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Seca de ramos do cafeeiro - parte I: principais causas

POR ANTONIO FERNANDO DE SOUZA

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 14/06/2007

6 MIN DE LEITURA

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Introdução:

Nos últimos anos, a seca de ramos tem se tornado um problema comum em lavouras de diversas regiões do país, o que vem chamando a atenção de muitos produtores e pesquisadores sobre causas e as principais medidas para evitar este problema. Pouca coisa tem sido encontrada neste sentido e poucas pesquisas comprovam de fato, qual(is) fator(es) exerce(m) maior importância. No artigo deste mês iremos citar os principais fatores envolvidos na seca de ramos e, em artigos posteriores, detalharemos o envolvimento de cada um deles.

A seca de ramos tem ocorrido com freqüência nas regiões cafeeiras do país em duas épocas principais:

- nos períodos de invernos chuvosos, que prolongam o ciclo vegetativo da planta, deixando as folhas novas mais sujeitas a ação do frio, dos ventos e da entrada dos microorganismos nas folhas e ramos do cafeeiro;
- na fase de granação dos frutos, quando os ramos carregados esgotam suas reservas, desfolham e secam.

O problema tem se tornado mais grave em lavouras novas com as primeiras produções, quando as relações, sistema radicular-parte aérea-quantidade de frutos produzidos, ainda não estão bem estabelecidas.

Os prejuízos diretos decorrentes da seca de ramos estão relacionados com redução na produtividade das lavouras devido à drástica redução da área produtiva; com o baixo rendimento dos grãos colhidos devido à presença de frutos chochos e mal granados e com a depreciação do tipo de café pela produção de grande número de grãos pretos e esverdeados, devido à seca dos frutos nas plantas antes mesmo deles atingirem o estágio de cereja.

Em algumas áreas a seca de ramos afeta pouco a produtividade do cafeeiro, mas em outras é tão grave que reduz consideravelmente a produção. Ela se torna mais evidente quando a planta está carregando uma boa colheita, porque os frutos se mantêm aderidos aos ramos por muito mais tempo que as folhas.

Como prejuízos indiretos, podemos observar deformações das plantas afetadas, depauperamento das plantas e redução drástica da longevidade da cultura, culminando em poda ou até mesmo abandono das lavouras. Além das perdas de produção, as plantas tendem a emitir mais ramos ladões e exigirem mais desbrotas. Em muitos casos é preciso antecipar a poda nesses cafeeiros. O custo de produção da propriedade também é aumentado devido à adoção de práticas de controle que não solucionam o problema.

Sintomatologia:

É um exemplo típico onde um sintoma tão bem definido pode ter uma multiplicidade de causas e o quadro sintomatológico exibido pela planta dependerá, em grande parte, do fator que está exercendo uma maior influência na seca de ramos.

Em geral, a morte de ramos tem sido observada em cafeeiros de todas as idades e causando prejuízos em todos os países produtores de café do mundo. Caracteriza-se inicialmente pelo amarelecimento, murcha, morte, escurecimento e queda das folhas presentes nos ramos apicais e laterais do cafeeiro. Pode ou não ocorrer a morte da gema apical dos ramos laterais e principais do cafeeiro.

A estes sintomas, segue-se a seca progressiva dos respectivos ramos, não raro até a sua base, os quais se tornam posteriormente enegrecidos. Por sua vez, os frutos atingidos paralisam seu crescimento, secam, escurecem e às vezes ficam presos aos ramos.

Figuras 1, 2 e 3: Sintomas iniciais de seca de ramos em Conillon.




Fotos: Enilton Santana - Pesquisador Incaper/ES

É também muito comum notar os sintomas conhecidos na prática por diversos nomes como "pescoço pelado", "pescoço de galinha" e "cinturamento". Em geral, os ramos laterais do terço médio da planta perdem as folhas, chegando a secar. As plantas assim desfolhadas apresentam um aspecto característico, com ramos do topo enfolhados de vegetação nova, o terço médio desfolhado e seco e a saia bastante enfolhada.

Quando a carga de frutos esgota as reservas nutricionais dos ramos do ponteiro, ocorre a desfolha e morte desses ramos. A desfolha dá à planta um aspecto bem característico: apresenta-se enfolhada até aproximadamente a metade ou dois terços da sua altura e a parte superior completamente seca. Os ramos do ponteiro podem até brotar, mas a vegetação nova não persiste caindo os brotos recém formados com três a quatro pares de folhas.

