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Ufla estuda vírus da mancha-anular do cafeeiro

PRODUÇÃO

EM 31/07/2014

3 MIN DE LEITURA

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A biotecnologia tem sido uma ferramenta importante para desvendar a diversidade genética do vírus da mancha-anular do cafeeiro (Coffee ringspot vírus – CoRSV), responsável por prejuízos nas principais regiões produtoras de café, causando intensa desfolha e redução dos atributos de qualidade nos frutos. O sequenciamento completo do genoma desse vírus está depositado no National Center For Biotechology Information (NCBI), fruto da cooperação internacional entre pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Universidade de Kentucky, Estados Unidos.

Do ponto de vista acadêmico, o resultado deste estudo representa uma grande contribuição, já que o sequenciamento completo do genoma do vírus mostrou que ele possui genoma bipartido, estando classificado de forma equivocada na classe Mononegavirales. O vírus da mancha-anular passa a ser um candidato a pertencer ao gênero Dichorhavirus, ainda em proposição no órgão competente. O artigo completo será brevemente publicado no Virology Journal, periódico com alto fator de impacto e um dos mais relevantes da área.

De acordo com a professora do Departamento de Fitopatologia da Ufla e coordenadora do projeto no Brasil, Antônia Reis Figueira, não existem estudos que envolvem a composição molecular desse vírus, sendo todas as medidas de controle direcionadas ao ácaro vetor (Brevipalpus phoenicis). Ela explica que o sequenciamento permite um maior conhecimento da diversidade genética do vírus, possibilitando a recomendação de medidas mais eficazes de controle. Além disso, favorece o estudo direcionado ao uso de ferramentas moleculares para o desenvolvimento de plantas transgênicas resistentes ao vírus.

Do ponto de vista econômico, a descoberta também beneficia o cafeicultor, já que a virose traz prejuízos econômicos em todas as regiões produtoras do País. A incidência do vírus tem aumentado nos últimos anos, afetando os cafeeiros em qualquer fase de desenvolvimento, causando manchas cloróticas ou necróticas nas folhas, geralmente em forma de anéis concêntricos, e na forma de anéis ou manchas irregulares nos frutos. O vírus causa desfolha severa de folhas, queda de frutos e depreciação da qualidade da bebida.

Parceria Internacional

Em visita a Ufla, o professor Michael Maurice Goodin, do Departamento de Fitopatologia da Universidade de Kentucky, comemora os resultados da parceria. Ele ressalta a importância da pesquisa e a oportunidade de ampliar os estudos no campo, com visitas às principais regiões produtoras de café no Brasil. “Está sendo uma experiência única. A Ufla é realmente um centro de excelência na área do café, com uma organização multidisciplinar, nos ensina a conciliar fitopatologia com outras áreas do conhecimento”, considera.

O estudo segue agora para uma segunda fase, para caracterização, variabilidade genômica, interação patógeno-hospedeira e elaboração do mapa de localização das proteínas do vírus da mancha anular. Para esta etapa, a professora Antônia Figueira aprovou um projeto no programa Ciência sem Fronteiras, que oficializa a vinda de Michael Goodin como professor visitante na Ufla. Assim, o parceiro da pesquisa poderá visitar a Universidade duas vezes ao ano, até 2016.

“Foi uma grande sorte participar desta parceria. Tem sido uma experiência fantástica”, enaltece o pesquisador, destacando a cooperação entre pesquisadores e produtores rurais, com singular apoio para a realização das pesquisas de campo. Os professores Antônia Figueira e Michael Goodin visitaram lavouras cafeeiras em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná e Espírito Santo.

Além dos resultados científicos, o professor Goodin reforça o intercâmbio cultural como outro benefício da parceria. “Esta é uma ótima oportunidade para nossos estudantes, já que apenas 2% dos estudantes da UK têm a chance de conhecer de perto outra cultura”, afirma.

Credibilidade e interação
A equipe da professora Antônia deu início aos estudos da virologia molecular especificamente com o café em 2001, com os primeiros projetos financiados pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. Os resultados preliminares deram subsídio para que fosse iniciado, em 2011, o sequenciamento do genoma do vírus da mancha-anular, com a ida do primeiro estudante da Ufla para cursar doutorado sanduíche na Universidade de Kentucky. Em 2012, mais um estudante da Ufla foi para os Estados Unidos e, em 2014, o sequenciamento foi finalizado.

Informações Ufla/ por Cibele Aguiar

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