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Madeiras de cafezais são transformadas em móveis no Sul de Minas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 05/08/2013

3 MIN DE LEITURA

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Há cerca de sete anos, o marceneiro aposentado Paulo Silva, 71 anos, de Cabo Verde, município do Sul de Minas, descobriu sua vocação de artista quando participou de um treinamento para artesãos.

A partir daí começou a produzir móveis rústicos confeccionados em madeira de café, que evoluiu para acabamentos finos e criativos no laminado.

A inovação tem chamado a atenção de apreciadores da arte que valorizam o artesanato e buscam as diversidades inimagináveis presentes no mercado, principalmente as que possuem uma familiaridade com o café.

O artista foi convidado a expor seus trabalhos no estande da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) durante a Expocafé/2013, evento realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no município de Três Pontas, local propício para a divulgação da arte produzida a partir do pé de café. O trabalho do artista atraiu a atenção dos visitantes pela criatividade e inovação. Sua arte já repercute em vários estados do Brasil.

Paulo Silva sempre trabalhou como marceneiro, mas com a dificuldade de adquirir madeiras, resolveu inovar, aproveitando o fato de a região ser cafeeira e ter sua maior renda nesta economia. Por meio da nova atividade, ele acaba participando da sustentabilidade do município. “Se falta madeira de lei, sobra madeira de café, porque Cabo Verde é puro café, e os produtores não sabem o que fazer com a madeira, mas eu sei. Gasto apenas com o carreto para buscá-las nos cafezais”, conta.

Antes de usar a madeira como matéria-prima, o artista procurou informações sobre sua resistência. “Eu pesquisei tudo sobre ela. O resultado superou as expectativas. Ela é forte, tem natureza amarga e não é propícia a proliferação de cupins. Estas eram as minhas preocupações”, afirma.

Descoberta da vocação
Ele diz que depois que começou a construir móveis de madeira de café, sua vida mudou totalmente, tanto nos aspectos sociais, como pessoais. Segundo conta, antes de trabalhar nessa área, estava em uma vida muito difícil, com problemas financeiros e até mesmo emocionais.

A vida artística fez bem para a saúde do artesão. Ele acabou descobrindo que a tendência para arte é genética. “A arte está na genética da minha família, só que ninguém levou a sério, só eu. Tenho um irmão que faz instrumentos musicais de madeira, como cavaquinho e violino, outro que esculpia e, ainda outro que fazia casinhas de bonecas e trabalhos similares”, explica.

O trabalho é feito a partir da madeira “in natura”. “Eu limpo, lixo, com dois ganchos, faço os pés da mesa e por cima uso madeira fina, faço um laminado de um centímetro e crio desenhos de minha imaginação. O custo de uma mesa de 80 centímetros e quatro bancos, laminada e com os pés naturais, sai a R$650. “O trabalho é uma mistura, os pés são rústicos e, normalmente, a parte de cima tem desenhos no laminado, em uma produção só de madeira de café”, relata.

Segundo Paulo Silva, comparando as peças que produzia no início da carreira artística com as atuais, é perceptível a melhoria na qualidade dos produtos. “Eu fui me aperfeiçoando com o tempo. Quando comecei, os produtos eram de madeira pura, rústicos, sem desenhos. Fui aprimorando. Hoje os consumidores preferem os produtos com uma pitada de arte”, destaca.

A maior fonte de renda do artesão vem dessa atividade. Os móveis são produzidos por encomenda, com uma procura maior do que a demanda. “São encomendados e vendidos em minha oficina ou na Casa do Artesão de Cabo Verde”, contou.

O artista também expõe pelo “Balaio Mineiro Uai”, que é uma Federação de Artesãos e Produtos Caseiros do Sul e Sudoeste mineiro, onde 15 cidades participam de forma itinerante, sendo Cabo Verde uma delas.

Por meio do “Balaio Mineiro Uai”, o artesão participa de exposições em cidades da região, de dois em dois meses, a partir de rodízio. “Já expus em Poços de Caldas, Botelhos, Muzambinho e São Sebastião do Paraíso”, diz.

O artista está vivendo um momento de realização pessoal e profissional. “Estou muito feliz, trabalho sozinho, tenho maquinário próprio e o lugar é meu. Faço o que gosto. Descobri que gosto mais disso aqui do que de marcenaria. Minha maior recompensa é ver várias pessoas apreciando minha criação, destacando a arte na mobília. Hoje posso dizer que trabalho por prazer”, afirmou entusiasmado.

A matéria é da Agência Minas, adaptada pelo CaféPoint.

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DORILENE SILVA QUEIROZ

CABO VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/08/2013

Já vi algumas peças ,são lindas,gostei muito.
WILLIAN JOSÉ GOULART

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/08/2013

boa ideia, um tio meu tem uma lavoura que da taboas 6X20 de tão antiga e grossa, vou dizer a ele vender a madeira ao invés da produção, garanto que dá mais lucro.
JOÃO BOSCO QUIRINO ESPÍNDOLA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/08/2013

Achei muito criativo o aproveitamento da madeira do cafezal para produção de móveis rústicos. Gostaria também de ver algumas fotos dos produtos. Abraços. J.Bosco.
SERGIO GARCIA JUNIOR

LUIS EDUARDO MAGALHÃES - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/08/2013

Paulo fiquei curioso, poderia disponibilizar uma foto dos moveis?

Abraços.

Sergio

sgarciajunior@uol.com.br
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/08/2013

Iniciativa excelente como aproveitamento da madeira proveniente da renovação de cafezais,subproduto que muitas vezes é deixado na própria lavoura devido à dificuldade de destinação,também é um subproduto de custo relativamente barato,preserva-se o meio ambiente,pois não há necessidade de utilização de madeiras provenientes de outras fontes,além de agregação de valor,iniciativa genial.

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