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Balanço Semanal do Café do CNC - 03 a 07/06/2013

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/06/2013

5 MIN DE LEITURA

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Por Silas Brasileiro, Deputado Federal e Presidente Executivo do Conselho Nacional do Café - CNC

Nesta semana, marcamos presença no anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2013/14, que foi feito pela presidenta da República, Dilma Rousseff — acompanhada do ministro da Agricultura, Antônio Andrade —, no Palácio do Planalto. Entre os destaques do plano estão as intenções de aumento de crédito para cooperativas de produção, da armazenagem, do apoio ao médio produtor, da cobertura do Seguro Rural, da irrigação nas lavouras, além do incentivo à inovação tecnológica e à agricultura de baixa emissão de carbono e a modernização da Defesa Agropecuária.

Apesar de não terem sido feitos anúncios específicos por cultura, o CNC antecipa que, para a cafeicultura, na próxima terça-feira, 11 de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá se reunir extraordinariamente e anunciar o detalhamento dos valores para as linhas de financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que, para 2013, conta com um orçamento de R$ 3,180 bilhões.

Depois das reuniões realizadas junto ao governo, acreditamos que a distribuição dos recursos ficarão da seguinte maneira: R$ 900 milhões para Custeio e Colheita; R$ 910,5 milhões para Estocagem; R$ 500 milhões para FAC; R$ 450 milhões para Cooperativas de Produção; R$ 200 milhões como capital de giro para as indústrias de torrefação e R$ 150 milhões para as de solúvel; R$ 50 milhões para a linha de Mercado Futuro; e R$ 20 milhões para a Composição do Passivo Financeiro do setor. Vale destacar que desse total, R$ 2,960 bilhões podem ser convertidos automaticamente em estocagem, envolvendo um volume de cerca de 10 milhões de sacas.

Além disso, o CNC, em parceria com as demais lideranças do setor, vem trabalhando no sentido de se obter a implantação de instrumentos de mercado que possibilitem a recuperação da renda e, consequentemente, da competitividade do produtor brasileiro de café. Uma das saídas mais viáveis que surgem, até o momento, é a realização de programas de Opções Públicas e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) — este último já teve recursos em torno de R$ 500 milhões aprovados no Plano Safra, restando o governo oportunamente se manifestar para a implementação —, os quais devem envolver um volume entre 8 e 10 milhões de sacas.

Ou seja, falamos de medidas para a estocagem de aproximadamente 20 milhões de sacas, fato que retirará uma pressão vendedora imediata do mercado, mantendo nossa linha de raciocínio de que a safra, colhida em quatro meses, seja escoada ao longo de todo o ano safra.

Dólar — O fortalecimento do dólar frente às demais moedas — depois que o Federal Reserve (FED - Banco Central dos EUA) sinalizou com a redução da compra de ativos e aumento dos juros —, entre as quais o real, vinha pressionando o mercado de commodities como um todo. Apenas na semana entre 24 e 31 de maio, por exemplo, a divisa norte-americana acumulou ganhos de 4,4%, fato que, em relação ao café brasileiro, é prejudicial, pois o dólar em patamares elevados estimula os embarques do produto, o que soa de forma negativa no mercado.

Entretanto, o Banco Central do Brasil, como medida preventiva à aceleração da inflação, removeu a principal barreira para a entrada de capital externo no País, o que freia a disparada da moeda norte-americana frente ao real. Após cerca de quatro anos, o governo zerou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre todas as aplicações dos investidores estrangeiros em renda fixa, sobretudo em títulos do Tesouro Nacional, que antes era de 6%.

Com a retirada dessa amarra cambial, o governo tenta controlar a inflação e gerar maior demanda dos investidores estrangeiros por títulos de longo prazo, que haviam perdido a atratividade com a busca por ativos de curto prazo. Além disso, outra intenção da medida adotada para “estabilizar” o câmbio é evitar alta liquidez. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que, com a decisão do Fed, o mercado de câmbio vem se normalizando, o que deverá reduzir o excesso de liquidez de recursos no mercado internacional, motivo que, há quase quatro anos, levou o Brasil a instituir a barreira do IOF. 

Exportações — Ainda que a força registrada pelo dólar frente ao real tenha sido um estímulo à exportação brasileira de café, o que se notou, em maio, foi novo recuo nos embarques, evidenciando que o produtor não está disposto a negociar seu produto pelos atuais preços praticados no mercado, em níveis bem inferiores à maioria dos custos de produção no parque cafeeiro nacional.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a exportação de café em maio apresentou queda de 6,61% em termos de volume na comparação com abril de 2013, totalizando 2,296 milhões de sacas de 60 kg. A receita cambial também apresentou declínio, de 8,09%, com o faturamento saindo de US$ 432,8 milhões (abril) para US$ 397,8 milhões no mês passado.

Mercado
— Nesse contexto, os contratos futuros do café arábica, negociados na bolsa de Nova York, apresentaram leve recuperação no acumulado da semana até quinta-feira, com o vencimento julho registrando ganhos de 240 pontos. Nota-se, com esse comportamento, que o mercado buscou suporte acima de US$ 1,25 por libra-peso, menor patamar negociado desde 2009, porém, a resistência de US$ 1,30 ainda não foi rompida para gerar níveis superiores de preços.

Na Bolsa de Londres, por sua vez, as cotações do robusta (vencimento julho) acumularam queda de 31 dólares até o fechamento da quinta-feira. Pesa sobre esse mercado a expectativa de perdas menores do que as anteriormente previstas na safra 2013/14 do Vietnã, em função da estiagem prolongada que assolou o país. Além disso, estão previstas mais chuvas para os dez primeiros dias de junho na principal região produtora de café vietnamita.

No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou nota comunicando que o diferencial de preços entre o café arábica tipo 6 bebida dura para melhor e o arábica tipo 7 bebida rio chegou a R$ 15,74 reais por saca no final de maio, menor valor registrado na série da entidade (pesquisas sobre o 7 rio ocorrem desde 2007). Como comparativo, em janeiro de 2011 essa diferença era de quase R$ 180.

A instituição informou que essa redução pode desestimular o cafeicultor a ofertar produto de boa qualidade, uma vez que a colheita de cafés finos demanda mais cuidados, elevando os custos. Esse estreitamento se deve, principalmente, à grande pressão sobre o tipo 6, que desvalorizou 14,5% desde o primeiro dia útil de 2013, enquanto as cotações do tipo 7 bebida rio, que não foram tão afetadas pelas quedas internacionais, recuaram apenas 4,1% no mesmo período.

As informações são do CNC.


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