A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade que representa, promove e controla a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro desenvolveu um completo “Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Promoção da Região do Cerrado Mineiro” que servirá como base para as ações desenvolvidas pela entidade e pelas Cooperativas e Associações filiadas a Federação.
Em 2015, a cafeicultura da Região completa 45 anos e, durante essas mais de 4 décadas, foi reconhecida como uma das últimas fronteiras agrícolas do Brasil para produção de café. Graças ao esforço dos produtores, a organização das entidades hoje é reconhecida, também, como origem produtora de cafés diferenciados pela alta qualidade, Ética e Rastreabilidade: o Café de Atitude. A grande meta do Plano de Desenvolvimento é, até 2020, chegar a 500 mil sacas de café lacradas, por ano, com o Selo de Origem e Qualidade Região do Cerrado Mineiro. Segundo a Federação, em 2014 mais 133 mil sacas foram lacradas.
O superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, explica que todo o Sistema está disposto a encarar o desafio que o Plano lançou. “Estamos preparados para atingir os objetivos propostos. Este novo Plano é extremamente motivador e temos metas arrojadas a serem superadas. O que nos leva a acreditar que é possível é sabermos que contamos com 8 Cooperativas, 8 Associações e todos os seus cooperados e associados em busca de tornar a Região do Cerrado Mineiro uma referência de atitude para o Novo Mundo do Café” – finalizou Tarabal.
Foto: Divulgação / Região do Cerrado Mineiro
Ações do Plano
As atividades começam focadas em ações de pertencimento, programas de qualidade e estreitamento dos canais de comunicação entre a Federação dos Cafeicultores do Cerrado e os produtores. Em médio prazo ações destinadas ao mercado interno e externo; até que cheguem a última ponta da cadeia, os consumidores.
O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, está otimista com o novo plano. “Avançamos muito, graças ao trabalho incessante dos produtores e das entidades que buscaram a diferenciação do nosso território e do nosso café; e somos gratos a todos, mas a evolução não tem fim. Por isso, precisamos de parceiros que nos ajudem a avançar ainda mais e para isso é que este plano foi criado. Agora temos grandes e novos desafios pela frente”, finalizou Assis.
Marcos Alves, analista de Projetos do Sebrae - MG na Região do Cerrado Mineiro, explica a expectativa da entidade no Plano. “Queremos ter a Região do Cerrado Mineiro como indutora de Desenvolvimento não só para cafeicultores, mas para toda a cadeia de negócios da Região. Do ponto de vista de Gestão de seus negócios, da tecnologia aplicada, é perceptível o avanço dos empresários rurais. Nosso desafio, agora, é capturar valor para demais segmentos”, afirmou Alves.
Lançamento Oficial
A Federação dos Cafeicultores do Cerrado fez o lançamento oficial do Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Promoção da Região do Cerrado Mineiro 2015/2020, no último dia 14 de maio, quando reuniu os diretores do Sistema para apresentação e entrega oficial. Na oportunidade 30 mudas nativas do Cerrado Mineiro foram plantas no Centro de Excelência do Café, marcando cada uma das 30 ações que serão desenvolvidas nesses cinco anos.
Os diretores assinaram, ainda, o termo de comprometimento das metas e ações elencadas neste plano. Segundo o presidente da Amoca - Associação dos Cafeicultores de Monte Carmelo, o plano veio ao encontro das exigências dos novos consumidores. “Todos trabalhando juntos vamos chegar em 2020 com todas as metas alcançadas. Acreditamos que o consumidor está cada dia mais exigente e esclarecido em busca da Denominação de Origem, já que dá a ele a segurança da qualidade, rastreabilidade, boas práticas, além da segurança alimentar”, explicou Dorna.
Para o presidente da Carpec – Cooperativa Agropecuária de Carmo do Paranaíba, Daniel André da Silva, o planejamento ficou excelente e agora é um trabalho coletivo. “No específico da lacração, acreditamos ter que envolver mais parceiros, é um grande desafio das cooperativas. A Carpec sabe das dificuldades, mas vai fazer o possível para conseguir atingir suas metas”, pontuou o presidente.
A avaliação da execução da estratégia do Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Promoção da Região do Cerrado Mineiro será feita por uma equipe de alunos e professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Rio Paranaíba, sob a coordenação da Professora Doutora, Raquel Santos Soares Menezes.