O Sul do Espírito Santo não possui o título de maior produtor de café conilon, mas vem se destacando de maneira promissora para mudar esse parâmetro. Por isso, a quinta-feira (18/9) foi de destaque para a produção de conilon nos municípios de Itapemirim e Jerônimo Monteiro. Os eventos foram realizados pelo Instituto Capixaba e de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf) e as Prefeituras Municipais.

Em Itapemirim (ES), cidade conhecida pela produção leiteira, os cafeicultores estão unindo forças e buscam se atualizar nos assuntos ligados ao conilon. Na comunidade de Piabanha, ocorreu o Encontro de Produtores de Café Conilon de Itapemirim.

Para orientar os produtores, três palestras foram ministradas: Análise Conjuntural do Mercado Mundial de Café, Linhas de Crédito para Investimentos e Atitudes de Sucesso na Colheita e Pós-colheita do Café.

A última, ministrada pelo engenheiro agrônomo do Incaper, Marcos Moulin Teixeira, apresentou a importância de um manuseio do café. "Para se ter um café bom é preciso cuidado. O mercado quer café, mas não é qualquer um. É preciso entender que quantidade não é necessariamente qualidade e o que dá retorno para os produtores é café de primeira linha, exigido pelos consumidores", destacou.

Para o produtor da comunidade de Fradinhos, o senhor Palomini, o dia foi proveitoso. "O que nos foi passado é um alerta para os cafeicultores. Temos que buscar sempre melhorar e nesses encontros temos informações primordiais para isso", afirmou.

Já em Jerônimo Monteiro (ES), cafeicultores se reuniram no 7º Simpósio Sul Capixaba de Café Conilon. O evento que teve dois dias de duração (18 e 19/9), também contou com palestras voltadas para o mercado cafeeiro, qualidade do produto e beneficiamento.

Segundo o diretor-presidente do Incaper, Maxwel Assis de Souza, os dois municípios buscam melhorar os números de sacas colhidas. "Eventos como esses são importantes para que nossos produtores tenham uma vida melhor. Por isso, trabalhamos sempre para que as tecnologias cheguem ao campo, fortalecendo as famílias para que elas permaneçam em suas propriedades", ressaltou.