ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

OCDE recomenda corte nos subsídios

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/05/2010

3 MIN DE LEITURA

0
0
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) está recomendando a seus 31 países-membros cobrar impostos vinculados ao ambiente e eliminar cerca de US$ 581 bilhões de subsídios agrícola, pesqueiro e para gasolina. Argumenta que isso teria a dupla vantagem de levantar recursos na atual crise e encorajar o "crescimento verde" das economias.

Esse é um dos temas centrais da conferência ministerial da OCDE, que começa amanhã em Paris. Os ministros avaliarão a primeira versão de um relatório sobre economia verde que será divulgado em 2011 e ao qual o Valor teve acesso.

Para a entidade, a crise econômica e financeira dá uma oportunidade para os governos encorajarem uma recuperação mais apoiada em políticas ambientais e sociais, na necessidade de combater a degradação ambiental, a perda da biodiversidade e o uso insustentável de recursos naturais.

No meio da crise, vários governos incluíram "componentes verdes" em seus programas de estímulo econômico. O pacote da China foi o maior, com quase 40% dos US$ 586 bilhões. Nos EUA, o governo Obama estima que US$ 90 bilhões do Recovery Act Investments vão salvar ou criar 720 mil empregos até 2012. A Coreia do Sul implementa o "Green New Deal", com investimentos em transporte ecológico, gestão de água, recuperação de rios, tecnologia dita verde e poupança energética. Por outro lado, os mesmos governos gastaram bilhões estimulando o setor automotivo que, diz a OCDE, acaba também por pressionar o ambiente.

Entre as nações ricas, os impostos vinculados ao ambiente representam hoje 1,7% do PIB, variando de 0,7% na América do Norte a 2,5% na Europa. Mais de 90% da cobrança é sobre gasolina e veículos.

Mas o relatório preliminar insiste que há muito por fazer. A OCDE defende, por exemplo, o uso de taxa carbono para levar à redução do carbono emitido na produção. E minimiza o impacto sobre a competitividade de certos países, considerando exageradas as reclamações de setores industriais.

Sobretudo, a OCDE sugere correção de preços "inadequados" no uso de recursos naturais, para que o usuário pague o custo real. E aponta boa margem para taxação mais incisiva no uso de água e outros recursos, de pesticidas e fertilizantes, de eliminação de resíduos.

No caso dos subsídios, é politicamente quase impossível eliminá-los ou reduzi-los no momento. Mas é importante a constatação da própria OCDE contra o estrago que seus países fazem na área agrícola, por exemplo. Eles continuam a causar distorções no comércio mundial e, do ponto de vista ambiental, provocam mais poluição da água pelo maior uso de fertilizantes, erosão do solo e mais emissão de gases de efeito estufa, conforme a OCDE.

Os campeões de subsídios são os EUA e a União Europeia, com 30% e 40% do total respectivamente, o que resulta em acúmulo de commodities e derrubada dos preços mundiais. No Japão e na Coreia do Sul, 90% da subvenção são também vinculados à produção, enquanto na Noruega e na Suíça isso caiu para 50%. Os quatro são campeões mundiais per capita de subvenções agrícolas.

A OCDE, em todo caso, calcula que eliminar essas ajudas nos países emergentes e em desenvolvimento levaria à redução de 10% nas emissões globais de gases de efeito estufa em 2050.

Outro mecanismo que a OCDE sugere é o leilão de autorização de emissões de gases-estufa, pois acredita que isso pode gerar receita de até 2,5% do PIB nos países ricos por volta de 2020.

A entidade defende também o fim de barreiras para produtos ambientais. É algo que o Brasil vê com desconfiança, porque a lista até recentemente incluía até iates e bicicletas como ambientais, mas não o etanol. A Organização Mundial do Comércio (OMC) estima que esse comércio supere US$ 500 bilhões por ano.

A matéria é de Assis Moreira, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures