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Adubação de micronutrientes via foliar do cafeeiro

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 24/02/2016

3 MIN DE LEITURA

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Por Marina Chagas Reis – Graduanda em Agronomia/Ufla, Larissa Cocato da Silva –Graduanda em Agronomia/Ufla, Estevam Antônio Chagas Reis – Mestrando em Agronomia/Fitotecnia/Ufla

Os solos brasileiros são caracterizados pela baixa fertilidade, por isso é indispensável a realização das adubações nas lavouras de café, visto que a produtividade está intimamente relacionada com uma nutrição adequada. Sendo a adubação foliar complemento da adubação via solo.

As plantas demandam nutrientes essenciais para seu funcionamento e desenvolvimento, sendo que na falta de qualquer um deles a mesma não consegue completar seu ciclo. Esses nutrientes podem ser macronutrientes (N,P,K, Ca, Mg e S) ou micronutrientes (Fe, Mn, Cu, Zn, B, Mo, Cl, Ni e Co*), de acordo com a quantidade exigida pela planta. Esse fornecimento pode ser via solo ou via foliar. Abaixo, segue a tabela dos micronutrientes essenciais, suas funções e sintomas de deficiências.


Os micronutrientes embora sejam exigidos em menores quantidades, não são menos importantes, pois apresentam função específica nas plantas, não podendo ser substituídos. Usualmente o fornecimento desses nutrientes é feito através de pulverização foliar, havendo exceções de alguns que são mais eficientes via solo.

A aplicação via foliar é usada preferencialmente para os seguintes nutrientes: zinco, cobre, manganês, boro e ferro**. Embora o boro tenha maior eficiência quando fornecido via solo devido a sua imobilidade no floema, havendo a necessidade de suprimento constante, também pode ser fornecido via foliar. Entretanto, deve-se atentar a este nutriente, visto que há um limite estreito entre a concentração ótima e a toxidade à planta.

O número de pulverizações foliares varia de acordo com a necessidade da cultura, sendo usualmente de duas a quatro por ano agrícola. Aplicadas em grande parte juntamente com inseticidas, acaricidas ou fungicidas, dessa forma diluindo o custo operacional e otimizando as atividades da lavoura.

A aplicação conjunta deve ser realizada de forma correta, pois podem ocorrer reações indesejadas entre os fertilizantes e defensivos acarretando perda de eficiência dos mesmos.

A mistura entre micronutrientes também deve ser realizada atentando para possíveis inibições, visto que existem inibições competitivas como ocorre entre zinco e boro e não competitivas como entre zinco e cobre. Quando da ocorrência de inibição competitiva, deve-se realizar maior número de aplicações para suprir a demanda da cultura. Na ocorrência de inibição não competitiva, o aumento na concentração do nutriente de maior carência supre as necessidades.

Os efeitos residuais da adubação foliar são pequenos, dessa forma, exigindo maior frequência de aplicações. Um aspecto importante a ser destacado é a rápida resposta das plantas a essa adubação, sendo possível a correção de deficiências após seu aparecimento durante a fase de crescimento da cultura. Contudo, nestes casos, o rendimento da cultura já está comprometido.

A escolha do produto a ser utilizado deve levar em consideração a carência da planta através de análises foliares, podendo ser o uso de sais, cloretos, quelatos, óxidos ou carbonatos em separado com mistura de tanque ou formulações prontas de micronutrientes.

Vários fatores interferem na absorção foliar, dentre eles podemos citar os fatores internos a planta: idade da folha, estado iônico interno, estado fisiológico da cultura e permeabilidade da cutícula. E os fatores externos: molhamento da folha, temperatura e umidade relativa, luz, a própria solução, pH da solução, fonte do nutrientes, compatibilidade, disponibilidade de água no solo entre outros.

A utilização de condicionadores de calda pode favorecer a absorção dos nutrientes, visto que podem regular o pH da solução para o adequado, quebrar a tensão superficial das gotas de água, quebrar a camada de cera presente na cutícula foliar entre outros benefícios.

Abaixo, segue a tabela dos níveis de nutrientes em folhas de cafeeiros:


Estes níveis nutricionais adequados podem variar em relação à fase fenológica da cultura, bem como da região onde a lavoura está implantada, havendo necessidades diferentes.


*Essencial a leguminosas, devido à fixação biológica de nitrogênio.
**Adubação foliar com ferro não é recomendada com frequência, apenas em condições especificas devido às condições ambientais e/ou características de solo.

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CARLOS

EM 27/02/2018

tem q ter tecnologia se não já viu custo mais baixo..
EMERSON COSTA MACHADO

CARMO DO RIO CLARO - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 18/07/2017

No caso de produtos no mercado terem na composição (macro, micro, nutrientes) qual o risco para lavoura? 
RENATO ANTONIO STEFENONI

RIO BANANAL - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/02/2016

    Claudinei quanto ao inseticida não vejo problema,devemos evitar adubo foliar com fungicidas devido o mesmo (foliar) poder baixar o ph da calda.Espero ter ajudado.
ADELBER VILHENA BRAGA

CAMPESTRE - MINAS GERAIS

EM 26/02/2016

       Ótimo artigo!                                                                                                                                         

        

       Parabéns pelo trabalho e pela iniciativa...

       

       Abração!!!
CLAUDINEI

PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/02/2016

Bom dia,

Posso aplicar o foliar com inseticida sem comprometer a formula durante a pulverização?

Obrigado.
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/02/2016

Artigo esclarecedor, importante na atividade de extensionista junto aos produtores.
RENATO ANTONIO STEFENONI

RIO BANANAL - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/02/2016

    Excelente matéria ,vem nos esclarecer que os micros apesar da planta precisar em pequenas quantidades, se não forem fornecidos, vão limitar a produtividade mesmo quando fornecemos altas quantidades dos macronutrientes,precisamos dar a devida atençao pois quando um nutriente está baixo, todos os outros ficam nivelados pelo mais baixo.

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