ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Especialistas comentam atual momento da safra cafeeira

PRODUÇÃO

EM 29/05/2014

3 MIN DE LEITURA

1
0
O pesquisador José Braz Matiello, da Fundação Procafé - participante do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café - tem visitado como nunca as plantações do sul e oeste de Minas Gerais, maior produtor do grão no país. Suas andanças são feitas com o intuito de avaliar o prejuízo da seca que se abateu sobre a atual safra (2014/2015) justo no ciclo bienal de colheitas fartas dos cafezais. E a constatação foi ruim.

Segundo Matiello, as perdas são estimadas em 30%, que equivalem entre 4 milhões e 4,2 milhões de sacas a menos colhidas nos campos sul mineiros. Somando outras regiões de Minas e do país, como São Paulo e Espírito Santo, a safra nacional atual alcançará entre 40,09 milhões e 43,30 milhões de sacas, nas contas do Procafé.

Os dados apontam para uma colheita menor sobre o volume já revisado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a temporada, que foi 44,6 milhões de sacas, queda de 9,3% em relação ao período anterior. No seu primeiro levantamento, a autarquia havia estimado uma safra de 46,5 milhões a 50,1 milhões de sacas.

Conforme o pesquisador, a seca atingiu os grãos na fase de sua formação e o peso deles será 10% a 20% menor. Segundo ele, as lavouras que mais sofreram com esse revés do clima são as jovens, instaladas em áreas de baixa altitude e mal adubadas.

"É só no segundo semestre que vamos ter a real noção do prejuízo", diz Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé. Considerada a maior cooperativa de cafeicultores do mundo, com 11,5 mil associados e instalada em Guaxupé (MG), a Cooxupé atua no Sul de Minas, Cerrado mineiro e Vale do Rio Pardo (SP).

O presidente tem ciência das notícias ruins que irá receber em setembro, quando termina a colheita - "o prejuízo da seca é irreversível", diz - mas considera que a bienalidade poderá atenuar essa fase adversa com uma colheita de 5, 5 milhões de sacas, em comparação às 4,6 milhões do ano passado. A previsão de exportação da cooperativa é de 3 milhões de sacas, ante as 2,8 milhões de sacas em 2013.

"Por enquanto, a situação do café é complicada e o mercado é repleto de interrogações", avalia Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, em Santos (SP). Segundo ele, a produção nacional abaixo do previsto aponta para uma tendência de alta de preços. Carvalhaes comenta que em dezembro de 2013, a saca do café arábica - que rende grãos mais nobres e bebida de melhor qualidade - era comercializada por R$ 275. Na semana passada, esse preço atingiu R$ 420, mas antes chegou a R$ 480. O cafeicultor Francisco Miranda, presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), que reúne 5 mil associados no sul de Minas Gerais, aguarda por preços melhores como recompensa pela safra que será menor do que o planejado. "É a esperança", diz. Pelos seus cálculos, a cooperativa vai receber entre 800 mil e 1 milhão de sacas neste ciclo 2014/2015. No período anterior, foram 1,5 milhão de sacas.

A colheita atual nem bem começou e Miranda já volta seus pensamentos e preocupações para a próxima safra. Como cafeicultor, ele sabe que a planta que não se desenvolveu o suficiente, não garante uma boa produção no ano que vem. Além disso, se o inverno for seco, a planta terá um déficit hídrico no período da florada, afetando o próximo ciclo. Se chover, melhora a safra seguinte, mas piora a qualidade do produto que está sendo colhido no campo. "Em resumo, não tem para onde correr."

Na avaliação da barista Cecília Sanada, do Ateliê Café Daterra, é preciso "deixar a safra andar um pouquinho para avaliar com mais segurança a qualidade do café que vai entrar no mercado", afirma.

Ela explica que quando uma planta se estressa em razão de alguma deficiência, o teor de fenol produzido por ela aumenta. Essa substância tem a capacidade de alterar o índice de cafeína e comprometer o sabor e o aroma da bebida. "Mas é muito cedo para fazer uma constatação desse tipo", informa a barista.

A reportagem é do Valor/ Por Janice Kiss

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

AMAURI REZENDE PACHECO

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/06/2014

Pela primeira vez em 35 anos de cafeicultura presenciei , em minha propriedade , gastar  mais de 1.000 ls de café em coco para fazer um saco de 60 kg de café beneficiado!

Vamos ver as previsões dos analistas de plantão, principalmente os grandes compradores, como vai ficar em setembro/outubro , ao final da colheita , vamos ver quem vai ganhar esta ¨loteria¨ !!!

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures