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Projeções divergentes para a safra de robusta afetam preço do arábica

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/07/2014

3 MIN DE LEITURA

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A grande diferença de estimativas da safra brasileira de café, principalmente em relação à produção de robusta (conilon) é uma das responsáveis pela maior volatilidade no mercado do café arábica, na avaliação de representantes do setor. Isso ocorre porque os números "inflam" a previsão para a produção total de café do país. As estimativas para a colheita de robusta no Brasil variam de 12 milhões a 16 milhões de sacas.
Foto: Daniel Ozana/Studio Oz
 
Foto: Daniel Ozana/Studio Oz
 
O café arábica, mais valorizado que o robusta e que representa cerca de 70% da produção nacional do grão, foi afetado pela seca e pelo forte calor no início deste ano. As perdas na produção de arábica em decorrência do clima têm sido, muitas vezes, estimadas sobre o volume total previsto, somando-se as colheitas de arábica e robusta. Isso acaba levando a previsões de perda superior à que ocorreu efetivamente, segundo fontes do setor.

Por outro lado, a previsão de grandes volumes pode levar à leitura de que os prejuízos não foram significativos, embora não haja ainda dados mais precisos. Essa informação só deve ser conhecida nos próximos meses, com o beneficiamento do café colhido e, depois, com a florada da próxima temporada (2015/16).

Por essa razão, os agentes de mercado deveriam levar em consideração separadamente os volumes de safra de cada espécie - arábica ou robusta -, avalia Carlos Brando, da P&A Marketing Internacional. "O mercado fica influenciado psicologicamente por essa estimativa", afirma ele.

Rodrigo Costa, diretor da Newedge, afirma que o mercado já enxerga separadamente a produção de arábica e robusta no Brasil. Na sua avaliação torrefadores, exportadores e produtores "sempre diferenciaram o arábica e o robusta". Somente os fundos seriam menos " cuidadosos" em relação a isso, observa.

Para muitos analistas de mercado e representantes do setor cafeeiro, a produção brasileira de robusta não poderia ser inferior a 14 milhões, 15 milhões de sacas. Isso porque metade do consumo nacional de torrado e moído (avaliado em cerca de 20 milhões de sacas) é de robusta. Além disso, há uso de robusta para produção de café solúvel - cerca de 3 milhões de sacas - e um pequeno volume de exportações de grão verde.

Entretanto, o levantamento mais completo e cuja metodologia é divulgada, o da Conab, indica para esta safra (2014/15) a colheita de 12,33 milhões de sacas, crescimento de 13,49% sobre 2013/14. Já as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam produção de 16,4 milhões de sacas de robusta. A divergência chama atenção, uma vez que a estimativa do USDA para o arábica é bem próxima à da Conab - 33,1 milhões de sacas em 2014/15, ante 32,2 milhões de sacas estimadas pela autarquia brasileira.

Algumas empresas, porém, projetam safras ainda mais volumosas para o país e produção de conilon superior a 16 milhões de sacas.

Eledon Oliveira, analista de levantamento e avaliação de safra da Conab, diz que as empresas que divulgam estimativas sobre a safra de café não vão a campo e calculam os dados com base em outras estimativas de cooperativas ou de produtores, por exemplo.

Segundo Oliveira, os quatro levantamentos anuais da Conab para o café são feitos em parceria com outros órgãos na maioria dos Estados produtores. No total, são mais de 200 técnicos ligados a essa função. Produtores, cooperativas e empresas que vendem insumos são visitados pelos técnicos. A pesquisa é feita por amostragem, em cerca de 30% da área total, além do acompanhamento climático. "É um levantamento técnico, não tem influência política, econômica", afirma Oliveira.

Para Romário Ferrão, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão parceiro da Conab no Espírito Santo, o problema das estatísticas não se limita ao conilon, mas a toda a produção no Brasil e no mundo.

Para Costa, da Newedge, o fato de as projeções oficiais para a produção de robusta no Brasil serem muito menores que as do mercado pode ser reflexo de ganhos de produtividade não levados em conta, pois as empresas e instituições utilizam como base a área plantada levantada pela Conab. Além disso, o fato de o café arábica ser o mais exportado pelo país, traz melhores "controles" e estatísticas sobre esse produto, ao contrário do robusta.

Reportagem Valor/ Por Carine Ferreira | De São Paulo 

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