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Sutilezas do ton-sur-ton da torra do café

POR ENSEI NETO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/11/2007

8 MIN DE LEITURA

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Que as condições geográficas têm influência decisiva sobre o perfil sensorial dos grãos de café, já não existem dúvidas. Que o grão de café é um fruto e que fazer sua colheita durante a plena maturação, combinada à aplicação de correta técnica de secagem, é a chave para se obter uma bebida de excelente qualidade, também já é um conceito sedimentado. Do ponto de vista agronômico ou como muitos dizem "da porteira para dentro", estas etapas são fundamentais para que a qualidade da bebida se garanta, tal qual se observa em relação aos vinhos.

Ultimamente as semelhanças entre café e vinho têm sido cada vez mais enfatizadas, principalmente após o surgimento do conceito dos cafés especiais. No entanto, existem diferenças muito grandes entre estas duas bebidas como a evolução e sofisticação que o mercado dos vinhos já atingiu, equivalendo a uma homérica distância de aproximadamente 20 anos à frente do mercado de café, e o seu serviço.

Vinhos de alta qualidade são elaborados e engarrafados em sua origem, ganhando, em seguida, espaço em adegas e mesas, cujo serviço pode ser executado a partir da necessidade de um período de descanso ou não. Alguns vinhos atingem sua maturidade e o auge de suas características sensoriais após alguns anos de descanso, que permitem a finalização de complexas reações bioquímicas que formarão compostos que têm a maravilhosa missão de tornar cada gole numa experiência muito agradável.

O hábito cada vez difundido de uma taça de vinho acompanhando refeições é fruto de um impressionante trabalho de educação do consumidor, que desmistifica conceitos e, ao mesmo tempo, demonstra toda a grandiosidade que essa bebida possui.

Harmonizações, origens, varietais e safras ou vindimas fazem parte de um vocabulário que está se tornando comum às pessoas, estimulando-as a consumirem melhor porque acabam conhecendo mais sobre o produto. No caso do café, em alguns casos, é produzido e preparado nas fazendas, selecionado por peneira e com grande uniformidade dos grãos, quando ganha estampas que identificam sua origem nas tradicionais sacarias de juta. Observe que diferentemente do vinho o café normalmente sai das fazendas como matéria-prima, e que antes de chegar no momento do serviço passa por uma fase intermediária que é o processo de torra.

É sabido, também, que a avaliação sensorial do café é feita com o café depois de torrado, porém com um ponto de torra mais claro. A metodologia tradicional de avaliação sensorial, como a definida na COB - Classificação Oficial Brasileira, é feita com uma torra denominada "clara" ou "leve" obtida com poucos minutos sob o calor de uma forte chama dos tradicionais torradores de tambor de laboratório.

Há uma razão para esse procedimento.

Como o foco dessa metodologia é a verificação de "defeitos" da bebida, onde se incluem sabores como o do ácido acético (que é o vinagre, conhecido no mercado como "ardido"), dos compostos fenólicos (que lembram o creosol, de cheiro medicinal e sabor amargo como fel, chamados de "rio" e "riado"), estes decorrentes de transformações bioquímicas dos grãos, e de sabores que tenham origens externas ao grão, como contaminações por óleos, por exemplo, a torra clara permite rápida percepção destes sabores. Como o processo de torra é interrompido antes dos famosos "pops", que são os sons do processo de formação da água como resultado das reações de pirólise (piros = chama; lise = quebra) e sua evaporação, as substâncias de sabor do café acabam não sendo totalmente desenvolvidas, facilitando a identificação dos defeitos da bebida.

Enquanto isso, a metodologia da SCAA - Specialty Coffee Association of America tem como objetivo identificar todo o potencial de qualidade de um café e, por isso, o ponto de torra recomendado é o mesmo dos produtos comerciais.

O ponto de torra é tão importante na avaliação sensorial e, também, no serviço ao consumidor, que foram desenvolvidos equipamentos de avaliação da coloração da torra que funcionam baseados no princípio de reflexão de feixes de luz incidentes no café, sendo o mais conhecido no mercado o fabricado pela empresa Agtron.


O ponto de torra é verificado através de uma escala de coloração que tende a zero para as mais escuras, enquanto que para as mais claras tende a cem.

Como são equipamentos sofisticados e caros, foi desenvolvido um conjunto de discos de cores pela SCAA e a empresa Agtron com tecnologia gráfica de altíssima resolução e que acaba sendo muito útil para muitos profissionais. Observe na foto abaixo três discos representando, respectivamente da esquerda para a direita, os seguintes pontos: #95, que é o mais claro, #65, empregada em torra média-clara, e o #45, que é um ponto de torra considerado moderadamente escuro.