Se a intensidade de frutificação esgotar completamente a planta, tanto os ramos do ponteiro quanto da saia perdem as folhas e as plantas apresentam-se completamente secas. Com o passar do tempo ocorre redução na produção de frutos pela planta e aumento acentuado da bienualidade do cafeeiro, porque as plantas severamente desfolhadas num ano produzirão pouco no ano seguinte, se recuperam emitindo novas brotações e voltando a produzir bem na próxima safra, quando novamente reinicia o ciclo da seca de ramos. Em conseqüência disto, ocorre depauperamento das plantas na lavoura.

Figuras 4, 5 e 6: Aspecto de plantas de café arábica mostrando sintomas de seca de ramos.




Fotos: Antonio Souza

Em relação ao sistema radicular da planta pode ou não ocorrer morte de raízes.

Prováveis causas da ocorrência de seca de ramos no cafeeiro:

As pesquisas sobre o assunto apontam vários fatores que, agindo isoladamente ou em conjunto, têm sido responsáveis pela manifestação da seca de ramos do cafeeiro.

Normalmente, fatores fisiológicos, genéticos, ambientais, nutricionais e patológicos estão interagindo entre si, sendo praticamente impossível determinar aquele(s) fator(es) de maior importância, apesar de várias tentativas terem sido feitas visando classificar os diferentes tipos de seca de ramos de acordo com a sintomatologia observada.

Os pesquisadores que estudam a fisiologia das plantas afirmam que se trata de um distúrbio fisiológico devido à falta ou excesso de umidade no solo, à ação do frio, ao depauperamento da planta devido a uma carga de frutos excessiva ou ainda, devido aos transtornos fisiológicos causados pela ação de pragas e doenças ou escassez de algum nutriente.

Os pesquisadores que trabalham com doenças e pragas do cafeeiro, não admitem a exclusão da atividade direta de patógenos como Colletotrichum, Phoma, Pseudomonas garçae e Fusarium ou indiretas devido a desfolha causada pela ferrugem, mancha de olho pardo, mancha de ascochyta, nematóides ou bicho mineiro, como os principais agentes etiológicos envolvidos na morte de ramos do cafeeiro.

Outros pesquisadores atribuem aos desequilíbrios nutricionais pela pobreza dos solos ou insuficiência na adubação, ou ainda à falta de nutrientes no solo, como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, boro e zinco, como a principal causa da seca de ramos do cafeeiro, o que explicaria, a sua maior intensidade nos solos fracos e cansados ou nos cafezais mais velhos.

Mas existem outros fatores que contribuem para agravar seus efeitos como inverno chuvoso, variações de temperaturas, insolação excessiva associada a períodos de estiagem prolongadas, altitude elevada associada com ventos frios, chuvas de pedra, baixas temperaturas (geadas), raízes tortas, sistema radicular deficiente, camada adensada de solo, sulcos e covas pouco profundos, raios, queima por misturas de defensivos agrícolas, colheita por derriça e diversos agentes como bicho mineiro, ácaros e cigarras.

Como, então, controlar a seca de ramos do cafeeiro?

Esta é uma pergunta freqüente para a qual não existe uma resposta pronta, porque depende do entendimento de como cada um dos fatores acima influencia a seca de ramos do cafeeiro.

É muito comum ver os produtores aplicarem fungicidas visando o controle da seca de ramos do cafeeiro e o resultado obtido não é satisfatório. Será que se o problema da seca de ramos for devido ao excesso de frutos produzidos pela planta, a aplicação de fungicidas por si só, iria resolver o problema?

Se a mancha de olho pardo, por exemplo, estiver em alta incidência na lavoura induzindo desfolha e seca de ramos, devido a problemas nutricionais, exposição da lavoura ao excesso de insolação e compactação do solo, será que esta aplicação de fungicida irá resolver definitivamente o problema da seca se ramos na lavoura?

Logicamente que não. Quando estamos pensando em seca de ramos, temos que pensar em vários fatores atuando em conjunto e que uma única medida pode não ser suficiente para resolver o problema. Para isto, iremos abordar nos próximos artigos a influência de cada um dos fatores (fisiológicos, nutricionais, genéticos, patológicos, ambientais e culturais) envolvidos, tendo em vista a extensão do assunto.

