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Dia Internacional do Café: Na contramão da perda da safra

POR THAIS FERNANDES

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/04/2014

3 MIN DE LEITURA

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No Dia Internacional do Café, resolvemos bater um papo com produtores do Cerrado Mineiro. A região vem, na contramão dos atuais problemas decorrentes da seca e altas temperaturas, se destacando. Recentemente, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, anunciou a conquista do certificado de Denominação de Origem – Região do Cerrado, indicador de que um produto ou serviço possui características essencialmente relacionadas ao meio geográfico, incluídos fatores humanos e naturais: clima, solo, relevo, altitude, etc.

Foto: Marcelo André
Foto: Marcelo André

A região, que engloba 55 municípios, é composta pelo Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas. Segundo o Boletim de Março da Fundação Procafé, essas áreas tiveram melhor regime de chuvas, em janeiro e fevereiro, em relação a outras áreas do Estado. Outro fato ressaltado pelo Boletim, é que a região conta com muitas lavouras irrigadas. Ainda assim, houve a perda média percentual estimada de 10 pontos - 630 mil sacas -, com a ocorrência sendo mais observada nas áreas de sequeiro e nas sub-regiões mais quentes.

O produtor Tomás Eliodoro, do município de Tapira – Triângulo Mineiro –, fez um levantamento em sua Fazenda, a São Francisco. “Aqui também choveu pouco. Em torno de 80 mm em janeiro e 55/60 mm em fevereiro". Segundo Tomás, as perdas em sua lavoura devem ser de 4 a 5%, com grãos chochos ou mal granados, contra 30% de perda na região do Sul e Oeste de Minas, apontamento do Boletim da Procafé de março.

A diminuição no tamanho dos grãos vem das dificuldades com a adubação. “Não pudemos fazer a adubação de sempre por causa das chuvas, por isso o desenvolvimento das plantas foi comprometido”. Tomás também estima que a colheita, geralmente feita em julho, seja adiantada para o final de maio. Apesar disso, a expectativa é que para 2014 sua produção não seja muito afetada. “Nesta safra acredito que ainda não vamos sentir tanto. A minha impressão é que teremos comprometimento maior em 2015”.

A recém-chegada Denominação de Origem também trouxe boas perspectivas. “Para os cafés especiais nossa altitude é muito boa. Até agora, ganhamos concursos de qualidade e vendemos a apenas R$ 290 a saca. Com a denominação de origem a expectativa é de melhoria. Esperamos sentir essa melhora na qualidade, também no nosso bolso”, confia Tomás.

Já no município de Patrocínio, o clima é de incerteza para o produtor Ruvaldo Delarisse. “Ainda não temos uma visão completa. Que vai ter perda vai, mas ainda não conseguimos dimensionar”. O cafeicultor é contra a generalização das previsões. “Isso varia. Dentro da própria Região do Cerrado não dá pra dizer com certeza, porque tem várias situações dentro de um só município”, explica.

Apesar de não possuir irrigação em sua propriedade, Ruvaldo é a favor da introdução de novas tecnologias nas lavouras. “Minha propriedade não tem irrigação, porque nossa região não sofre tanto com a seca, esse ano foi uma exceção. Mas aqui tem muita tecnologia, a gente está usando pouca mão de obra. Todo mundo investe nisso porque nós procuramos dar qualidade ao nosso produto”, afirma.
Para o agricultor, a Denominação de Origem tem sua principal consequência na valorização dos produtos. “É importante mostrar como a região produz, para levar o nome do Cerrado e dar certeza que o produto oriundo daqui tem qualidade. E para nós, produtores, para comprovar que o café é mesmo daqui. Aos poucos vamos valorizando nossa região e produtos”, conclui.

Celebração Internacional

O lançamento Internacional da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro ocorrerá na maior Feira de Cafés Especiais do mundo, a SCAA Event. Entre os próximos dias 24 a 27, a 26º Exposição Anual da Associação Americana de Cafés Especiais – SCAA, em Seattle (WA), nos Estados Unidos, recebe as ações da conquista. Vale lembrar que esta é a primeira região produtora de café a ser definida no Brasil.

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MARCOS CARVALHO

CABO VERDE - MINAS GERAIS

EM 16/04/2014

"Quem sai na frente toma água limpa" , nos temos que correr muito para poder chegar ao nível do cerrado, mas que pode começar este processo?
ALEXANDRE CASTRO CAMBRAIA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 15/04/2014

Porque outras regiões de minas como o sul e o centro-oeste (ao qual eu pertenço) não possuem estratégicas de marketing e qualificação / valorização do produto café junto ao mercado consumidor e internacional semelhantes? Quem é o responsável por essa iniciativa no cerrado? Porque não repetir essa proposta no sul que é muito mais tradicional produtor e mais antigo que o cerrado? Temos uma cultura centenária em nossa região, produzimos café desde o descobrimento/criação da República Federativa do Brasil. Não existem melhores especialistas do quê nós na arte de produzir um bom café. Isso precisa ser valorizado e comunicado. O Mundo precisa saber e valorizar. A questão é quem ou qual orgão governamental ou não deve ser o responsável por tomar essa iniciativa? Isso já deveria ter sido feito há muitos anos a exemplo do cerrado. O quê vcs acham?

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