A metodologia SCAA de avaliação sensorial recomenda que a torra seja finalizada com ponto entre os discos #65 e #55, geralmente empregado nos produtos industrializados dos países consumidores do hemisfério norte.

No processo de torra, o café cru é colocado no torrador de tambor, por exemplo, quando este está pré-aquecido, sendo usual a temperatura por volta de 240°C. Ao preencher parte do tambor, o café cru provoca uma queda natural da temperatura interna até que o sistema entre em equilíbrio, o que ocorre por volta dos 125°C. A partir daí inicia-se um interessantíssimo processo físico-químico, quando o calor é absorvido pelos grãos de café por vários mecanismos. Após alguns minutos, quando o restante da água livre, ou seja, aquela que não está ligada às células, evapora, os grãos começam a apresentar uma delicada alteração em sua cor, passando de esverdeado a um tom palha. Nesse ponto, quando um leve aroma de massa de pão fermentado surge e o grão adquire coloração entre os discos #95 e #85 pode ser retirado para uma clássica avaliação sensorial pela metodologia COB.

Caso o processo tenha continuidade, os grãos começam a apresentar uma coloração castanha e se notas aromáticas florais estiverem presentes, estas podem ser percebidas. O processo de torra é semelhante à chamada destilação seca, cujo objetivo é o de se extrair o maior número de componentes aromáticos existentes num material, usualmente madeiras ou a hulha, através do calor. Assim, conforme o grão vai absorvendo energia, progressivamente sua coloração vai se intensificando ao mesmo tempo em que um fantástico desfile de aromas se forma.

Por volta dos 190°C podem ser ouvidos os primeiros "pops", sons semelhantes ao do estouro da pipoca, mas que neste caso indicam a água formada pela reação de pirólise evaporando-se. Esta reação é a quebra de moléculas de açúcares que ao reagir com o oxigênio presente formam gás carbônico e água. Ao mesmo tempo, açúcares mais complexos começam a se "quebrar", gerando outros mais simples, conferindo um aroma muito adocicado nesta fase. Até aqui, em geral, o processo percorreu aproximadamente 80% do tempo total da torra e há um breve momento de "silêncio".

Quando o segundo conjunto de "pops" é ouvido e que acabam lembrando os traques de festas juninas, a reação de pirólise é dominante e a fumaça se altera para uma coloração esbranquiçada. Neste ponto, a temperatura fica por volta dos 215°C e os grãos adquirem uma coloração que corresponde ao disco #55. O aroma se modifica novamente, desaparecendo o adocicado, que dá lugar a notas mais densas, como o de algumas frutas secas, como amêndoas, e toques de caramelo, porém por um breve momento. É que a reação de pirólise se torna contínua, não necessitando mais de uma fonte externa de calor para se manter, e o cheiro de gás carbônico começa a ser dominante, caracterizado pelo seu toque "seco" e discretamente ardido. Excelentes espressos são preparados com grãos com este ponto de torra, bem como grandes blends para o serviço de coador.

Caso o processo de torra prossiga, os óleos fluem para a superfície dos grãos o que pode acelerar as reações de carbonização, conferindo coloração intensamente escura. Provavelmente, o termômetro indicará temperatura em torno de 225°C ou um pouco mais. Não é recomendável que a torra chegue a esse ponto, algo equivalente ao disco #35 ou até #25, pois os óleos na superfície são mais suscetíveis à oxidação, levando ao cheiro e sabor de ranço, além do amargor típico de queimado. Da mesma forma, este tipo de torra deixa de ser adequado para o serviço de espresso porque a oleosidade superficial provoca problemas nos moinhos. Por outro lado, óleo rançoso é sinal de que, no caso do espresso apenas um medíocre creme poderá se formar...caso se forme!

A torra mais intensa acaba fazendo diminuir a percepção de defeitos de bebida como uma moderada adstringência por conta da intensificação do sabor amargo. Apenas para lembrar, a percepção humana para o sabor amargo inicia-se numa impressionante proporção de 1 para 2.000.000 em relação à água! Isto significa que se apenas uma única gota de algo amargo for diluída em 2 milhões de gotas de água, ainda assim esse sabor será sentido. E, por isso, acaba suplantando outros sabores.

Lembre-se: o sabor amargo é contraponto ao sabor doce.

Torras mais claras tornam mais perceptíveis os ácidos naturais dos grãos do café, como o ácido cítrico, presente na laranja e limão. À medida que a torra se intensifica, o sabor ácido entra em equilíbrio com o sabor adocicado dos açúcares presentes, para, depois, gradativamente diminuir sua intensidade e dar presença a sabores mais densos. Algumas substâncias amargosas são formadas nesta fase em decorrência de quebra de moléculas de grande estrutura. Deve ser entendido que cada origem tem um processo de torra específico, da mesma forma que aplicação que se deseja para um determinado blend define o seu ponto de finalização.

A ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café lançou o PQC - Programa de Qualidade do Café, que tem como objetivo indicar ao consumidor através de claras identificações nas embalagens dos produtos industrializados a que padrão de qualidade um determinado produto atende. Parte dos normativos para a avaliação dos produtos desse novo programa tem como referência os protocolos da SCAA, entidade com a qual a ABIC se conveniou recentemente.

Como parte desse esforço voltado à difusão do conhecimento, a ABIC lançou uma pequena régua onde reproduz os discos do conjunto SCAA-Agtron, destacando os pontos de torra mais presentes nos cafés brasileiros.

Pode-se observar o elegante ton-sur-ton que a escala apresenta:


Clique na figura para ampliá-la.

Portanto, há uma grande arte no processo de torra, onde verdadeiros artesãos podem extrair notas de aroma e sabor inusitados, propiciando num correto serviço uma grande experiência sensorial ao consumidor.

Assim, o mercado de café se estreitará cada vez mais com o do vinho, o que poderá ser, sem dúvida, um excelente motivo para um brinde!

Com uma bela xícara de café, é claro...

ENSEI NETO

Especialista em Cafés Especiais.
Consultor em Qualidade e Marketing, Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Produtos & Novos Mercados.
Juiz Certificado SCAA e Q Grader Licenciado.

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CLÁUDIO VIANA KLEM

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/01/2016

Bom dia! Estamos iniciando na fazenda um laboratório de classificação e torra com intuito de preparar nossos cafés para exportação. Gostaria se possível, que me passassem algum site onde eu consiga comprar a escala agtron. Agradeço a todos!
MARLI MACHADO SALA

ITAGUAÇÚ - ESPÍRITO SANTO

EM 11/07/2014

Boa tarde;

Somos de uma pequena associação de mulheres agricultoras, na qual sou presidente, e temos interesse de comercializar nosso produto beneficiado. Já que  o mesmo é de boa qualidade e, assim agregando valor em nosso produto poderíamos aumentar nossa renda. Então gostaria de receber orientações de beneficiamento, produção e comercialização para começar nosso projeto. Desde já agradeço.
JOSÉ ANTONIO PADIAL POSSO

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 30/06/2014

Sensacional!
FABIO MIOLO

ANDRADAS - MINAS GERAIS - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 01/10/2013

PARABENS ENSEI...

     SUA INICIATIVA E PROFISIONALISMO SÓ VEM A ENRIQUECER ESSE VASTO MUNDO DO CAFÉ...

  MUITO BOM QUE O PUBLICO E AMANTES SAIBAM AS DIFERENÇAS  COB x SCAA....

SE TIVER POR AQUI ALGUEM Q COMO A GENTE CERTIFICANDO Q-GRADER SABE MUITO BEM QUE É OUTRA COISA ,OUTRO METODO QUE COM CERTEZA SERVE PARA AMPLIAR HORIZONTES,PERCEBER NOTAS,AROMAS E FINALIZAÇOES DE SABORES QUE UNEM TAO BEM EM UMA BOA XICARA DE CAFÉ.

PARABENS

BOAS XICARAS.
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 30/09/2008

Ensei,

Somente um especialista e apaixonado pelo café pode descrever com tanto detalhes o processo da torra.
Como você descreveu: o processo da torra é uma obra de arte, onde os "grandes artesãos" conseguem extrair o máximo de aroma e sabor do café, apesar de muitas vezes não conseguirem repetir a obra, uma vez que, a cada ano, o café pode apresentar uma característica diferente (mais ou menos acidez, doçura, aroma e outros atributos).

E este é um dos mistérios que faz com que a gente se apaixone cada vez mais pelo processo de qualidade e avaliação dos atributos. A avaliação da qualidade do café é um "ritual" que começa do grão cru (aspecto, cor, tamanho), passa pela torra de degustação (aromas do pó, da infusão) e vai para a degustação (sabores), passando por último a análise do café torrado em nível de consumidor final (espresso ou coador).