Referências bibliográficas

RENA, A.B.; CARVALHO, C.H.S. Causas abióticas da seca de ramos e morte de raízes em café. In: ZAMBOLIM, L. (Ed.) Produção Integrada de Café. Viçosa: Departamento de Fitopatologia. 2003. pp.197-222.

RENA, A.B.; MAESTRI, M. Fisiologia do cafeeiro. Informe Agropecuário v.11, no 126. Belo Horizonte: 1985. pp.26-40.

ZAMBOLIM, L.; SOUZA, A.F.; ZAMBOLIM, E.M.; RENA, A.B. Seca de ramos do cafeeiro - Fatores bióticos e abióticos. In: ZAMBOLIM, L. (Ed.) Boas Práticas Agrícolas na Produção de Café. Viçosa: Departamento de Fitopatologia. 2006. pp.1-60.

ANTONIO FERNANDO DE SOUZA

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BRÁISIA ARIFA

GOIANÉSIA DO PARÁ - PARÁ

EM 06/11/2020

Bom dia! Tenho uma área de 1 ha com café conillon no Pará,sombreada com bananeiras, irrigada improvisada mente e estou observando que as plantas estão florescendo mas as flores murcham e caem!Será irrigação insuficiente,altas temperaturas ?
OLIVEIRA TEIXEIRA OLIVEIRA

ITIRUÇU - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/05/2019

Muito bom, na minha opinião de ex-extensionista a melhor forma de controle seria fazer o controle integrado de pragas e doenças.
ANTÔNIO LÚCIO DE ATAIDE

GUARARAPES - SÃO PAULO

EM 02/05/2018

Folhas secas mande alguma solução pra nós Obrigado.
LEANDRO REIS DE CARVALHO

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/10/2017

Olá pessoal, boa tarde!

Meu nome é Leandro e sou produtor de café. Plantei há dois anos uma área com 5 mil mudas de café catuai. No primeiro ano, por incrível  que pareça, ele produziu acima do esperado, mas nesse ano ele desfolhou,  ficando poucos folhas. Apesar disso, está carregado de botões de flor. Gostaria de saber se, por acaso, mesmo sem folhas mas com muitas flores, ele terá uma boa produção, ou se as flores não darão frutos por falta de folhas.

Obrigada! 
DIEGO FERREIRA

EM 22/06/2016

Olá, boa tarde meus caros amigos, sou estudante de Agronomia e procuro artigos acadêmicos que abordam o assunto, alguém poderia me informar onde encontro pois pouco se fala sobre! Obrigado pela atenção desde já!
LEIDIMAR ALVES DE ANDRADE

BURITIZEIRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/12/2015

Srs. Primeiro gostaria de parabenizar-los pelo artigo, e gostaria da opinião de vocês,

pois estou dando um suporte técnico, para um produtor no norte de minas no café arábica.

e temos o seguinte quadro,

A lavoura de tres anos estava abandonada e decidimos por recupera-la apos analises de solo, foram feita as correções necessárias, o café se recuperou consideravelmente até a florada, fizemos novas análises de folha e solo  onde os níveis estavam dentro dos aceitáveis para quase todos os nutrientes, com exceção do cálcio, e apresentou também um desequilíbrio de N,K. Só que tivemos um periódo de seca com altas temperaturas, umidade baixissima, epra piorar a irrigação não deu conta de suprir a demanda da lavoura e a evap. associado a isso, tivemos uma severa ação de cercospora. só que as secas estão sendo na parte apical dos brotos mais novos e com fohas.

desde ja agradeço.
ANDRÉ GUARÇONI M.

VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ESPÍRITO SANTO - PESQUISA/ENSINO

EM 19/06/2007

Prezado Antônio F. de Souza,

Parabéns por abordar um assunto tão controverso. Estive com Enilton Santana nessa lavoura de conilon mostrada nas fotos, para tentar relacionar essa seca de ramos a fatores nutricionais. Apesar das folhas apresentarem sintomas generalizados de deficiência, o solo continha níveis adequados de nutrientes.

Entretanto, o sistema radicular das plantas que apresentavam seca de ramos era pouco desenvolvido. Não foi observada qualquer causa aparente para esse fato. Além disso, as plantas que apresentavam a seca de ramos estavam distribuídas aleatoriamente na lavoura, descaracterizando o efeito de um fator contínuo, como adensamento superficial do solo ou encharcamento.

