosporiose,gostaria se possível de uma resposta sobre como posso combater estas com eficiência,

obrigado.
CLAUDINEI

PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/08/2014

Olá Udson,



Estou vendo  que a sua lavoura esta com controle em dia e com uma estimativa de boa produção para 2015 parabéns.Pois bem, tenho dificuldade com o controle da ferrugem e a cercosporiose gostaria que você me indicasse como posso controlar com aplicações no tempo certo e qual produto você tem usado, valeu obrigado.
UDSON EDUARDO HERZOG

ITABELA - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/08/2014

Temos uma região muito favorável a estas doenças, em Itabela no sul da Bahia, o que tenho feito para não ter problemas significativos, é controlar no inicio da safra com aplicação foliar, pois durante a safra é muito corrido e quando se percebe já é tarde, no final da safra antes da poda, faço outra via folha, na pré florada outra na folha, depois faço no solo, e assim por diante.

Em uma lavoura de 1 ano e 10 meses feita com vergamento e clones melhorados da incaper, consegui produção de 65 sacos ha sem fazer ferti, a previsão para 2015 é em torno de 150 sacos com 2 anos e 10 meses de idade, ainda não tive prejuízos com ferrugem e cercospora, fazendo os tratamentos citados.

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