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Impacto da certificação Fairtrade na indústria de café da Etiópia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/07/2012

3 MIN DE LEITURA

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Considerada como o local de origem do café, a Etiópia está tentando se tornar um importante player no mercado, após décadas sendo bastante ignorada pela indústria global de café. A agroecologia variável da Etiópia significa que o país está bem posicionado para fornecer blends especiais certificados que são cada vez mais demandados pelos mercados mundiais, como café das montanhas, café das florestas ou até mesmo café naturalmente descafeinado, de acordo com Kassu Kebede, que trabalhou por 27 anos no departamento de café do Ministério de Agricultura.

De fato, muitas cooperativas locais de café recentemente ganharam acesso crítico a mercados internacionais de café. Apesar disso, muitos produtores locais ainda estão lutando para obter dinheiro suficiente pela colheita de café.

"Os cafés etíopes ainda estão com preço muito moderado pelo que eles valem", disse o consultor de café que administra projetos de desenvolvimento para organizações nacionais de café na Etiópia, Panamá e El Salvador, Willem Boot. "Seus cafés especiais são significantemente melhores do que outros e são realmente vendidos a preços inferiores".

O café é a segunda mais valiosa commodity legal exportada do mundo, depois do petróleo. As exportações durante 2010 somente tiveram um valor de US$ 15,4 bilhões, de acordo com a Organização Internacional de Café (OIC). O café é também o principal artigo exportado pela Etiópia, o que o torna o maior gerador de capital externo, totalizando US$ 840 milhões em 2010. Isso pode ser bastante, mas não é suficiente para ajudar a nação em sua luta contra a pobreza.

"A principal razão para a pobreza é o comércio", disse o gerente geral da União Cooperativa de Produtores de Café Oromia, Tadesse Meskala. "Não é a falta de recursos naturais, mas a formulação de mecanismos de comércio que nos torna mais pobres".

Assim, para aumentar sua participação no preço que os consumidores pagam por seu café, muitos produtores da Etiópia se uniram ao programa Fairtrade. Pelo sistema de certificação Fairtrade International, os grãos de café verde são comercializados a US$ 1,60 ou mais, além dos 20 centavos de prêmio social que aumenta para 30 centavos para o café orgânico.

Isso tem resultado em maiores ganhos para muitos produtores, mudando, dessa forma, suas vidas, de acordo com o produtor de café da Coopetativa Homa Primary, no distrito de Abaya, Beri Muketa. O Fairtrade permitiu que sua cooperativa construísse uma clínica comunitária e uma escola.

A razão pela qual as cooperativas têm se beneficiado tanto pelos muitos pequenos produtores de Abaya é que eles ajudaram a obter acesso a mercados internacionais antes inatingíveis. A cooperativa coleta o produto, o processa e então o transporta para Addis Ababa. Daí, o produto é enviado para Djibouti - a Etiópia não tem um porto próprio - de onde é enviado ao mundo.

Existem dois tipos de compradores de Fairtrade, de acordo com o gerente geral da União Cooperativa de Produtores de Café Sidama, Tsegaye Anebo. Um tipo de comprador, como a Starbucks, somente comprará se o preço do Fairtrade for baixo o suficiente. O outro tipo consiste de pequenas companhias de torrefação que compram a qualquer preço, dessa forma, absorvendo as flutuações de custos.

Uma dessas companhias é a Third Coast Coffee, em Austin, Texas. A companhia está preparada para pagar mais do que o mínimo do Fairtrade em reconhecimento à qualidade do café, de acordo com um de seus torrefadores, Clay Roper.

Porém, alguns críticos dizem que o Fairtrade representa outra forma de caridade que faz pouco para ajudar os produtores a se tornar autossuficientes. Os preços do café deveriam ser baseados na qualidade e na exclusividade do café vendido, mais do que em sistemas externos arbitrários, de acordo com Adam Overton, um americano que comprou terras na Etiópia na região de Bench Maji, para começar uma fazenda de café.

O custo da certificação Fairtrade pode limitar o número de mercados disponíveis que estão dispostos a pagar custos adicionais, disse o diretor da Ethiopian Commodity Exchange, Abdullah Bagersh, que regulamenta grande parte da indústria de café. Ele disse também que os produtores precisam aderir a práticas rígidas ou são vulneráveis a perder o mercado ao qual se comprometeram e se tornar dependentes.

Outros argumentam que o sistema divide as comunidades em linhas de produtores que se qualificam para premiums Fairtrade e linhas dos que não se qualificam.

A melhor forma de avançar pode ser melhorar o sustento dos produtores de café da Etiópia através de uma combinação de mudanças internas e aceitação internacional de que genuína qualidade frequentemente não é obtida através de produção massiva, disse o consultor de café, Boot. "Se a Etiópia puder fazer um trabalho melhor vendendo sua história única, poderia fazer significantemente mais dinheiro aos produtores".

A reportagem é da BBC, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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REINALDO FORESTI JUNIOR

CAMPANHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/07/2012

Artigo importante como fonte de informação para os leitores privilegiados do CaféPoint sôbre a realidade atual do produto cafe na.  Etiópia que tem no mesmo a maior fonte de receitas de exportação e  historia como berço da cultura.O consultor mencionado destaca com significativa ênfase com referência à qualidade obtida em pequenos lotes para aceitação do mercado internacional e melhor possibilidade de fazer mais dinheiro aos produtores.Parece ser um importante fator de sustentabilidade na presente conjuntura vivida pelos produtores e grandes gargalos econômicos a serem atacados e superados para enfrentamento dos mercados concorrentes no mundo globalizado.

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