Levantamos algumas hipóteses: algumas covas mal feitas, plantas que tiveram super-carga localizadamente e problemas ligados a genética da planta. O que você pensa disso? Alguns agrônomos fizeram o produtor gastar fortunas, sem obter qualquer resultado. Você vê alguma forma de contornar o problema?

André Guarçoni M. (Pesquisador/Incaper).


<b>Prezado André,</b>

Que bom que você gostou do tema, mas o assunto não vai parar por aí. Tenho ainda mais duas partes para enviar sobre seca de ramos do cafeeiro. Acho que posso responder para você numa linguagem mais técnica? Se tiver muito complicado de entender, por favor me responda.

Ano passado fizemos uma revisão de literatura sobre este tema procurando esclarecer as principais causas da seca de ramos no cafeeiro. Li um trabalho do exterior que descrevia sintomas semelantes a aqueles apresentados nas fotos do Enilton e agora complementado com sua descrição sobre sistema radicular da planta. Acredito que possa estar acontecendo alguma coisa parecida com o que vou descrever para você envolvendo carga e sistema radicular.

O autor atribuiu a seca de ramos observada por ele no cafeeiro, a uma supercarga das plantas, a qual levava a um déficit no suprimento de carboidratos. Isto tinha um reflexo negativo no crescimento radicular, levando-o a morte em alguns casos.

Neste mesmo trabalho, ele mostrou também, que seca de ramos devido à falta de nitrôgenio causava sintomas muito parecidos na parte aérea, entretanto não afetava o sistema radicular e com uma boa adubação era possivel reverter o processo. No caso específico de vocês, acredito que seja mais um processo fisiológico do que nutricional ou patológico.

Uma outra hipótese a ser analisada é se alguns clones de <i>canephora</i>, podem apresentar algum problema relacionado a "depauperamento de plantas" com o passar do tempo. Em <i>Coffea arabica</i> derivado de alguns catimores isto é muito comum. Mas ainda não achei nada escrito sobre isto em plantas derivadas de <i>Coffea canephora</i>. Você já ouiu falar alguma coisa a respeito disso?

Vocês já tentaram podar algumas plantas e depois analisar as brotações?

Vamos continuar trocando informações, e o que puder ajudar pode contar conosco. Esse problema de vocês parece mais complicado e eu não tenho nada em específico em termos de controle, somente algumas hipóteses como esta que coloquei para você.

Obrigado pela pergunta.

Grande abraço.

RENATO H. FERNANDES

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 15/06/2007

Caro Toninho,

Pelo menos aqui no extremo sul da Bahia, a seca de ramos no conilon tem sintomas bem diferentes do arábica e das fotos de conilon que Enilton te enviou.

Em plantas aparentemente sadias, as folhas de um ramo ortotrópico (conilon é multicalule) murcham por igual, sem amarelar, como se houvesse restrição de água ou algum problema no xilema. Em seguida, todo o ramo, inclusive os frutos, seca, mas os outros ramos continuam verdes e, o que é mais estranho, se o ramo que muchou for cortado, desevolvem-se brotos normais no toco.

Muito raramente, a planta seca totalmente. Também não vemos o sintoma em reboleiras como nas fotos de Enilton, são sempre plantas isoladas e distribuídas aleatoriamente nos talhões.

Enilton já analisou material que coletei e não conseguiu isolar nenhum patógeno. Foi aventada a possível relação com mudas clonais feitas a partir de brotos retirados da parte apical das matrizes, mas, recentemente, já encontramos murcha em plantas clonais novas, cujas mudas foram produzidas na COOABRIEL, cujo controle de qualidade praticamente elimina a possibilidade de ocorência deste erro.

Forte abraço,

Renato


<b>Prezado Renato Fernandes,</b>

Agradeço pela pergunta. Bastante curioso este problema de vocês, e sinceramente foje de todos os padrões descritos na literatura sobre seca de ramos. Só pela descrição é dificil inferir alguma coisa em termos de diagnóstico e principamente em releção à alguma alternativa de controle.

Se você puder, me envie algumas fotos e vou consultar outras pessoas que trabalham com conillon para tentar levantar alguma hipótese sobre este problema em especifico.

Obrigado pela atenção.


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