Parabéns pelo belíssimo artigo. Continue nos brindando com matéria deste nível.
SEBASTIAO RONALDO PEREIRA

ELÓI MENDES - MINAS GERAIS - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 17/05/2008

Parabéns pela matéria!

Abraços,


ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/01/2008

Prezado José Casimiro,

Desejar mudanças é o primeiro grande passo para realizar as transformações necessárias. Para isso é importante que os produtores se organizem, sendo as cooperativas um dos mais importantes instrumentos.

Como tal, a gestão é modelo que deve ser discutido pelos seus idealizadores, ou seja, os produtores.

Contudo, frente as mudanças que estamos vivenciando, compreender que a visão de cadeia é a que deve prevalecer, criando-se alianças e não antagonismos com os diversos participantes, é a chave para o sucesso.

Grande abraço

JOSÉ CASIMIRO PIMENTA

CARMO DO RIO CLARO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/01/2008

Ainda bem que temos pessoas preocupadas com o desenvolvimento da bebida café, o que, sem sombra de dúvida, poderá agregar valor a este fruto de cultivo tão delicado e caro. Pena que as cooperativas de café não tenham essa preocupação...

Isso faz-me lembrar do tempo em que o Brasil somente exportava matéria prima, de baixo valor, para depois importá-la em forma industrializada, com um grande valor agregado. Coisas de países coloniais!

É preciso que o produtor brasileiro produza grãos com perfil sensorial de excelente qualidade e que também tenha retorno financeiro para isso.

Parabéns Ensei!
SÉRGIO LOBATO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/01/2008

Novamente expresso aqui minha admiração por essa pessoa tão culta e preparada que é Ensei Neto. Este artigo é uma legítima aula sobre torra e degustação de cafés e deveria ser lido por todas as pessoas que se interessam por este maravilhoso grão. Parabéns Neto e desejo a você um 2008 tão especial quanto os cafés que você promove.
Lobato-AGLMINAS- UNIDADE CERRADO
MARCELO VITOR DE MELO

CAMPESTRE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/12/2007

Sou produtor de café no sul de minas e gostaria de torrar e comercializar a minha produção. Tendo em vista que o artigo que produzimos tem se mostrado de excelente qualidade no que se refere a bebida, aspecto, peneira, etc., pretendo ingressar no mercado de cafés finos, porém não tenho experiência com a etapa da torra. Preciso de ajuda. O que vocês me sugerem?

Abraços
Muito obrigado
CONCETTA MARCELINA DE PRIZIO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/12/2007

Execelente artigo Ensei! Parabéns!
JOSÉ ANTONIO DO NASCIMENTO

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/12/2007

Belíssimo trabalho, continue a nos brindar com importantes informações. Saúde.
MARCELO T. TESHIMA

ARAPONGAS - PARANÁ

EM 30/11/2007

Sou produtor de café no Paraná e tenho dois torradores de café com capacidade de 20Kg por tambor. Sempre escolhemos o melhor lote e o de melhor bebida para a torrefação. Gostaria de saber como posso adquirir a régua da ABIC que reproduz os discos do conjunto SCAA-Angstron.

<b>Prezado Marcelo,</b>

Recomendo que você entre em contato com a ABIC através de seu website www.abic.com.br para solicitar a régua com a escala de cores SCAA-Agtron.

Boas xícaras!
Ensei Neto

JULIANO TARABAL

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS

EM 30/11/2007

Prezado Ensei Uejo Neto

Belíssima descrição do processo, ou "ritual" da torra do café, somente os amantes do café conseguem perceber todos esses processos físico-químicos pelos quais passam o grão durante a torra e descrevê-los ou analisá-los com a devida clareza e importância.

Isto sim é que é valorizar um produto, descrevê-lo como algo especial e entusiasta. Os cafés do Brasil precisam deste tipo de pensamento para crescer cada vez mais em seu conceito de qualidade.

Não devemos ficar só no " cafezinho com pão de queijo", mas sim cafés especiais com queijos finos, servidos em belíssimas xícaras entre outros, ou seja, agregarmos o valor conceitual de nossos cafés, e assim fazer o consumidor entender que os variados cafés, dos mais variados terroirs, tem as mais variadas características intrínsecas que nos surpreendem ao consumirmos.

E é claro que os vinhos nos trazem de forma bem clara o "caminho das pedras" para evoluirmos a atividade cafeeira ainda mais.

Saudações

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